Técnicas de Vendas – Mário Rodrigues*Existem momentos na vida de um profissional de vendas em que parece ser impossível convencer um determinado cliente de que o produto oferecido é de boa qualidade e pode, sim, atender às necessidades dele. Todos nós, vendedores, já passamos por esta situação, não é mesmo?Mas existe uma forma de escapar deste momento crítico. Não é necessário ter medo de perder a venda só porque o cliente não parece estar persuadido, o importante é saber conduzir a negociação de maneira assertiva. Essa é a hora de utilizar o conhecimento técnico que possui, esse é o grande diferencial do vendedor profissional.É essencial conhecer profundamente todos os detalhes do produto, assim como de seus concorrentes, sendo capaz de oferecer ao cliente uma análise das funcionalidades, benefícios e deficiências das marcas. Dessa forma, o cliente vai perceber que você consegue indicar qual o melhor produto, de acordo com suas necessidades, e você, como vendedor, vai saber direcionar os argumentos para concluir sua venda.Sabemos que alguns clientes já chegam à loja “armados” de informação. Estes consumidores são capazes de afirmar que o seu produto não é tão bom quanto aquele outro do concorrente. Ele conhece tudo o que você estava pronto para oferecer e sabe que a marca X não pode resolver seus problemas. Se você, vendedor, não estiver preparado ou for um profissional sem experiência, é quando se pergunta: o que fazer?Primeiro, mantenha a calma, não está tudo perdido. Existe uma maneira ideal de lidar com clientes desse tipo, com um atendimento excelente. Em momento algum você desclassificará o concorrente, mas vai provar, a partir de um relacionamento com o consumidor, que com você ele terá uma recepção exclusiva durante a venda e com alto padrão no pós-venda.Quando o cliente não se convencer com as propriedades do produto, cabe ao vendedor convencê-lo com o principal diferencial da categoria, o atendimento impecável e de qualidade.*Diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) – www.ibvendas.com.br——————————-HOMENAGEM AOS PROCURADORES FEDERAIS DA LAVA JATO – Percival Puggina*Mais importante do que conhecer é reconhecer.Sim, os fatos narrados na longa dissertação do procurador DeltanDallagnol são ofensivos, são impróprios, são intoleráveis por toda consciência bem formada. Sim, foram duras aquelas palavras e podemos dizer como os discípulos a Jesus: “Quem as pode ouvir?”. Ora, se o cidadão comum se sente assim ao ver desvelada com crueza substantiva e adjetiva a ampla organização criminosa que saqueava o país, imagino o desconforto que as denúncias causam a quem vê exibida em público a face hedionda do objeto de sua devoção.A entrevista ainda estava em curso e já começavam os protestos. “Essas coisas não são feitas assim!”, clamavam uns. “O Ministério Público foi longe demais!”, exaltavam-se outros. “A acusação deve simplesmente anunciar que encaminhou a denúncia e jamais produzir libelos públicos!”, professoravam certos escolados. Mesmo entre os que concordavam com a narrativa da acusação, havia quem reprovasse a contundência do discurso. No entanto, quanta lógica na decisão que os procuradores da operação Lava Jato tomaram! E com quanta admiração ouvi e acolhi sua iniciativa! Há mais de dois anos, pondo em risco a própria segurança, no torvelinho da maior investigação criminal da história do país, eles combatem os poderes das trevas que atuam no topo da nossa ordem política, econômica e judiciária. Contrariam interesses hegemônicos. Seus investigados têm, ao estalo dos dedos, todo o dinheiro de que possam necessitar para quanto lhes convenha e todas as facilidades para agir fora e acima da lei. Não bastasse isso, Dallagnol e seus colegas enfrentam, também, o carisma de Lula, as milícias de João Pedro Stédile, Guilherme Boulos e Vagner Freitas, e o escudo protetor que a prerrogativa de foro proporciona aos principais indiciados da operação. O Brasil que não é comprado com depósitos na Suíça nem com pratos rasos de lentilha, louva a ação da Lava Jato e aplaude Sérgio Moro. Mas sabemos todos e sabem ainda melhor os procuradores que, assim como na italiana operação Mãos Limpas, o Congresso Nacional pode aprovar projetos que já tramitam e tornam inócuas suas apurações e denúncias. Sabem que seus inimigos agem no entorno e no interior do STF, dentro e fora do governo. Se o leitor entendeu, há de ter visto que estão aí, devidamente alinhadas, grossas fatias do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. E se entendeu completamente reconhecerá o imenso serviço que aquela coletiva prestou à Nação, com sacrifício e risco pessoal dos procuradores federais.Não sei o que acontecerá nos próximos dias, mas quis escrever este artigo antes de o sabermos.*Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org. ———————————Um eleitor, um teclado… quatro anos em arbítrio – Tom Zé Albuquerque*“Agora que acabaram as paralimpíadas, vem aí as PARAELEIÇÕES! Milhares de candidatos portadores de honestidade especial, com cegueira ética, deficientes de escrúpulos, paralisia moral, amputados de idoneidade e aqueles que nasceram sem um dos sentidos: o caráter. Eles estarão disputando um lugar no podium da vida pública, visando o ouro, a prata, o real, o dólar, o euro, os imóveis… e tudo mais que tenha valor”.O conteúdo acima tem circulado em redes sociais, sem autor definido, e retrata a iminência da eleição e o perfil de boa parte dos candidatos que tem vingado. Em face da dificuldade de se mensurar caráter, cabe-nos considerar que o político em si não se torna desonesto através da política, mas nós, eleitores, é que permitimos que um desonesto ingresse na vida pública. Existem aqueles candidatos que historicamente já têm em seus currículos registros de má reputação; assim como existem aqueles candidatos dissimulados, que almejam o enriquecimento através da política. Ambos são nocivos para a sociedade, são seres que deveriam ser banidos na seara pública.Temos ouvido e visto candidatos ao Legislativo defenderem causas absurdas, geralmente eivadas de má intenção de tão bizarras que chegam a ser. O ápice da tolice ocorreu em o propenso vereador prometer reajustar o salário mínimo…!?!? Isso mesmo, o legislador da cidade de Boa Vista pretende redefinir os critérios de atualização salarial prevista na Constituição Federal, para qual ao Congresso Nacional compete gerir.
É ou não é a idiotização eleitoral? Em proporção menor, outra baboseira constante aos nossos ouvidos é a promessa disparatada de redução de impostos, algo que depende de uma série de variáveis e, para cada receita renunciada, cabe aos poderes o respaldo e o resguardo de onde sairão os recursos para recomporem possível baixa financeira. Fico preocupado com o nível dos candidatos que sequer têm conhecimento ou dominam os preceitos básicos para uma boa gestão municipal, pois: Lei Orgânica, Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes, Lei de Acesso à Informação e o Plano Plurianual. É doloroso observar a postura de alguns candidatos que já inconscientemente sinalizam, em campanha, a intenção de sobrepor seus interesses àquele do qual deveria defender: o bem comum da coletividade.É de dar náuseas o cinismo de muitos daqueles que vislumbram uma cadeira na Câmara Municipal, na pregação de moralidade, ética e comprometimento com a sociedade, como se ser honesto fosse um plus, como se agir com retidão fosse uma qualidade curricular. Ser honesto é obrigação de todo ser humano, e a política não deveria ser um ambiente para crápulas, justamente por se tratar da obrigatoriedade no zelo daquilo que é público. Ante tanto despautério, pela proximidade da eleição, invoquemos para que o Grande Arquiteto do Universo nos proteja, nos ampare dos malfeitores sociais, algo já propagado há décadas pelo Jurista do Século XX, Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.*Administrador – e-mail: [email protected]————————————–Cuidado com o que fala – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Quando uma sociedade se corrompe, a primeira coisa que gangrena é a linguagem”. (Octávio Paz)Ainda temos dificuldades em entender o que é uma linguagem corrompida e uma linguagem ultrapassada. Já lhe falei do meu professor de Literatura que nos disse que o nordestino não fala errado. Ele fala uma linguagem arcaica, mas correta. E como exemplo ele nos deu, a toda a classe, o uso da palavra “Aperreado”. É uma palavra usada pelos espanhóis na época da colonização do Brasil e que significa seguido pelo perro. E perro, em espanhol significa cachorro. E, cara, se você se sentir perseguido por um cachorro, você estará bem aperreado. Por tanto devemos estar atentos para a gangrena nas palavras que usamos, atualmente, indicando nossa decadência cultural. As coisas são simples. Nós é que as complicamos. A língua muda com frequência. Mas não nos dá direito a deformá-la. Mesmo nas mudanças, ela não deixa de ser um indicativo do que somos no seu uso. Estamos habituados no linguajar vulgar e por vezes destrutivo. Que é o que fazemos quando educamos nossos filhos com palavrões e palavras de baixo calão. Porque na verdade não estamos educando. Quando o palavrão se torna um hábito passamos a ser vistos como pessoas mal-educadas. Você nunca vai ver uma pessoa realmente educada e civilizada, usando o palavrão a torto e a direito. Podemos estar corrompendo nossa sociedade com o nosso comportamento. É na nossa postura que indicamos quem realmente somos. Sabemos que onde quer que estejamos, estamos sendo observados. E embora isso nem sempre nos traga benefícios materiais, os benefícios vêm. E eles sempre nos engrandecem. Porque mesmo que não percebamos, estamos nos apresentando. Estamos dizendo, no mostrar, o que somos. O que nos leva à condição de igualdade. Porque mesmo que não estejamos nos igualando a quem nos observa, estamos lhe dizendo o que ele deve ser para ser igual a nós. Mas o mais importante é que não nos preocupemos com isso. Que apenas façamos o que devemos fazer como deve ser feito. Porque é assim que evoluímos. E quando evoluímos de verdade abrimos caminho para todos os que quiserem nos seguir. E o importante é que deixemos isso para o livre arbítrio. Não precisamos tentar dirigir. O que importa é que abramos o caminho para quem quiser segui-lo. É assim que fazemos nossa parte na evolução humana. Orientando e não dirigindo. E o exemplo é, e sempre será, a melhor didática. E se é assim, vamos dar sempre bons exemplos para que possamos orientar o ser humano na sua evolução racional. E você nunca vai racionalizar dirigindo. Pense nisso.*[email protected]————————————–Recriação do Ministério da Cultura – Júlio César Cardoso*Governo recua e recria Ministério da Cultura, por Medida Provisória, que foi aprovada no Senado e agora vai para sanção presidencial.Além de restabelecer o Ministério da Cultura, o projeto cria a Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a da Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, ambas no Ministério da Justiça. Por solicitação do senador Humberto Costa (PT-PE), o Plenário votou separadamente uma emenda que havia sido rejeitada pela comissão mista. Da deputada Erika Kokay (PT-DF), a emenda recriaria o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, que foi dissolvido em secretarias especiais incorporadas ao Ministério da Justiça. A sugestão, graças ao bom senso, foi rejeitada.Veja a audácia do oráculo, senador Humberto Costa (PT-PE), que se autoproclama visionário de que o Ministério da Justiça não teria condições de gerir as políticas públicas destinadas a esses grupos sociais, uma vez que é comandado por “pessoas de perfil autoritário”. Mais autoritário do que foi o governo do PT, que impôs ao país ideias partidárias marxistas, inclusive na escola básica, não tem similar.Tem razão o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ao afirmar que a criação de secretarias dentro de uma estrutura ministerial já existente contribui para um Estado “eficiente, focado e forte na sua autoridade”. Para Aloysio, o PT criava ministérios para “abrigar apaniguados”. E é a pura verdade, pois a pelegada apadrinhada, em busca do emprego fácil, inundava as instituições púbicas federais, inchadas de incompetentes parasitas, que desfrutavam da sinecura arranjada pelo PT para que este se beneficiasse do dízimo obrigatório, exigido de cada filiado empregado.Faz parte do jogo sujo do PT, agora, na oposição, rejeitar as medidas positivas do atual governo. *Bacharel em Direito e servidor federal aposentado