Opinião
Opiniao 27 10 2014 202
Finalmente ao fim – Afonso Rodrigues de Oliveira “Um dos males mais profundos que a ditadura fez foi o de, com a suspensão da vida política durante longos anos, não permitir que se formassem políticos no bom sentido do termo”. (Otávio Mangabeira) Finalmente chegamos ao término de uma das campanhas políticas mais acirradas e mais cansativas a que já assisti. Mas, daqui a pouco teremos os resultados das urnas. Durante todo o período de campanha, falei algumas vezes do meu desencanto com a política brasileira, sobretudo nos pequenos Estados. Pequenos, aqui, refere-se ao número da população. Locais onde a política está focada no sucesso do político e não na política. E sucesso, aqui, entenda-se como vaidade e aspiração ao enriquecimento. O que não exige o preparo político do politico. O que já está ficando decepcionante no Brasil. Jarbas Passarinho já nos disse que não temos mais estadistas no Brasil. E em Roraima, como estamos? Sabe por que estou, quase sempre, “criticando” a política? Porque a adoro. E fico triste e decepcionado quando a vejo nos degraus da decadência. E é o que estamos vendo. E se você discorda de mim, responda-me: qual o político roraimense que você conhece que tenha uma formação política à altura da política? E no que isso fere nossa política? Claro que em nada. O que me preocupa é que não vejo nenhuma demonstração de preocupação nos políticos, que indique melhoras no futuro. E esta responsabilidade é do eleitor. E quem de nós pensou nisso durante essa campanha cansativa e chatíssima? Ainda não sei qual foi o resultado desta eleição. Mas seja qual for não vai fazer diferença. Mesmo porque alguém já nos disse que: “Todo povo tem o governo que merece”. E o resultado no que escolhemos será de acordo com nosso merecimento. Então por que se preocupar com o resultado? A preocupação deve estar no que se fazer daqui para frente. É nosso dever, não pedir, mas exigir a responsabilidade do eleito, no desenvolvimento político dos nossos, País, Estados e Municípios. E não haverá cumprimento do dever se não houver preparo político dos nossos políticos. E este preparo só virá quando formos cidadãos politicamente educados e civilizados. Só quando formos cidadãos politicamente educados, saberemos a importância do voto facultativo. Comece a cobrar do seu candidato eleito, uma educação adequada para que sejamos cidadãos, votando por dever e não por obrigação. Mas isso vai exigir muita preparação do eleitor. Vamos iniciar a tarefa. Cobre dos seus candidatos eleitos. É um direito seu, além de um dever para o futuro dos seus descendentes. Daqui a dois anos teremos novas eleições. Pense nisso. [email protected] 9121-1460 ——————————————– O tupiniquim país da bagaça – Tom Zé Albuquerque* É indiscutível, o Brasil é um país esdrúxulo, pateticamente engraçado. Uma nação que comporta políticos excêntricos, frutos de uma democracia desqualificada, sem freios, como se a “vontade do povo” devesse ser uma regra para a aplicabilidade de desmandos dos mais diversos. É o país da permissividade. Aqui há uma mania de se idolatrar político, geralmente pela sua persuasão demagógica, onde qualquer discurso falso, mas de apelo ao povão, ganha força eleitoreira; e quanto mais erros de português melhor. O maior exemplo de uma ficção popular é o atino que boa parte da população brasileira tem ao ex-presidente Lula. Sim, o Lulão do governo petista envolvido com mensalão, dólar na cueca, valerioduto, operação anaconda, propina em Ribeirão, caso Francenildo, caso sanguessugas, caso Mônica Veloso, golpe INSS, cartões corporativos, dossiês falsos, caso satiagraha, caso Erenice, operação lava-jato, escândalos nos ministérios dos transportes, agricultura, turismo, cidades, esportes, trabalho, pesca… é, não há espaço suficiente aqui neste arcabouço de comunicação que comporte todas as traquinagens do grupo estrelado. O conceituado Luís Fernando Veríssimo defendia que o Brasil “… é um país ilógico com um eleitorado incoerente. O eleitorado do país da mamata vota sempre pelo moralismo e pelo seu herói providencial. Faz o diagnóstico errado, escolhe o problema secundário e vota na solução enganosa”. José Simão arremata que “Candidato no Brasil não é político, é personagem. É a influência e a tradição do circo e das novelas”. Na disputa eleitoral nacional, enquanto um candidato pregava o fim de reeleição, a outra parte vislumbra a perpetuação do poder, tal qual fez o imortal presidente venezuelano que segundo Simão, “Chavez não ganhou todas as eleições, ele ganhou uma escritura pública da Venezuela (…) que se tornará uma ilha em homenagem à Cuba e se chamará Chavezuela”. O insaciável Lulão tem algumas pérolas ditas que merecem destaque: “Eu não acredito que haja qualquer evidência de que Dirceu cometeu o crime de que ele está sendo acusado”; ou “Não quer dizer que o Renan (o Calheiros) seja culpado ou tenha qualquer culpa”; e defendendo o caixa 2: “O PT fez, do ponto de vista eleitoral, o que é feito no Brasil sistematicamente”; e defendendo a ilha comunista: “o povo cubano é o mais politizado do planeta Terra”; “Isto faz parte da democracia. E democracia não é só coisa limpa não”, em comício no Caruaru (PE), rebatendo a ação da polícia federal na operação vampiro; ao defender a candidatura brasileira para as olimpíadas: “O Brasil é um país jovem com uma juventude muito jovem”; “A política é como uma boa cachaça: você toma a primeira dose e não quer parar mais”; “Todo mundo tem o direito de ser contra, a favor ou muito pelo contrário”…mais filosófico, impossível; “Tenho uma preguiça desgramada (sic) de andar em esteira e ler livros”, imagine Eu com um catedrático desses no comando do país; e pra concluir, essa merece destaque: “Ninguém neste país tem mais ética que nosso partido…”, proferida durante o 3°. Congresso Nacional do PT. Brasil amalucado, de heróis medíocres. Precisamos de liberdade, acreditar em futuro, mesmo que seja um qualquer. Como disse Arnaldo Jabor: “E nós, hoje, nesta transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca. Quando o Brasil vai crescer e chegar a seu presente? Temos a utopia de que, algum dia, chegaremos a algo definitivo. Mas ser subdesenvolvido não é não ter futuro; é nunca estar no presente”. *Administrador – email: [email protected] ———————————————- “O pão que o POLITICO amassou” – Louize Fernanda Campos Silva* …“Essa nação perece por falta de sabedoria”… (trecho resumido tirado da Bíblia) Época de eleições é bem interessante. Torna-se ridículo os absurdos que uma pessoa aceita para segurar seu carguinho comissionado, ou seja lá qual for o vínculo capitalista. Partindo disto, acho quase impossível termos um futuro próximo com cidadão conscientes e justos, pois muitos almejam o tal cargo, e quem não quer 2 a 3 mil na conta todo mês? Não tenho muito conhecimento sobre a ficha dos atuais candidatos a governo, mas o pouco que sei é suficiente pra não querer votar em nenhum (desculpe a sinceridade), prefiro anular meu voto, e não participar dessa. Por mim já é tempo de limpar todos os antigos e colocar pessoas novas, todos! pois a meu ver, mudar só um ou dois não adiantará nada. Será que uma política limpa e uma liderança benéfica e justa está tão longe de acontecer? Do jeito que as coisas andam, cada um (políticos e os que a eles estão sujeitos) só quer livrar o seu (lado), e sair com sua “caminha” feita. O povo sofre, e quando nos deparamos com realidades tristes da falta de consideração com a sociedade que depende de cuidados dos serviços públicos, colocamos a mão na consciência e lamentamos, mas o fato é que se o povo aceita subornos, querendo só “aproveitar o momento”, supondo que todo mundo pega um pouco e vai no rumo também apoiando essa atitude, simplesmente merece o que vive e só recebe o “troco do que comprou”. Mas como falei anteriormente, se quiser me dá (R$) também aceito! mas saiba que já perdeu o meu voto. No meio politico de um modo geral aos que estão subordinados, hoje têm muitos sendo humilhados, engolem “sapos e lagartos” porque temem em perder seus postos e “lambem os pés” dos políticos para ganhar sua confiança e crescer. E nas campanhas surgiram os resultados, daqueles que confiaram tanto e com prudência trabalharam para no momento acordado receberem; ou seja, simplesmente não foram ressarcidos! Isso aconteceu com várias pessoas, e o que isso importa a eles (políticos)? Se não tem compromisso com o estado, com a saúde, educação etc, sendo de sua responsabilidade, imagine com os “pobres coitados” que juravam que iram receber. Deu vontade até de rir, pois parece piada, mas é uma triste realidade. Então fica aqui minha indignação e lamento. E pra finalizar, digo: Acorda povo! Está certo que o mundo não é perfeito e nem tão justo, mas a diferença tem que partir de você, porque cada individuo tem a capacidade de influenciar o meio em que vive, então faça você a diferença boa e a influência positiva e pare de comer o “pão que os políticos amassam” com desonestidade e corrupção,. *Estudante de Informática no IFRR. [email protected] ——————————————– Em busca de uma nação – Bruno Peron O Brasil testemunha um momento de agitação cidadã que se deve ao furor eleitoral e às circunstâncias instáveis e incertas que afligem o país, principalmente a inflação e a insegurança. Levanto, neste texto, o argumento de que nossa busca de uma nação justifica tal energia. Resultamos de uma imposição institucional que busca a concretização íntima de uma nação. Desse modo, acima da necessidade de encontrar um culpado de nossas mazelas, não deveríamos olhar-nos no espelho como indivíduos senão como comunidades em busca de uma nação. Por isso, há tantas desavenças entre os discursos programáticos de candidatos a cargos importantes de governo que ora veem o Brasil como credor de participação maior do Estado, ora como de envolvimento maior do mercado. Assim se sintetizam os programas de governo dos dois candidatos à Presidência no segundo turno. No entanto, a necessidade do Brasil é, antes de qualquer medida, encontrar-se como nação em vias de cidadanizar-se. Neste raciocínio, não tenho dúvida de que o país precisa de uma guinada na maneira em que sua população se instrui para que tomemos o gosto pelo desenvolvimento de arte, cultura e educação. Logo, num cenário ideal em que os brasileiros valorizemos as artes, as culturas e as educações, teríamos um impulso ao desenvolvimento humano que não partiria primeiramente do Estado ou do mercado. Esse impulso teria origem, portanto, no nosso desejo de progredir e ajudar também aqueles que crescem em nosso meio e em nosso país. Não imagino, com este argumento, que o Brasil esteja preparado ainda para ser uma potência mundial, como muitos estadistas acreditam. Eles falam de “potências emergentes”, de grupos dos tantos países mais influentes no mundo em que o Brasil apareceria com China e Índia. Contudo, a crise de governabilidade no Brasil lhes passa despercebida. Talvez um dia tenhamos motivo para ser exemplares. Acredito que esse dia virá, embora haja muito trabalho pela frente. Por enquanto, há que resolver mazelas graves de negligência artística, cultural e educativa que atravancam o país num cenário de atraso econômico (aonde produtos tecnológicos chegam tarde e caros) e de atraso cívico (onde a cidadania se confunde com o ato recatado de votar a cada dois anos). O ser brasileiro tem sede de transformação e não mediria esforços para fazer sua reforma íntima, cultural e educativa. É preciso, para essa finalidade, que os agentes responsáveis pela instrução olhem o poder como uma ferramenta benéfica para o progresso de uma nação, tal como indiquei no início deste texto, e para a formação de cidadãos. Por enquanto, vemos que os responsáveis pela orientação de todo o Brasil digladiam-se através dos meios de comunicação como se o poder fosse aquele osso de que nenhum cão raivoso abre mão. A população, enquanto isso, assiste atônita e impotente a tantas impurezas de ânimo. A função instrutiva no Brasil é extremamente importante para a fase de transição do país a uma nação concreta devido ao número elevado de habitantes sedentos de arte, cultura e educação. Não tenho dúvida de que, cedo ou tarde, o Brasil encontrará seu caminho diante de tanta incúria e tanta desinformação, mas acredito que a instrução será o primeiro grande passo nessa vereda. Temos que aprender a unir o útil ao agradável. Assim, aproveitaremos os avanços científicos e tecnológicos a favor do nosso crescimento como cidadãos e do progresso do Brasil em sua consolidação como nação. http://www.brunoperon.com.br ——————————————- ESPAÇO DO LEITOR DOCUMENTOS O internauta Railandio da Silva Gaia acredita que muitos documentos vão sumir, hoje. “Acho que a Polícia Federal deveria ficar mais atenta. Depois não digam que eu não avisei”, afirmou ele sobre as buscas de policiais federais em um comitê no sábado (25). CRIME “Louvável seria poder dispensar o poder da Polícia Federal para coibir um crime tão comum. Como se a população fosse vítima desse crime”, afirmou o internauta Eliesio Almeida Silva sobre a compra de votos. CONCURSADOS “Está de brincadeira, não é, senhor Chico Rodrigues! Aos 47 minutos do segundo tempo o senhor resolveu lembrar-se dos servidores efetivos. Agora você vai nos agraciar com toda a sua bondade com o que já é nosso de direito desde que passamos no concurso. (…) Nesses 40 anos, a agricultura do Estado de Roraima está falida. O senhor esqueceu que esteve 20 anos no governo, nunca fez nada e agora diz que vai fazer”, comentou o internauta Wilson John de Souza Araújo. TÚNEL “Triste é pensar que possa haver algum engenheiro envolvido nesta obra”, comentou o internauta Julierne sobre o túnel feito por presos na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo. CIDADÃO Sobre a falta de infraestrutura no bairro Conjunto Cidadão, o internauta identificado como Xps disse: “Isso acontece por causa de um certo tipo de pessoa que vende o voto, e os outros mais carentes pagam desse jeito, sem segurança, sem saúde e dignidade. Pense bem antes de vender seu voto!”. PCCR A internauta Mônica da Silva Peixoto fez um alerta sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) apresentado pela Prefeitura de Boa Vista na semana passada. “Saiba, população de Roraima, que a prefeita contemplou apenas a classe de enfermagem com o manjar dos deuses. As demais se tornam os serviçais dos tais deuses”, disse. COPAÍBAS “Ficarei na expectativa de ver consumada a regularização fundiária do Jardim das Copaíbas, no Distrito Industrial de Boa Vista. Estive debatendo no bairro Nova Cidade sobre os problemas que afligem seus moradores, dentre os quais, indefinição fundiária, falta de água encanada, infraestrutura, transportes coletivos e outros. Alô, CAER! Faça o que está fazendo o ITERAIMA! Atenção Prefeitura de Boa Vista! Faça sua parte!”, comentou o internauta Natal Altair.