Opinião
Opiniao 27 04 2015 914
Uma lanterna, por favor! – Rubens Marchioni* A palavra honestidade pode ser traduzida como a prática da verdade. É sinônimo de fugir de qualquer forma de comportamento que se apoie na mentira, na fraude, no engano. Em resumo, sua origem nos remete à ideia de dignidade e honra. Vamos tirar tudo isso do papel? O que passa pela nossa cabeça quando trabalhamos com esta hipótese lunática? A certeza de que estamos diante de uma doce utopia, talvez. Seríamos capazes de reconstruir o país com um cimento que não incluísse nenhuma dessas impurezas, que tanto o enfraquece e compromete a obra do ponto de vista social? Praticar a honestidade implica em pautar as próprias ações pela verdade, sem omitir, nem dissimular. O indivíduo honesto repudia a malandragem, a esperteza burra de querer levar vantagem em tudo. E então me vem à mente a história, atual, daquele filósofo grego, Diógenes de Sínope. Conta-se que o pensador vagava pelas ruas de Atenas com uma lanterna, procurando a verdade ou um homem honesto. Para a sorte dele, isso aconteceu muito tempo antes de Cristo. Hoje, ele se frustraria em sua busca, sobretudo, quando feita nos palácios. Assim como sua ferramenta de trabalho já estaria nas mãos de um ladrãozinho qualquer, o dinheiro da venda dividido com… Honestamente, a construção desse personagem buscado, ontem e hoje, requer o desenvolvimento do hábito de praticar a obediência incondicional às regras morais que orientam a sociedade. Mesmo sabendo o nível de dificuldade implicado nessa prática. Afinal, a gente não vive num mundo que facilita esse comportamento. Mas há quem diga que se está difícil é porque estamos no caminho certo. E isso bem pode ser verdade, assim desejamos. Convém lembrar que, em algumas situações, a prática da honestidade pode implicar em sérios prejuízos ao bolso ou à pele – se é que o leitor me entende. Quem não conhece alguém que se deu muito mal por insistir nessa rebeldia descabida para os nossos dias? O perigo é iminente, quando tudo tem o inconfundível odor de um grande número de substâncias cancerígenas, que corroem esse imenso e desregrado Brasil SA. *Publicitário, jornalista e escritor. Colunista da revista espanhola Brazilcomz, da canadense BrasilNews e da americana BrasilUsa Orlando. [email protected] rubensmarchioni.wordpress.com —————————————– Fique sempre atento – Afonso Rodrigues de Oliveira* “O que faço hoje é muito importante porque estou trocando um dia da minha vida por isso”. E por ser tão importante o que fazemos, devemos estar sempre atentos ao que fazemos. Simples pra dedéu. E por mais espertos que sejamos sempre fazemos tolices. E que estejamos atentos até para aproveitar os resultados das tolices, e aprender com elas. E não faça a tolice de pensar que você está fora desse círculo só porque é intelectual e inteligente. Porque isso já é uma tolice. Mas chega de blablabla. Não faz muito tempo que falei de um dia, não tão distante, em que me aconteceu algo simples, mas exemplar. Desci do metrô, na Sé, e ia pra casa. Era final de tarde. O movimento era intenso. Eu não costumo dar esmolas nem trocadinho para moradores de rua. E isso não é grosseria nem desumanidade. Quando nos acostumamos a transitar entre eles, sabemos muito bem quem é quem. Saí da estação rumo à Catedral. Antes da escada estava uma senhora com uma garotinha, encostadas à parede. A senhora veio até mim e falou, tímida: – Dá pro senhor me arrumar um real pra eu completar minha passagem para casa? Sorri e respondi: – Infelizmente não tenho. Estou sem nenhum trocado. Retirei-me e subia a escada, quando esse cara que fica sentado no meu ombro esquerdo deu um tapa na minha orelha. Acordei. Vi que aquela senhora não era uma pedinte e que eu tinha feito uma tolice. Bati no bolso da calça e percebi que só as moedas já ultrapassavam dois reais. Desci a escada e fui até a senhora: – Oi, senhora, me desculpe, mas nem percebi que tinha umas moedas no bolso. Passei-lhe as moedas, ela agradeceu e saí. Subi a escada, virei-me e vi a senhora, no guichê, comprando a passagem. Senti-me aliviado. Saí e entrei pela Rua 11 de Agosto. O movimento era intensíssimo. No meio da multidão, observei uma coisa interessante. No meio do asfalto estava estendida uma cédula de um real. Todo mundo passando por cima dela sem percebê-la. Sorri e pedi licença: – Ei… pessoal, deixem-me pegar minha cédula que caiu. Todo mundo afastou e eu peguei a cédula e saí sorrindo. Atravessei a Praça João Mendes e entrei em casa rindo. Alexandre riu e eu falei: – Se eu fosse religioso fanático iria dizer que me acontecera um milagre. Mostrei-lhe a cédula de grande valor e lhe contei como o milagre aconteceu. Ontem, um cidadão parou-me na rua e, rindo, contou-me um caso que acabara de acontecer com ele, que era igualzinho ao meu. Rimos muito, mas não lhe falei do meu caso, mas saí, novamente muito feliz por ver como as coisas simples nos fazem felizes. Preste mais atenção a elas. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 ————————————- FIDELidade à hipocrisia – Tom Zé Albuquerque* Já se foram várias décadas desde a revolução cubana, em 1959, liderada pelo sanguinário Ernesto Che Guevara e pelo militar oportunista Fidel Castro. Daquela época até hoje ainda existem no Brasil adeptos do “socialismo cubano”; mas a farsa se corroeu em razão de fatos comprobatórios da hipocrisia praticada pelo chefe cubano estarem cada vez mais explícitos. A guerra fria proporcionou uma afinidade ímpar entre Cuba e a antiga União da República Socialista Soviética – URRS (pelo modelo erguido em 1917), e por consequência, os EUA (hoje estrategicamente reaproximado) foram tachados como inimigos mortais do povo cubano, sob o paradoxal argumento da aversão ao imperialismo yankee, o mesmo usado até hoje na Venezuela, país que se afunda a cada dia numa miséria histórica pela crueldade de ditadura sem proporções. Ocorre que o socialismo defende, entre tantas: o confisco do que é privado, sobretudo em evitar o poder nas mãos de uma minoria; mesmos rendimentos e oportunidades; economia planificada; sociedade sem distinção… Ouseja, tudo o avesso do que é posto em prática. Essa seja certamente a razão pela qual o macabro petismo defende tanto. Os hipócritas daqui são idênticos aos de lá. Fidel Castro provocou muito mais que a revolução cubana, mas uma revolução em sua vida. Enquanto a maior parte dos cidadãos daquela ilha vive em absurdo estado de miséria, Castro tem iate particular de quase 30 metros (num país onde até pescadores são proibidos de terem canoas) revestido de madeira nobre de Angola. Ele tem também um jato para seu deleite; e uma criação de golfinhos para divertir os netos. Ele tem uma mansão numa ilha particular (não confundir com sua outra ilha de Havana) que comporta de heliporto a viveiro de tartarugas para incrementar suas sopas (meticulosamente provadas previamente por seus súditos). Ah, em sua bela morada também tem piscina semiolímpica, bateria antiaérea, píer, canal de acesso, estação de energia. Já a casa do socialista, em Havana, tem 1.200 metros de área com muralhas inalcançáveis e está fortemente vigiada, concentrando nela outras mansões dos filhos, com academia particular, sorveteria privada para alimentar toda a família Castro, piscina de luxo e… lavanderia industrial, porque ninguém merece, no socialismo, lavar roupa. Num local onde a comida é escassa e somente crianças de até 7 anos tem direito a, no máximo, um litro de leite ao dia, o socialista Fidel esbanja pedantismo em criar suas vacas de raça em currais suspensos com produção de leite de registro no Guinness Book. Sua alimentação, diferentemente das parcas latas de sardinha do seu povo, tem por base lagosta e presunto espanhol. Boa parte de seus súditos, na verdade, não sabem o que é um bife ou uma ovelha assada, e frutos do mar para a prole só quando alguma cubana gostosa consegue laçar um turista endinheirado. O socialismo de lá se encaixa perfeitamente com a defesa hipócrita dos petistas brasileiros, políticos que vivem em luxo exacerbado, com dinheiro abarrotando suas contas, frutos das benesses imorais ou da corrupção desenfreada. O maior exemplo disso é o chefe barbudo morar num apartamento tríplex, com elevador particular, enquanto sua língua presa lateja em defesa dos humildes e descamisados. E essa hipocrisia nojenta se alastra nos mais diversos rincões do país, de empresário à militar; de advogado à professor universitário, pregando a simplicidade, mas trafegando em carros com ar condicionados, vestindo roupas de grife, morando em confortáveis casas, pagando mensalidades astronômicas para os filhos em escolas particulares e viajando para o exterior se embriagando com vinhos caros. O socialismo cubano é irmão gêmeo do brasileiro. A hipocrisia é, definitivamente, o mal do século. *Administrador ———————————— Seus filhos serão seus filhos – Vera Sábio* O ser humano é o único ser que, após o nascimento, precisa de todos os cuidados, proteção, amparo e carinho. Sendo auxiliado durante os primeiros anos, pois ao contrário morre. É crescente os divórcios na atualidade, fazendo com que consideramos ex-maridos, ex-esposas, ex-cunhados, ex-sogros e até ex-parentes. No entanto, jamais ex-filhos. As crianças e adolescentes, sem consciência das decisões erradas dos genitores, sofrem profundamente a ausência dos pais, afastados pela separação dos cônjuges. Pior ainda, são as disputas ocorrentes no momento pré e pós separação, onde os filhos são expostos como troféus e álibis aquele que se considera vítima do final deste relacionamento. Não há ex-filhos e muito menos fim de relacionamento entre pais e filhos devido a um divórcio. É muito triste perceber a irresponsabilidade dos pais ao conceber um filho sem qualquer planejamento. Cometem um grande erro e multiplicam este erro no instante que não assumem, com amor, a vida que Deus entregou aos seus cuidados. Muitas pessoas, porém, talvez por um descuido, engravidaram; todavia doaram-se com amor e dedicação a esta nova vida, tornando-se ótimos pais e fazendo o possível para que seus filhos crescessem saudáveis e felizes. Há também aqueles casais que o tempo os distanciou, assim procuraram sua felicidade em outros relacionamentos. No entanto, tiveram a compreensão do valor imensurável que os filhos possuem, e não permitiram que este amor fosse abalado, entendendo que sempre seus filhos serão seus filhos. Mas aqueles que se deixaram levar por paixões inconsequentes, retirando por bel prazer a responsabilidade para sempre adquirida no momento que se tornaram pais. Sofrerão na velhice o abandono que deram agora. Asilo é local para pais sem filhos. Aqueles que não souberam ser pais, mais cedo ou mais tarde receberão os amargos frutos de uma velhice no abandono, sem a colheita do amor que não plantaram. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega [email protected] —————————————- ESPAÇO DO LEITOR AOS SÁBADOS “O Artigo 19 da lei realmente tem constitucionalidade, contudo os servidores deverão cumprir jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente, é o que diz a Lei nº 8.270, de 17.12.91. Afinal, comissionado não é escravo, pois nenhuma lei pode ferir nossa lei maior, que é a Constituição Federal, e a Lei Nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, que rege o regime dos comissionados”, argumentou o internauta Francival Costa sobre os servidores da Educação que terão que trabalhar aos sábados, de acordo com ofício expedido pela Secretaria Estadual de Educação. BR-174 Um leitor, que pediu para não ser identificado, elogiou a iniciativa da Câmara Municipal em debater a municipalização do trecho urbano da BR-174 sul. “A rotatória do cruzamento entre as avenidas Brasil e Centenário virou um verdadeiro gargalo. De segunda a sexta, das 7h à 8h20, é só engarrafamento e não há nenhum guarda do SMTRAN ou do Detran para coordenar o fluxo de veículos ali”, comentou. CASSAÇÃO Sobre a falta de quórum na sessão da Câmara Municipal de Iracema, que decidiria a cassação do prefeito Raryson Pedrosa Nakayama (PR), o internauta Francival Costa comentou: “Esse artifício já era previsto. Trata-se de manobra para ludibriar o Tribunal de Contas do Estado. Esses vereadores, que não têm compromisso com o município, vão protelar, ao máximo, essa votação. Na verdade, querem deixar cair no esquecimento por parte da população e votar na calada da noite. O povo continuará à mercê da própria sorte, onde o interesse individual sobressai ao do povo. A corrupção é um câncer que corrói a sociedade. O enriquecimento ilícito é latente e o povo precisa extirpar esses carniceiros do poder”.