Não vai doer nada Rodrigo Alves de Carvalho*
Teodoro era um homenzarrão com barba espessa por fazer e potente voz de trovão. Tirava sarro de todo mundo, se gabava por ter uma saúde de ferro e nunca precisar ir ao médico.
Certa vez, Teodoro foi roubar mangas na beira da estrada e acabou se ferindo na canela ao passar por uma cerca de arame farpado.
O ferimento foi fundo. Sua esposa Aurora, ao ver aquilo e temer algo pior, convenceu o marido a ir ao Pronto Socorro pela primeira vez.
– Um risquinho de nada doutor. É só passar um Merthiolate que sara – Disse Teodoro confiante ao médico.
– Pode até ser, mas vou receitar uma antitetânica, só para garantir.
Teodoro ficou mudo por alguns instantes, olhou para o médico:
– Isso é injeção doutor?
– Sim. Uma injeção só para prevenir…
– Não precisa! Eu sou lá homem de pegar tétano? Não precisa não!
Uma enfermeira entra na sala para aplicar e Teodoro encosta-se na parede.
– Doutor, já estou bom. Vamos deixar para lá esse negócio de injeção.
– Não vai me dizer que tem medo de uma injeçãozinha dessas.
Teodoro balança a cabeça para lá e para cá. Fica repetindo:
– Injeção não! Injeção não!
Aurora, assustada e constrangida com a reação do marido, tenta acalma-lo:
– Teodoro, essa injeção não vai doer nada!
– Não vai doer porque não é na sua bunda!
Dois enfermeiros chegam à sala e Teodoro fica mais apreensivo:
– Calma lá gente! Sem violência! Sem violência!
A enfermeira, com a injeção na mão, se aproxima. Porém, Teodoro consegue fugir e entrar num banheiro. Ficou lá dentro por longo tempo. Após arrombarem a porta perceberam que o homem havia fugido pela janela.
A cidade movimentou na procura de Teodoro para que tomasse a injeção.
Teodoro, por sua vez, conseguiu fugir e após muitas caronas chegou em São Paulo onde embarcou clandestinamente num avião de carga para a Rússia.
Ao chegar em Moscou, sem blusas, Teodoro pegou uma grave pneumonia e ficou internado por mais de um mês.
Quando a família descobriu seu paradeiro, pediram à Embaixada Brasileira em Moscou para trazê-lo de volta.
Ao retornar para a cidade, muitas pessoas o esperavam na rodoviária, inclusive a enfermeira com a injeção antitetânica na mão.
– Senhor Teodoro, agora podemos aplicar a injeção?
Teodoro abaixou a calça na frente de todo mundo e mostrou a nádega:
– Essa injeçãozinha não é nada para quem pegou pneumonia na Rússia e teve que tomar vinte e cinco Benzetacil na bunda! *Nascido em Jacutinga (MG). Jornalista, escritor e poeta possui diversos prêmios literários em vários estados e participação em importantes coletâneas de poesia, contos e crônicas. Em 2018 lançou seu primeiro livro individual intitulado “Contos Colhidos” pela editora Clube de Autores.
FOLHA DE BOA VISTA AVISTA SEVERINO
Daniel Severino Chaves*
Como João Cabral de Mello Neto, o poeta granfino, a Folha retratou sua triste história, do imigrante nordestino, onde o peixe era tubarão e a isca era Severino. Em terra roraimense, chegou esse sofredor felino, que além de não ter dinheiro, trazia o esse de Severino. Buscava se estabelecer com desenvolvimento girino, fazendo estardalhaço, como o badalo do sino, pois fugia das mazelas, que obstaculizava Severino. A Folha, em sua defesa, mostrava o ato mais que Rufino, cobrando das autoridades, como manda o figurino, uma aliada extraordinária em favor de Severino.
Iniciou no jornalismo como suplente interino, no “o Jornal” e “Caburaí” escrevia Severino. Foi apresentado à Folha apenas como paladino pelo jornalista JR, que se identificava com Severino.
O editor chefe Carvílio dá destaque no jornal, surpreendendo o repentino, Getúlio Cruz deixou ainda mais forte, o articulista Severino. Na busca de temas polêmicos, agia como menino, até que um dia foi acordado, por um despacho interino, a justiça roraimense disse: acórdão é Severino.
A verdade jornalística, sempre tem um trama quinino, vai em busca da autenticidade, e a conspiração acaba descobrindo, compara e querem a contra prova, pra ver se não estavam mentindo, é neste ambiente que evolui Severino. O Brasil criou um inimigo, identificando como argentino, mas um problema imigratório abalou até o pobre do sulino, é tanto venezuelano provocando o desatino, a ACNUR com gestos banais, vai ‘pré-judicando’ o ensino. Nessa nossa justiça, o obscuro é cristalino, onde a lei é bolinada, com o método sabatino, o processo vira peçonha, e o culpado é Severino.
A lassidão dos órgãos governamentais, na característica de suíno, esconde a verdade, só para abalar o caprino, o direito do brasileiro acaba submergindo, querem fazer em Roraima, como fazem aos palestinos, far-se-á justiça nesta terra, sem justificar seu desatino. O povo na passividade não sabe qual será o seu destino, e vê no problema de gestão, seu resultado intestino, na fala da autoridade, se vê que está mentindo, criam centenas de abrigos só pra agradar o granfino, e ainda tem a coragem de dizer que é amigo do outro Severino.
As ONGs, se valendo dos imensos desatinos, alegam que muitos foram perseguidos e expulsos do processo Maduro mofino, carteiras de trabalho multiplicadas; empregos foram destruindo, audiências com o governo venezuelano foram suspensas contrariando a paz que estava surgindo, mas há Aquele que não dorme nem cochila, fará reverter o desatino, e agora convoca os mesmos defensores, como senhores do destino, eram os grandes na sociedade e isso requer um jubilino, eis agora a nossa chance de honrar a honra dum nordestino. Em Pacaraima está o expiatório, vendo o processo morosino, descambando cada vez mais para o conspiratório ferino, querem obrigar bater as asas para um confronto morfino. Mas a fim de evitar essa ameaça quinino, o povo vai suportando esse rebento menino, nesta celeuma imigratória, todos somos Severino.
Assumir ser boi de piranha nas águas do vespertino, atravessando pra outra margem sem a mordida do destino, assim é o sonho do articulador, para esse bode Severino, quiçá seus ideais não seja apenas inventino, e que numa rasa ele não sele seu destino, até porque as togas internacionais da execução que modelou as asas de cera para o rapino, estão alertando aos que ficarem em Pacaraima, o dia chegará, como a todo Severino.
A Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, num ato repentino, com faca amolada descascará o pepino, deixará para trás as aflições os ais, e tudo será passadino. A segunda Casa será maior do que a primeira, assim cantará o hino. Corra ao encontro da liberdade, não olhe para trás menino, pois exatamente hoje, somos todos esse Severino!
*Prospetivista.
Empatia e simpatia Vera sábio*
Ser simpático é fácil, é quase o mesmo de ser gentil, distribuir sorrisos, afetos e leves gentilezas que nada custam, além de promover alívio nas convivências diárias.
Já ter empatia é deixar-se comover pela situação do outro, se colocando no lugar do outro durante a observação do que se passa com o outro.
É sair do lugar cômodo de observador para o lugar incomodo de assistente. Entendendo que pode de alguma maneira ajudar e fará o possível para ser útil.
É possível continuar egoísta sendo simpático, mas é impossível não ter amor sem se tornar empático.
Simpático é uma tarefa fácil, muitas vezes exercida em tempo eleitoral, demonstrada pelos apertos de mãos e gestos superficiais de políticos e todos aqueles que pretendem ter crédito de bondade e solidariedade. No entanto, ser empático revela a transformação lenta e por vezes dolorosa, mudando realmente fatos que a simpatia em nada contribui e sua melhoria.
Precisamos de empáticos, de pessoas amorosas e dispostas às atitudes transformadoras para melhor. Precisamos de quem acredita que ser bom, honesto e fazer o bem são realmente atitudes pertinente a todos, e nunca uma obrigação.
O mundo só será melhor quando as pessoas perceberem que a situação do outro poderá ser a sua, ou de quem você ama, e por isso ajudar o próximo como se auxiliasse um irmão querido, todo momento é tempo de fazer o bem, para que este bem reflita em um futuro melhor.
*Escritora, palestrante, psicóloga, esposa, mãe e cega com grande visão interna. Adquira meu livro enxergando o sucesso com as mãos. Siga meu blog enxergandocomosdedos.blogspot.com.br
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Equilíbrio do cérebro
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“O cérebro é o aparelhamento material para que o espírito expresse sua vontade através do pensamento.” (Dr. Ruy Guilherme)
Há certa insistência nesse assunto, ultimamente, entre nós. Mas não poderia ser diferente. Estamos num processo de evolução acelerado e não estamos em condições de acompanhar o ritmo. Também não poderia ser diferente. Então, vamos fazer a diferença. Vamos nos conscientizar da nossa responsabilidade no nosso desenvolvimento. Afinal, o que estamos querendo? Nem todos nós sabemos. Estamos sempre esperando que os outros nos digam que caminho devemos tomar para chegar onde não sabemos para onde estamos indo. Afinal, somos todos da mesma origem. Viemos todos do mesmo Universo Racional, para onde teremos, queiramos ou não, que voltar. E como lá não existe unidade de tempo, o tempo que passarmos por aqui, não faz diferença, até que nos conscientizemos disso.
Por favor, não confunda esse papo com religião, filosofia ou coisa assim. Estamos apenas nos concentrando na racionalidade. Porque enquanto estivermos por aqui, nadando em dúvidas e questionamentos vazios, nunca seremos racionais. E ser racional não é fácil, mas é muito simples. É só pensar com racionalidade. E todo o poder de que necessitamos para isso, está em nossos pensamentos. E eles dependem só do nosso poder e jeito de pensar. Então vamos equilibrar nossos pensamentos para que possamos alcançar a racionalidade. Inicie seu trabalho equilibrando seus pensamentos e enviando-os ao seu subconsciente. Talvez você nunca tenha dado importância à importância que ele tem no equilíbrio de sua vida.
Seu cérebro é o aparelho para você iniciar e manter seu desenvolvimento. É aí que está tudo de que você necessita para caminhar, rumo à racionalidade. Nunca permita que quem quer que seja mantenha influência nos seus pensamentos. A rejeição nem sempre é rejeição, mas aprimoramento. O importante é que saibamos fazer a escolha. Para onde queremos ir e como queremos ir. Seus pensamentos não têm limite de velocidade. O que indica que você deve ser dono de si mesmo, ou mesma, para poder dirigir seus pensamentos diretamente ao mundo de onde você veio e para onde irá voltar. O tempo que você passar no seu aprimoramento só conta ponto para você mesmo. Porque todo esse tempo não é contado onde não há unidade de tempo. O tempo que você passar por aqui é “problema” seu, e de mais ninguém. Então faça sua parte no seu desenvolvimento Racional, para sua volta ao seu Mundo Racional, de onde você veio e para onde voltará. Quando isso acontecerá, depende única e exclusivamente de você. Pense nisso.
*Articulista [email protected] 99121-1460