Opinião

Opiniao 25 04 2018 6078

Protejam a criança e o adolescente!

Dra Dolane Patrícia*

Nunca é demais levantar temas sobre a proteção da criança e do adolescente. Principalmente quando se fala em proteção da sua dignidade.

A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes estão entre as situações que mais geram comoção na sociedade. Nos últimos anos, não foram poucos os casos de abuso sexual, exploração sexual, pornografia e outras violações de direitos registrados em todo o país.

Os casos mais frequentes são entre crianças até 9 anos de idade, esse é o segundo principal tipo de violência, ficando pouco atrás apenas para as notificações de negligência e abandono.

É impossível ler, sem que lágrimas brotem dos nossos olhos, notícias de crianças sendo violentadas pelos próprios pais. Sim isso existe!

O site elo.com informa que, “de forma geral, a exploração sexual infantil trata-se do abuso sofrido por uma criança a qual, por vários fatores, como situação de pobreza ou falta de assistência social e psicológica, torna-se fragilizada. Entretanto, para além das possíveis vulnerabilidades decorrentes da situação socioeconômica – estão outros aspectos, fato que explicaria uma maior vulnerabilidade das meninas, tão expostas à violência contra a mulher até mesmo no ambiente familiar. Além destes, existe o vícios das drogas e o chamado turismo sexual, o qual consiste na chegada de vários estrangeiros a regiões como o Nordeste brasileiro em busca de sexo. Todos estes são aspectos importantes para a compreensão da violência contra a criança.”

É dever da família e da sociedade assegurar à criança e ao adolescente, entre outras coisas, o direito à dignidade, a salvo de toda forma de exploração, violência e crueldade.

De acordo com Renato Eliseu Costa, colaborador da Agencia de Notícias, “o problema da exploração e abuso sexual ainda é um dos grandes problemas relacionados à infância e juventude que precisamos enfrentar em nosso Brasil. No entanto e infelizmente, a grande maioria dos casos não chega ao conhecimento dos órgãos competentes: menos de 20% dos casos são notificados. Isso se deve, principalmente, ao fato de que a grande maioria dos casos de abuso acontece no âmbito familiar, nos quais os agressores são os próprios tios, pais e primos das vítimas, situação que gera receio em realizar a denúncia.”

Infelizmente essa é uma realidade! Grande parte dos casos de abuso sexual ocorre por uma pessoa próxima da vítima ou por um próprio membro da família. Fico imaginando o que seria possível fazer para que crianças indefesas, adolescentes, pessoas com deficiência, não fossem abusadas sexualmente. É um ato de covardia, abusar de pessoas que não tem a menor capacidade de defesa, sendo obrigadas a praticar atos contra sua vontade, sendo muitas vezes ameaçadas e coagidas. Isso interfere no seu desenvolvimento físico e psicológico. É um ato de egoísmo também, deixar de pensar no semelhante. E se fosse um filho seu? Ou uma filha sua?

O site www.elo.com.br traz informações alarmantes sobre o assunto: “Este é um daqueles temas que se ouve muito, mas sabe-se pouco, no entanto tem sido motivo de preocupação do mundo inteiro. A exploração sexual infantil transformou-se no terceiro mais rentável comércio mundial, atrás apenas da indústria de armas e do narcotráfico. Além de ser um dos temas mais constrangedores ao Brasil, essa verdadeira onda de pedofilia está contribuindo para criar uma geração precoce de portadores do vírus da Aids. Dessa forma, a exploração sexual infantil constitui-se numa praga que exige medidas concretas e urgentes. Esta escravidão é inadmissível e incompreensível com a vida num mundo civilizado.”

Estuprar criança é algo doentio, crime de consequências infinitas na vida de uma criança, deixando em suas mentes marcas profundas, que nem mesmo o tempo é capaz de apagar.

Quando se pratica crimes com tamanho requinte de violência, a pessoa perde a noção de sua própria identidade, porque às vezes, crimes como estes são praticados por pessoas que possui família, filhos, mas que não pensam nestes. Se deixam simplesmente levar por um sentimento de posse doentio.

Tratam crianças e adolescentes como se fossem meros objetos, e estragam a vida e os sonhos de pessoas como Edvalda Pereira da Silva: “Ela tem onze anos, mas já aprendeu as manhas da profissão: não entra no motel, ou no carro, sem receber o dinheiro antes, guardado sempre por outra amiga. Não conhece o pai, e sua mãe, que trabalha na zona do meretrício, não se importa com quem e onde ela dorme. Edvalda se acha igual às outras meninas que fazem programa. Com uma diferença: “eu ainda não tenho peito”. (DIMENSTEIN. 1992, p.69).

*Advogada, juíza arbitral, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira. Acesse dolanepatricia.com.br – whats 99111-3740

 

Dê tudo que puder

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“O que Deus quer é que você dê o melhor de si, por você mesmo, e pelos outros. E você pode ajudar mais os outros fazendo isso do que de outro modo”. (Wallace D. Wattles)

O mesmo Wallace também diz que quando você dá comida ao pobre está alimentando a pobreza. Tá aí uma afirmação que dá muito que pensar. O difícil mesmo é fazer com que os distribuidores de comida entendam isso. Mas não vamos alimentar esse papo. Tem gente muito mais especializada nisso do que eu. O que nos interessa é procurar o entendimento sobre o que devemos fazer para ajudar, de uma maneira mais racional e apropriada ao desenvolvimento da humanidade. E se você estiver pensando que não é capaz de tamanha tarefa, você está se posicionando no degrau mais inferior da escada do desenvolvimento. Cada um de nós é capaz de fazer tudo que se deve fazer. E tudo que devemos fazer é fazer o melhor, no sentido de ajudar os outros ajudando a nós mesmos. É quando não precisamos entrar no campo da competição. E não competimos quando cada um faz simplesmente o que deve fazer e da maneira como deve ser feito. Alguém já disse que os competentes não competem; fazem o que deve ser feito, como deve ser feito,
e pronto.

Tudo de que você necessita para ser um forte colaborador para o desenvolvimento da humanidade já está em você. Até mesmo quando você pensa que nada fez naquele dia, talvez você tenha feito mais do que pode imaginar. Nós vivemos num mundo de pensamentos. E este mundo tem a origem no universo de pensamentos. O que quer dizer que somos pensamentos. E se somos, somos o que pensamos. E quando pensamos que somos capazes, somos. Mas nossos pensamentos têm que ser firmes e inabaláveis. Só realizamos um propósito quando nos firmamos nele. Pensamentos vazios são vazios. E não se iluda; seu pensamento pode lhe parecer pequeno, mais pode ser maior do que você pode imaginar. É só você se fixar nele com o propósito de realizá-lo. É uma tarefa difícil, mas muito simples. Mas você só verificará isso, exercitando-se. E não deixe de fazer isso todos os dias. É assim que você vai ajudar no desenvolvimento da humanidade.

Mas não se sente debaixo do jambeiro esperando que as coisas aconteçam. Procure evoluir a todo instante. Se somos o que pensamos, são nossos pensamentos que vão fazer pelos outros o que queremos que eles façam por nós. E é aí que está o segredo nada segredo, da evolução. E não vamos ajudá-los com esmolas, já que não queremos esmolas para nós. Comece tratando os outros como gostaria que eles tratassem você. A simplicidade está aí. Pense nisso.

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