Amor incondicional – Walber Aguiar*
“Só as mães são felizes.” (Cazuza)
Era manhã. Ela me pegou pela mão e, lentamente, caminhou comigo até o fundo do quintal. Havia cajus, graviolas, mangas, goiabas, araçás, cocos e o velho pé de abacate. Minha mãe, dona Maria, levou-me para conhecer o infinito.
O anjo de pernas tortas estava ali, relaxando no seu quarto. As redes eram velhas testemunhas da presença de dois homens naquele espaço do prazer, naquela geografia do aconchego.
Todos, mesmo na idade adulta, carregamos o medo na bagagem. Medo do escuro, do mar, dos desertos, do desconhecido, do dentista e dos demônios que nos assombram o coração e a mente. Incapazes da perfeição, temos medo de pecar e, tomados pela angústia da solidão, buscamos no outro o complemento do amor, a metade que falta.
Seu amor era incondicional. Sua vida foi completamente devotada ao marido e aos filhos. Calçava as meias do único menino que teve. Àquela altura o cheirinho de café já invadia toda a casa e o trombone já despertava a todos no velho Coronel Mota. O papagaio pedia café muitas vezes.
Educar não era apenas mandar pra escola, para o velho colégio São Francisco. Antes era aconselhar e preparar pra vida. Assim, Maria não era apenas um nome, um refúgio na hora em que o escuro nos assaltava. É dom, ousadia, perseverança. Dom de ser mãe, ousadia de amar e perseverança em continuar existindo.
Minha mãe, naquela manhã de maio, me pegou pela mão e me fez descobrir o infinito. Em cada planta, em cada pássaro, em cada detalhe do quintal.
Ainda lembro os cheiros de vida. Inclusive, do inesquecível cheiro do seu sovaco…
*Advogado, poeta, historiador, professor de filosofia e membro da Academia Roraimense de Letras. [email protected]
“Politicamente correto” – Marlene de Andrade*
“O homem não se estabelece pela perversidade…” (Provérbios 12:3 a). O Foro de São Paulo foi articulado por Lula “pai dos pobres”, que cooptou Fidel Castro nessa “organização de esquerda”, a qual deu certo para eles, pois passou a vigorar entre alguns países latinos e no Caribe, a “lei do Gérson”, na qual os governantes podem obter “vantagens” ilícitas e PT saudações.
Lula e Dilma, que são “com-chávez-ados” com os Castros, Chávez e Maduro, fizeram o trem ir andando e agora vem Temer dizer que é “incogitável” fechar a fronteira do Brasil com a Venezuela. Ele com certeza também tem “com-chávez” com esse país. Lula articulou com o falecido Fidel Castro o Foro de São Paulo para tornar toda a América Latina e o Caribe socialista e esses dois tiranos foram bem vitoriosos, pois essa organização de esquerda levou vários países dessa América e do Caribe ao fundo do poço.
Claro que há políticos brasileiros que se simpatizam com esse Foro, formado de “esquerdopatas’, pois querem fazer do Brasil uma ditadura no modelo castrista e, nesse ponto, temos que realmente tirar o chapéu para o Lulão, visto que esse Foro, por ele pensado e articulado, deu certo e se tornou uma organização criminosa gigantesca, pois passou fazer política vermelha, matar inocentes, quiçá o prefeito de Santos e, se empoderar do governo custe o que custar.
Esse Foro foi tão vitorioso que conseguiu eleger vários presidentes na América Latina que não estão nem aí para o povo, quanto aqui no Brasil a Constituição Federal já foi até rasgada pelos ministros colocados no STF pela esquerda.
Nesse viés, Lula amigo do falecido Raúl Reyes, pertencente ao grupo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia/FARC que também se organizaram não somente com Lula, mas inclusive com os movimentos brasileiros dos Sem-Terra, Sem-Teto, estudantes universitários, religiosos, historiadores e intelectuais querem, a toda força, instalar uma ditadura aqui no Brasil, visto que ditadores e “companheiros” ganham muito bem!
E vejam o desastre: Fidel acabou com Cuba, Maduro com a Venezuela e o “companheiro-mor” com o Brasil devido à roubalheira do mensalão e a do petrolão, mas o brasileiro acordou e já deixou até de ser pé de chuteira que dirá idiota.
Agora, o Governo Federal “com-chávez-ado’ e “a-maduro-cido” vem com essa de que não vai fechar a fronteira com a Venezuela. Ei, não sou xenófoba, porém entendo que a imigração venezuelana precisa passar por uma triagem séria. Temer não conhece nossa história, sendo assim, bem que ele podia de vez em quando passar uns finais de semana em Roraima e também na praia de Margarita, a fim de conhecer a realidade de nosso estado e o da sofrida Venezuela, a qual foi destruída pelos “chefões”. *Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT ; CRM339- RQE339
O besouro humano – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“O dom de maravilhar-se é a primeira característica da criança, que o adulto perde. A crisálida entra na adolescência e sai para a vida adulta como feio besouro”.
Você já observou como uma criança, já nos seus primeiros meses de vida já se maravilha, com as coisas a seu redor? Parece incrível, mas observe isso. Ela demonstra seu entusiasmo nos movimentos de pernas, braços e sorrisos. E só quando sabemos observar o valor disso na formação da criança, estamos fazendo nossa parte como ela deve ser realmente feita. A não observação pode levar a criança para o grupo dos desentendidos que não sabem conservar a felicidade da infância. E é quando entram na adolescência que vão perdendo o hábito feliz de maravilhar-se. E é aí que mais um besouro feio entra para o mundo adulto, sem condições de ser realmente feliz.
Acompanhe, desde os primeiros meses de vida, seu filho, na caminhada da maravilha. Ele nasce com ela e a demonstra com naturalidade. Lembra-se da pergunta que aquela examinadora me fez numa prova de português? “O que é que faz uma música se tornar clássica”? Infelizmente eu já era, então, um besouro feio e não entendi a grandeza da pergunta. Como você sente a música clássica? Ela o faz feliz ou o aborrece? Se o aborrecer, cuidado… Alguma coisa está errada com você e não com a música.
Faça essa experiência quando seu filhinho nascer. Grave uma seleção de músicas clássicas, num Pen Drive, e ponha-o a tocar sempre que a criança estiver dormindo. Mas em som muito baixo. Isso faz com que a música penetre na mente da criança, tornando-a feliz para toda a vida dela. Aqui vai uma simples sugestão: “Summertime”, por exemplo. É uma canção de ninar. Composta no início do século XX. “Pour Elise” é outra música indicada para que uma criança ainda nos seus primeiros meses de vida comece a ouvi-la. E tantas outras que nem mesmo prestamos atenção à sua importância. Mas como perguntou a examinadora, a música nem sempre precisa ser clássica para ser boa e indicada para a formação cultural da criança ainda no seu nascimento. O que importa mesmo é a qualidade, o que está muito difícil na produção musical atual.
Iniciei o dia, ontem, ouvindo uma seleção de clássicos escolhidos. E isso me fez muito bem durante o dia. A mim e à dona Salete. Aí, lembrei-me do quanto essas músicas me fizeram bem, quando ainda criança eu as ouvia pela manhã quando acordava pa
ra ir para a escola. Leve isso em consideração para a formação do seu filho recém-nascido. O que pode estar lhe parecendo tolice vai ser muito importante para seu filho. A música é um alimento da alma. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460