A reforma da Previdência – Dolane Patrícia*
Com a desculpa de que a reforma da Previdência Social irá resolver a crise fiscal da União e dos Estados e, com isso, garantir recursos para aplicação em programas que restabeleçam efetivamente a segurança pública no país, deu-se início as articulações para aprovar mais uma mudança nos direitos do cidadão brasileiro.
Em quase todos os Estados do País, foram realizados protestos contra a reforma que praticamente tira da maioria dos brasileiros o direito a aposentadoria.
O pesadelo foi adiado em razão da intervenção do Rio de Janeiro!
Segundo noticiado no Estadão, o presidente Temer assinou decreto instituindo a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública”. E com isso a reforma teve que ser suspensa.
Dessa forma, o Governo Federal não poderá votar a proposta que muda as regras de aposentadoria e pensão no País, em razão de existir dispositivo constitucional que impede a votação da reforma durante uma intervenção federal.
Somando a isso, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chegou a admitir haver “insegurança jurídica” sobre a possibilidade de continuar discutindo a reforma durante o período da intervenção no Rio de Janeiro.
Uma vez que a questão foi apenas adiada, seria interessante que fosse analisada a reforma da Previdência por outro ângulo. As maiores aposentadorias existentes são dos políticos, mas a aposentadoria deles é diferenciada e está fora da reforma.
Nesse sentido, deveria haver uma reforma na Previdência dos políticos, porque sempre é o trabalhador, aquele que ganha menos e trabalha mais, que acaba pagando a conta.
Ademais, nem todos os deputados e senadores que compõem o Congresso Nacional eram a favor dessa reforma que tira os direitos do cidadão brasileiro.
Assim sendo, além da previdência dos políticos ficarem de fora da reforma, ainda existiram as negociações para votação, com o dinheiro do contribuinte!
Antes da intervenção no Rio de Janeiro, a revista Valor Econômico chegou a noticiar que “Temer intensificou as articulações para contar votos e possibilitar que a proposta entrasse em pauta. Ele participou de almoço e jantar com presidentes dos partidos aliados e lideranças da base para convencer os deputados a aprová-la.” (sic)
A revista informa também que houve dois fatos relevantes: “Temer convocou ministros de pastas estratégicas, que liberam emendas mediante convênios com prefeituras — as chamadas emendas extraorçamentárias –, para acelerar o envio desses recursos. Participaram os ministros da Integração Nacional, Cidades, Saúde, Transportes e representante do Ministério do Esporte. Em outra frente, o governo prometeu liberar, no ano que vem, mais R$ 3 bilhões para as prefeituras — mais um recurso que só será viabilizado mediante a aprovação da reforma da Previdência. O argumento é que, se a proposta for aprovada, haverá alívio fiscal que poderá ser destinado aos prefeitos.
Todas essas vantagens pagas pelo trabalhador, ou seja, o trabalhador pagando para que as suas garantias constitucionais sejam desrespeitadas e seus direitos jogados nos portais do esquecimento.
Até a conta do almoço e do jantar o trabalhador é quem paga, muitos que pagam essa conta sequer têm janta em casa!
Nesse sentido, é oportuno perguntar se alguns políticos que são favoráveis à reforma, possuem sentimento ou algum respeito à dignidade da pessoa humana? Não a dignidade dos membros da sua família, mas a dignidade de milhões de brasileiros que vivem da aposentadoria e pensão.
De repente parece tão fácil destruir os direitos de milhões de trabalhadores! O atual governo trabalhou arduamente, numa campanha acirrada para aprovar a qualquer custo a reforma da previdência, ainda que quem tivesse que pagar por isso, fosse a maior vítima das injustiças de um Congresso: O trabalhador brasileiro, ou o que sobrou dele após a reforma trabalhista!
Segundo o G1, “o projeto inicial da pasta previa uma economia nos gastos com aposentadorias de pouco menos de R$ 800 bilhões em 10 anos, e a proposta aprovada na comissão especial representava 75% daquela originalmente enviada ao Congresso.” (sic)
Ou seja, “se a nova Previdência for aprovada e representar 60% da original, a economia será de pouco menos de R$ 480 bilhões em uma década, ou R$ 320 bilhões a menos do que o previsto inicialmente”.
Uma economia que servirá para pagar novos jantares e novas vantagens para outras reformas que serão feitas para tornar a vida do trabalhador brasileiro, mais difícil e mais sofrida, uma economia que servirá para ter mais recursos para melhor articular votos no Congresso para tirar os direitos do cidadão!
Não a reforma da Previdência!
“Ninguém nasce só para trabalhar. Aposentadoria é direito do cidadão”. Previdência precisa ser com justiça, com dignidade e igualdade de direitos!“O trabalhador não pode pagar uma conta que não é sua!”
*Advogada, juíza arbitral, mestranda em Desenvolvimento Regional da Amazônia, Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira. Acesse: dolanepatricia.com.br.
Seja você – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Perdoe, seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos felizes.” (Aristóteles Onassis)
Sua felicidade vai depender, única e exclusivamente, de você. E Onassis sabia disso. Portanto seria bom que você se atentasse para a sugestão dele. Abandone e deixe de lado tudo que possa fazer você se sentir uma pessoa infeliz. E ser feliz não é só estar alegre em certos momentos. Quando você se preocupa com o problema, está valorizando-o. Não podemos ignorar o problema, o que devemos é não permitir que ele seja maior do que nós. Perdoar quem nos feriu é um gesto de grandeza e não de automenosprezo. Só os grandes de espírito, sabem perdoar.
É diante dos aborrecimentos que nos mostramos grandes ou pequenos. Temos que ser grandes diante do aborrecimento e mostramos isso não permitindo que ele nos aborreça. Qu
ando alguém trair você, reduza a traição ao mero engano. E é aí que você deve se olhar no seu espelho interior e se perguntar: ele me enganou ou eu me enganei com ele? Se sua pergunta for sincera você sorrirá e jogará para escanteio, os aborrecimentos. Simples pra dedéu.
Não se apoquente se a raiva estiver atenazando você. Raiva de que e por quê? Por que nos aborrecermos quando podemos rir do acontecimento? Quando sabemos encarar a vida, ela será sempre um motivo de alegria. E devemos começar analisando a vida, como ela realmente é. E só será feliz se você souber fazer-se feliz. Comece acreditando que sua contagem da vida sempre foi um processo regressivo. Um dia a mais que vivemos é um dia a menos na nossa vida. E é por isso que devemos vivê-lo como ele deve ser vivido. No dia do nosso aniversário estamos completando mais uma volta em volta do Sol. E nem imaginamos o astronauta que somos. E só quando nos atentamos para isso no valorizamos de verdade.
Tudo que acontece na nossa vida faz parte da vida. E é com os trancos e barrancos que aprendemos a vencer os obstáculos. Não há vencedor sem luta. Os perdedores nem mesmo precisam lutar. Eles já vivem numa luta perene consigo mesmo. Aborrecem-se com o que deveria diverti-los. São como as pessoas que fazem a primeira viagem de navio: ficam enjoadas o tempo todo. Aborrecem-se com o que deveria alegrá-los.
Sinta-se e seja feliz. Não perca, em hipótese nenhuma, seu tempo com aborrecimentos. Lembre-se de que você nunca irá encontrar a solução, concentrando-se no problema. Seja forte. Sinta-se um vencedor. Só os perdedores se preocupam com a derrota. O valor da sua vitória depende do valor do seu adversário. Vença-o sendo o melhor. Pense nisso.