Opinião

Opiniao 25 11 2014 319

Todos nós erramos – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Não há escritor sem erros. Dos clássicos mais antigos aos mais modernos, todos os perpetuaram”. (Rui Barbosa) Faz muito tempo, mas já falei disso por aqui. Eu trabalhava na indústria naval, no Rio de Janeiro, quando conheci um mecânico, um cara legal e bom conversador. Um dia ele me disse que há muitos erros oficializados na gramática portuguesa porque foram cometidos por grandes intelectuais. E nada mais claro do que isso. E por isso mesmo devemos ser mais comedidos nas críticas. Mas também não é por isso que devemos negligenciar. A responsabilidade na preservação da língua é uma questão de cidadania. E estamos negligenciando nesse particular. Comecei a pensar que daqui a pouco vamos criar uma lei protegendo os estudantes que não conseguirem fazer uma redação à altura, nos exames como o ENEM, por exemplo. Já estou percebendo uma tendência a usar temas mais simples nos exames, porque a maioria dos concorrentes não consegue redigir. Você não se preocupa com isso? Se se prestar atenção ver-se-á que se a redação for em inglês será muito mais simples para o estudante. Adoramos falar e escrever em inglês. É muito mais elegante. Pelo menos é o que estou pensando que professores e alunos pensam. Vamos falar sério. Acho que está na hora de as direções em comunicação prestarem mais atenção à simplicidade tão simples quanto importante neste aspecto. O que ouvimos de primarismo nos meios de comunicação não está no gibi. Isso é bom para a simplicidade no trabalho, a simpatia no falar, mas incrivelmente prejudicial para os jovens influenciáveis. Não vamos querer dar uma de intelectuais nem de sabichões, apenas respeitar nosso idioma, nossa língua, mesmo no coloquial. Porque é nela que estamos. Acredite nisso. A simplicidade no falar não significa vulgaridade. Longe disso. Pelo contrário, é no falar simples que mostramos respeito pelo nosso idioma. Falar simples, mas certo e correto. Simples pra dedéu. Quando seguimos esta trilha não nos preocupamos com nossos erros no falar ou no escrever. O importante é que assumamos a responsabilidade pelo que fazemos no dizer. Não importa se dizemos por escrito ou oralmente. Acho que já é um erro ficar preso às normas. Sejam gramaticais ou não. Mais importante é que sejamos seguros no que fazemos, para que possamos cometer os erros sem que eles nos prejudiquem ou nos mantenha presos a erros do passado. E eles nos prejudicam quando são cometidos por negligência ou desconhecimento. Sua elegância está na sua maneira de agir. E falar com simplicidade, mas corretamente, é uma forma simples e elegante. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 —————————————————————— Cidadãos do Reino de Deus ou do mundo? – Marlene de Andrade* O número de igrejas evangélicas cresceu muito no Brasil, porém muitas pessoas “convertidas” a Jesus continuam levando uma vida totalmente desviada da sã doutrina e praticando, no seu dia a dia, as mesmas coisas que os não cristãos praticam. O cristianismo é mudança de vida. A começar de mim, precisamos mudar cada vez mais para melhorar o nosso caráter, a fim de nos tornarmos dessa maneira, modelos para os que estão perdidos dentro deste mundo tão pecaminoso e permissivo. Outra coisa importante para ser pensada é que também não adianta ser “evangélico não praticante”, pois essa prática é abominável e não agrada a Deus. Jesus sinalizou que precisamos praticar Sua palavra e não nos tornarmos simplesmente ouvintes da mesma. Infelizmente, algumas “igrejas” viraram um comércio terrível e alguns “pastores” atrelam as bênçãos divinas à oferta e os dízimos, o que é um verdadeiro absurdo. Neste contexto, Augustus Nicodemus Lopes explica que a edificação da igreja consiste em crescimento espiritual visando a maturidade e a firmeza doutrinária. Portanto, o verdadeiro cristianismo modifica toda e qualquer área do nosso viver e não somente a nossa vida financeira. O número de cristãos, no Brasil, aumentou demasiadamente com inúmeras “conversões”, porém muitas delas totalmente questionáveis. Precisamos perceber que não adianta as igrejas crescerem em quantidade, mas não em qualidade. Evidentemente, que não existe ninguém “bonzinho”, porém no verdadeiro cristianismo quem roubava, não rouba mais, quem adulterava não mais adultera, quem mentia não mais mente e assim por diante. Essa mudança de modelo de vida não se dá de um dia para o outro, contudo, se as pessoas que se dizem cristãs nunca melhoram seu caráter, é porque algo está errado dentro das comunidades cristãs. Devido a tais fatos, o aumento do número de igrejas não vem garantindo a existência de uma sociedade melhor, visto que nós cristãos não estamos sendo sal e luz do mundo e isso é muito preocupante. Escutamos falar de profundos escândalos dentro das igrejas onde, às vezes, há muita religiosidade e pouca ação. Neste contexto, a Palavra de Deus nos exorta da seguinte maneira: “Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. (Efésios 4:22-24). *Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT www.com/marlene.de.andrade47 ————————————————————– FAZER MAIS COM MENOS – Ruy Martins Altenfelder Silva* Um tema com grande foco na última campanha eleitoral foram os programas sociais, inegavelmente um dos maiores fatores que impulsionaram a saída de 25 milhões de brasileiros da faixa de pobreza, composta por pessoas que ganham menos de US$ 4 por dia (R$ 10 ou R$ 299 por mês). Eles foram catapultados, em ampla maioria, para o segmento com renda pessoal entre R$ 300 e R$ 750 por mês, o que dá um valor de R$ 1.200 a R$ 3.000 para uma família de tamanho médio, composta por quatro pessoas, o que as coloca na faixa das pessoas em situação de vulnerabilidade social. Finda a campanha, o tema deve merecer uma reflexão aprofundada, que vai além da simples manutenção ou não de tais programas – até porque ninguém, com um mínimo de bom senso, pensaria em extinguir programas com forte efeito inclusivo, como o Bolsa Família. Análises menos apaixonadas destacam um ponto que se configura, com crescente clareza, como uma fragilidade das atuais políticas de assistência social. Em entrevista concedida ao Valor Online entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o mexicano Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial (Bird) para a América Latina e Caribe, destaca que o Brasil é um país-chave no resgate dos 40% da população do planeta, que vive em pobreza extrema (renda diária de menos de U$1,25) até 2030. O dirigente do BIRD também revela preocupação com o desafio de gerar condições para preservar e ampliar as conquistas sociais já alcançadas. Quais as ameaças que, na opinião dele, pairam sobre os projetos assistenciais do governo? O Brasil e vários países vizinhos terão de descobrir caminhos para crescer num cenário internacional adverso, com a baixa nos preços das commodities, o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e a queda nas vendas para grandes importadores, como a China, que está com seu PIB em queda, etc. Responsável por gerenciar financiamentos acima de U$ 30 bilhões para 31 países (desse total, U$ 15 bilhões destinam-se ao Brasil), ele receita, para sair da zona de risco, o aumento dos investimentos em infraestrutura e reformas na educação e no sistema de transporte de cargas. A receita não é nova, pois a eliminação dos gargalos do desenvolvimento (e não são só os três citados) vem sendo defendida por vários setores, sem grande sucesso. Quando ventos internacionais favoráveis inflavam a economia, um coro de vozes autorizadas recomendava reforçar os investimentos na eliminação de tais gargalos. Para tanto, os recursos viriam do enxugamento da máquina pública, da gestão adequada do dinheiro público, da eliminação da corrupção e da redução da carga tributária, como instrumento de aumento da produção econômica, entre outras soluções. Com perspectivas menos animadoras, os desafios agora serão maiores, mas não podem deixar de ser enfrentados, sob pena de comprometer até as conquistas sociais de que se orgulha o País e foi forte marca das últimas administrações federais. A nova realidade indica a urgência de se implementar uma melhor gestão dos orçamentos oficiais, de manter sólidos os fundamentos da macroeconomia e de estancar o desperdício e o desvio dos recursos financeiros. Em poucas palavras, será preciso fazer mais com menos. Jorge Familiar ressalva que não é suficiente investir na modernização da infraestrutura. É imprescindível cuidar da educação, pois, apesar dos avanços no acesso à educação básica, a qualidade ainda está longe do ideal. Segundo ele, a falta de escolas públicas de qualidade é um grande nó, pois pela primeira vez na história, o número de latinos americanos de classe média supera a quantidade de pobres, já batendo em 35% da população. É uma boa notícia, mas também um desafio, pois com melhores condições de vida aumentam as demandas por mais e melhores serviços. Também preocupa Familiar que basta um choque qualquer – uma doença na família ou a perda do emprego – para que os vulneráveis voltem à condição anterior. Com sinais de recrudescimento da inflação e inevitáveis ajustes de preços, a saída é focar os programas sociais realmente em quem precisa. Duas medidas eficazes vêm sendo adotadas para combater a desigualdade: aumento de salário e criação de empregos. Mas “estudos que fizemos recentemente mostram que o emprego é mais importante do que a remuneração”. A palavra de ordem, portanto, é tornar o planejamento, os gastos e os procedimentos internos do governo os mais eficientes possíveis, de forma a garantir recursos para serem revertidos em ações sociais. Além disso, ajudaria muito estimular a participação de organizações sociais, como o CIEE, na ação filantrópica de auxiliar os jovens a se preparem melhor conquistar um lugar no mercado de trabalho. *Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente do Conselho de Administração do CIEE e da Academia Paulista de Letras Jurídicas (APLJ). ———————————————————— ESPAÇO DO LEITOR CÚMPLICE O internauta Chiquinho é a favor de que o próximo governo corte o orçamento dos Poderes, principalmente do Legislativo. “Eles fazem parte do afundamento do Estado. Todos eles são culpados, porque em vez de fiscalizarem – que é o papel dos deputados – se juntaram aos ex-cassados para dilapidar o Estado. Sou a favor que a Justiça inclua os deputados como cúmplices no rombo que o Estado sofreu”, comentou. EMENDA 79 “Essa luta é longa para os trabalhadores efetivos da Prefeitura de Boa Vista, pois no momento em que ocorreu o último enquadramento, em 1993, mais de 600 servidores foram excluídos pela administração. O mais agravante foi que incluíram pessoas que nunca tinham trabalhado na prefeitura, tornando-se o famoso trem da alegria. Agora, é preciso estarmos vigilantes para que a história não se repita. E, deve ser informado a todos os pretendentes que não é necessário entregar nenhum documento na Segad, tendo em vista que não existe regulamentação da emenda”, afirmou o internauta Carlos Calheiros sobre a Emenda Constitucional 79, antiga PEC 111. TUCURUÍ 1 Sobre a anulação da licitação do Linhão de Tucuruí, que beneficiaria Roraima com energia elétrica, o internauta Josué Ribeiro Júnior: “Isso é o que os militantes e as raposas políticas querem, que Roraima continue dependente dos bolivarianos e dos corruptos. E isso é uma prova de que setores do judiciário estão aparelhados para que essas obras sejam barradas, pois não ouvem quem deve ser ouvidos. Aliás, se o povo de Roraima fosse mesmo ouvido, muita coisa boa já teria sido feita aqui, mas teimam em ouvir apenas o lado mais fraco. E o nosso povo continua mais isolado do que a tal nova tribo”. TUCURUÍ 2 “Vamos parar com isso. Somos todos brasileiros. Quem não tem sangue de índio nesse país? Eu mesmo sou resultado de uma mistura de índio com branco. Nossos colonos têm o direito de permanecerem em suas terras, e está na hora de parar com essa história que documentos de posse e propriedade não têm valor. É uma falta de respeito retirar pessoas trabalhadoras e honestas, que produzem o alimento para a mesa de cada roraimense e brasileiro em detrimento de ordens arbitrarias, como se vivêssemos num regime de ditadura. Já morreram tantas pessoas nesse país para que tivéssemos uma democracia, um país que seja de todos com respeito e dignidade para todos nós brasileiros. Nossos irmãos índios só querem isso”, comentou o internauta Mendes. CÚMPLICE O internauta Chiquinho é a favor de que o próximo governo corte o orçamento dos Poderes, principalmente do Legislativo. “Eles fazem parte do afundamento do Estado. Todos eles são culpados, porque em vez de fiscalizarem – que é o papel dos deputados – se juntaram aos ex-cassados para lapidar o Estado. Foi a favor que a Justiça inclua os deputados como cúmplice no rombo que o Estado sofreu”, comentou. EMENDA 79 “Essa luta é longa para os trabalhadores efetivos da Prefeitura de Boa Vista, pois no momento em que ocorreu o último enquadramento(1993) mais de 600 servidores foram excluídos pela administração. O mais agravante foi que incluíram pessoas que nunca tinham trabalhado na prefeitura, tornando-se o famoso trem da alegria. Agora, é preciso estarmos vigilantes para que a história não se repita. E, deve ser informado a todos os pretendentes que não é necessário entregar nenhum documento na Segad, tendo em vista que não existe regulamentação da emenda”, afirmou o internauta Carlos Calheiros sobre a Emenda Constitucional 79, antiga PEC 111. TUCURUÍ 1 Sobre a anulação da licitação do Linhão de Tucuruí, que beneficiaria Roraima com energia elétrica, o internauta Josué Ribeiro Junior: “Isso é o que os militantes e as raposas políticas querem, que Roraima continue dependente dos bolivarianos e dos corruptos. E isso é uma prova de que setores do judiciário estão aparelhados para que essas obras sejam barradas, pois não ouvem quem deve ser ouvidos. Aliás, se o povo de Roraima fosse mesmo ouvido, muita coisa boa já teria sido feita aqui, mas teimam em ouvir apenas o lado mais fraco. E o nosso povo continua mais isolado do que a tal nova tribo”. TUCURUÍ 2 “Vamos parar com isso. Somos todos brasileiros.Quem não tem sangue de índio nesse país? Eu mesmo sou resultado de uma mistura de índio com branco.Nossos colonos têm o direito de permanecerem em suas terras, e está na hora de parar com essa história que documentos de posse e propriedade não têm valor.É uma falta de respeito retirar pessoas trabalhadoras e honestas, que produzem o alimento para a mesa de cada roraimense e brasileiro em detrimento de ordens arbitrarias, como se vivêssemos num regime de ditadura.Já morreram tantas pessoas nesse país para que tivéssemos uma democracia, um país que seja de todos com respeito e dignidade para todos nós brasileiros.Nossos irmãos índios só querem isso”, comentou o internauta Mendes.