Opinião

Opiniao 27 11 2014 327

DIA DOS DIREITOS HUMANOS…  Vera Sábio* Temos inúmeras datas em nosso calendário; sendo elas em sua maioria, datas de funções comerciais, em que sua finalidade está em lembrar que é hora de presentear alguém: o namorado ou o pai, a mãe ou as crianças e todas as profissões, etc. Existe também o dia dos Direitos Humanos, fazendo-me perguntar: – Qual é o dia dos deveres humanos? Não podemos querer bons frutos, se não plantarmos correto, pois pé de pimenta não pode dar laranja doce. Está na hora de separarmos o joio do trigo, e fazermos uma fogueira com todas as pragas existentes; conseguindo assim, adentrar no próximo ano, com esperanças e coragens para lutarmos por dias melhores. Chegou a hora do ponto final, não tem mais como considerar todas as pessoas como seres humanos, e esta classificação torna-se essencial para construirmos um mundo de paz e prosperidade. Se o indivíduo não reconhece no semelhante, seja ele quem for, independente da sua condição social, física e intelectual, um ser humano que cumpre seus deveres e, com isto, merece seus direitos, ele não deve ser reconhecido como humano, pois age pior do que um animal irracional. Nesta definição devem estar pautadas as leis, normas e decretos que regem a Secretaria de Direitos Humanos, para que o cidadão de bem queira ser bom, acreditando que a Justiça sempre está ao seu dispor e a seu favor. Não sou estudiosa do assunto, todavia creio na bondade das pessoas e no condicionamento se preciso for para que entendam que podem mudar seu caminho, sabendo das penalidades sofridas, caso aja fora da lei. Quando as penalidades são cabíveis de brechas para a impunidade, surgirão cada vez mais seres sem limites, conhecedores dos seus direitos, mas nunca preocupados com os seus deveres. Assim observamos um Estado rico e totalmente falido no qual vivemos. Nada se transforma de uma hora para outra, sem sofrer as consequências desta transformação. Por tanto não tem como acreditar que no nascimento do novo ano; como um passe de mágica tudo será melhor. O fato é que nossa saúde está na UTI, nossas escolas sem condições de educar; nossos alunos sem transporte para ir às escolas, nossa cidade sem acessibilidade, mobilidade urbana, água potável, iluminação adequada, limpeza pública e nossa segurança totalmente insegura causando medo a toda população, etc. Ai lhes pergunto: onde estão nossos direitos de seres humanos? Papai Noel não existe, é triste, porém real. O que existe ou deve existir são gestores sérios e compromissados em honrar os votos recebidos e modificar toda esta ridícula situação de falência do nosso Estado tão rico. Por isto devemos plantar a honestidade e arrancar as pragas da corrupção, modificando esta politicagem imunda. Para que renasça o progresso e a justiça. Força, trabalho, coragem, fé, determinação e Espírito de Seres Humanos; (irmãos e solidários) é o que desejo a todos.   *Psicóloga, Palestrante, Servidora Pública, esposa, mãe e cega. CRP: 20/04509 [email protected] ————————————————————- Quem manda? – Afonso Rodrigues de Oliveira* “A vida é uma lâmpada acesa: vidro e fogo. Vidro que com um assopro se faz fogo que com um assopro se apaga”. (P. Antônio Vieira) É impressionante a dificuldade que o ser humano tem para se desligar do passado. Raramente aprendemos que o passado foi, o presente é, e o futuro será. E se será, é com ele que devemos nos preocupar. Mesmo porque só obteremos no futuro o que produzimos no presente-passado. Fácil de entender. Difícil é pôr em prática. O tempo passa, por conta da nossa inexperiência. E esta vem dos mais remotos tempos que passaram e não nos deram nenhuma chance. Quem mandou os inteligentes do passado remoto criarem uma medida para medir o tempo? Ele continua com o apelido que lhe deram quando inventaram a contagem do tempo. E ainda há os que acreditam que estão matando o tempo. E nem se mancam que o tempo está levando-os numa boa. O tempo seria bem melhor se os mandões mudassem sua maneira de pensar e aproveitassem mais o tempo. Isso seria bem mais racional se eles – os mandões – dividissem seu tempo de mando. Ainda há muitos que gritam com mulher e filhos, dizendo que quem manda ali é ele. Coitado, está fora do tempo. Que resposta você daria a alguém que lhe perguntasse quem manda na sua casa? Nem quero imaginar. Acho que já falei pra você, do dia em que eu ia entrando em casa e a dona Salete estava fazendo limpeza. Nesses momentos, ela fica mal-humorada. Quando cheguei à porta, ela gritou lá do quarto: – Vem pra cá não! Eu tô juntando tudo quanto é porcaria velha pra jogar no lixo! Dei um pulo pra trás e saí quase correndo. Eu, hein? Se Sansão tivesse sido mais esperto, Dalila não teria sido a dona dos cabelos. Os tempos mudaram e as pessoas mais idosas não querem mudar. E as mudanças atualmente são quase radicais. E isso exige preparo racional para que mudemos sem mudar. Você não precisa se preocupar em perder sua masculinidade porque ajuda sua esposa, nos afazeres da casa. O importante é que você seja você mesmo. Não mude nas mudanças. Porque as mulheres não estão mudando, enquanto mulheres, por estarem assumindo. Ontem eu estava lá fora quando a dona Salete me chamou: – Sinho, vem cá. Cheguei e ela me apontou um treco esquisito, redondinho e parecendo mais um boneco de animação do cinema, e falou: – Isso é uma bucha nova. É pra lavar os pratos. Quando for panela use aquela antiga. Essa é bem moderna, tá vendo? Fui eu que comprei. Balancei a cabeça e mais tarde usei a bucha novinha em folha, pra lavar a louça do almoço. Se você pensa que continua mandando, tome muito cuidado. As coisas podem mudar pra você. Pense nisso. *Articulista [email protected] ———————————————————– Preconceito racial – Júlio César Cardoso* Vamos falar sério. A geração presente não tem nenhuma dívida com a época da senzala. Existe no Brasil, sim, uma dívida social com todas as camadas pobres, independente da cor da pele. O preconceito racial é um problema universal e está adstrito ao caráter de cada um. Não é através de normas impositivas que se vai equacionar a questão, mas por meio de educação na tenra idade familiar e nas escolas. Ora, para onde vão os impostos que são arrecadados da sociedade? Deveriam ir principalmente para promover educação pública de alta qualidade capaz de nivelar os cidadãos sem o espectro de sua cor da pele, para que não fosse o negro considerado injustiçado. Ademais, tem que ser cobrado dos governos pela falta de políticas públicas de inserção social de todos os segmentos pobres brasileiros, porque a sociedade já faz a sua obrigação que é pagar impostos. Não procede dizer que os brancos bem-sucedidos são bafejados pelos privilégios adquiridos. E os negros bem-sucedidos são também objeto dos privilégios conquistados? Por exemplo, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, é por acaso fruto de algum privilégio desfrutado, ou graças ao seu denodado esforço venceu e se posicionou socialmente? Vamos devagar com o andor porque o santo é de barro. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. *Bacharel em Direito e servidor federal aposentado ————————————————————– Alto consumo no verão provoca falta de energia em todas as regiões – Mikio Kawai Jr.* Recorrentes nos últimos anos, as falhas no sistema elétrico de nosso país se tornam ainda mais constantes durante o verão. Como em tantas outras vezes, o aumento no consumo de energia elétrica ou fatos isolados, como problemas provocados por chuvas e ventos fortes, são apontados como causas. Mas por que o sistema elétrico fica tão refém de falhas pontuais? Por que tantos apagões afetam nossa população? Especialmente na Região Nordeste, onde várias usinas eólicas erguidas não foram sequer colocadas em atividade por falta de linhas de transmissão e subestações, a impressão que temos é de que, quando chove, falta luz! Quando venta, falta luz! Quando cai uma árvore, falta luz! Mas a população não pode ficar refém dessas intempéries, já que paga muitos impostos e uma conta de energia para a qual é repassado qualquer gasto extra que o Governo tenha com o sistema energético, como as ativações emergenciais de usinas térmicas, motivadas, justamente, pela falta de um sistema bem planejado. Mas é claro que os problemas no fornecimento de energia não são exclusivos do Nordeste. No Centro-Oeste, também faltam investimentos tanto na manutenção da rede quanto na ampliação do sistema de distribuição. Na zona rural, por exemplo, os produtores de leite sofreram recentemente um grande prejuízo, já que a falta de energia impossibilitou o resfriamento do líquido e milhares de litros tiveram de ser jogados fora. O motivo alegado pelos órgãos também foi um já bastante conhecido pelo cidadão: a grande quantidade de chuvas fortes. E o Sudeste, região mais rica do país, também sofre com os imprevistos do setor. De acordo com o limite estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as residências do estado do Rio de Janeiro poderiam ficar, cada uma, até nove horas sem energia durante o ano de 2013. Porém, ficaram um total de 15 horas – ou seja, um número quase 70% superior ao esperado -, com muita gente sofrendo danos materiais. Em algumas cidades da Região Sul, também faltaram água e luz, muito por conta da alta quantidade de turistas que se descolaram para lá nesta época do ano. Boa parte deles, inclusive, acabou voltando mais cedo de suas viagens, segundo as autoridades locais. Enquanto os órgãos responsáveis alegam aumento no consumo, fatores como as falhas na manutenção de equipamentos, a incapacidade de finalizar construções de usinas e a falta de investimento em fontes previsíveis, como água e carvão, são ignorados. E são exatamente esses fatores que devem ser alvo de atenção das autoridades. Para agravar esse cenário, o Governo ainda corta a capacidade de investimento das transmissoras e distribuidoras de energia em eventos como o da publicação da MP 579, no 11 de setembro do setor elétrico brasileiro, ocorrido no ano de 2012. A falta de energia elétrica em nossos lares e indústrias é uma questão importantíssima e mudanças devem ser realizadas o mais rápido possível para que nosso sistema não entre em uma completa situação de caos. * Economista pela FEA-USP (1995), mestre em economia pela Unicamp (1999 – dissertação sobre gestão de riscos) e Advanced Executive Management pela IESE Business School (Espanha, 2011). —————————————————————- ESPAÇO DO LEITOR OFICIAL 1 Um leitor, que pediu para não ser identificado, flagrou um carro oficial do Governo do Estado (uma camionete Amarok) no domingo à noite chegando a uma pizzaria na Avenida São José, no bairro Alvorada, zona Oeste de Boa Vista. “Eu vi quando eles chegaram, por volta das 20h30, mas não vi a hora que eles saíram”, afirmou o leitor, que disse que os ocupantes do carro eram um homem e uma mulher. OFICIAL 2 O denunciante disse que esta não é a primeira vez que flagra carros oficiais servindo como transporte para que funcionários públicos resolvam assuntos pessoais. “Eu sempre vi, mas essa foi a primeira vez que eu tive a iniciativa de fotografar e denunciar para alguém”, relatou. PIRITITI A internauta Alcione dos Santos Barros acredita que os indígenas da etnia Pirititi são os mesmos Waimiri-Atroari. “A Funai está trazendo índios da reserva Waimiri-Atroari. Quando retornava de Manaus, vi um micro-ônibus cheio de indígenas parando na ponte do Rio Branquinho”, denunciou. REGULAMENTAÇÃO 1 A Emenda Constitucional 79 (antiga PEC 111) foi regulamentada, mas as dúvidas continuam. “Parece que essa PEC 111 vai demorar anos para acontecer de verdade. Será se ainda vai ser no governo da presidente Dilma?”, questionou o internauta Dank Lamanto Araújo Sales. REGULAMENTAÇÃO 2 “Só quero ver qual vai ser a próxima mentira para iludir o povo. Se pegar as pessoas que serão beneficiadas, não vai dar nem pra encher um fusca. Não adianta os políticos tirarem o corpo fora porque nenhum deles se preocupou em acompanhar os trabalhos da equipe técnica que redigiu o decreto lá em Brasília”, comentou o internauta Alex Reis Coelho sobre a regulamentação da Emenda 79. CSE “Se o homem é um produto do meio em que vive, porque tantos que nascem em lares equilibrados tendem a marginalidade e outros de famílias desestruturadas são pessoas de boa índole? O fato é que enquanto esses rapazes e moças não aprenderem o que é respeito ao próximo, disciplina e responsabilidade com seus atos, tudo isso é tempo perdido”, comentou o internauta identificado como Roraima sobre os adolescentes internos no Centro Socioeducativo.