Opinião
OPINIAO 28 03 2015 794
As máquinas valem mais do que a vida – Vera Sábio*
Pensamos na valorização da vida e analisamos várias situações. As calçadas, locais para que os pedestres andem em segurança, são intransitáveis, ou porque têm buracos, ou têm degraus, ou têm postes, ou têm árvores, lixeiras, canteiros etc. E mesmo porque não têm iluminação.
Da mesma forma, nem todos os locais que possuem rampas é porque têm faixas; ou os que têm faixas possuem uma rampa acessível, permitindo a travessia segura à todos os pedestres. Isto é comprovado no número enorme de mortes ocorrentes todos os dias pelo trânsito desgovernado, que mata sem escolha e sem piedade.
Outro problema surge quando verificamos o quanto são realizados pregões e licitações de materiais e equipamentos, enquanto os treinamentos, qualificações, boa remuneração, valorização dos trabalhadores e todos os direitos trabalhistas, diversas vezes são negados ou realizados precariamente.
Observem o quanto é gastado em reformas de praças, estádios, prédios públicos e alugueis também desnecessários, se houvesse uma manutenção dos prédios existentes, os quais estão em total descaso. E o quanto é investido nos hospitais, medicamentos e tratamentos, também na preservação dos rios, na segurança pública e no ensino tão pouco valorizado.
Foi mostrado no Fantástico o quanto é lucrativo a compra de equipamentos, destinando a somente uma mulher a utilização de cinco próteses para a mama. Quer aberração maior? Quer comprovação maior da corrupção existente nas compras indevidas, onde a valorização da vida não é nem de longe uma preocupação latente?
São Paulo chora a água que ele sujou e indevidamente derramou. Pacientes morrem sem socorros pela ganância desmedida. Aumentam as doenças indevidas, através do esgoto que bebemos no lugar da água limpa que nosso rio fornece.
Ficamos presos em casa, enquanto os criminosos estão soltos pelas ruas. Observamos que a casa dos legisladores será reformada com o nosso dinheiro, enquanto não temos condições de um local seguro e confortável para morar; e as escolas dos nossos filhos estão caindo sobre as suas cabeças.
Se eu quisesse, continuo relatando as tragédias sem fim. Porém, prefiro amar, lutar e planejar um futuro melhor.Todavia, isto não impede de enxergar a realidade existente a minha frente, pois quando deixo meu otimismo em plena cegueira, estou me iludindo e não ajudando os outros a perceberem o quanto precisam comprometer-se com a vida, na consciência de que um voto errado pode colocar toda uma nação a perder.
Tenho fé, porém a fé sem ação é incapaz de lutar, progredir, persistir e modificar o mundo. Aprendamos valorizar sobretudo a vida, se quisermos conquistar os bens materiais, máquinas, objetos, equipamentos e toda a tecnologia que nos rodeiam, facilitando a vida e proporcionando o conforto merecido.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega
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O poder divino do Dalai-Lama sobre o clima – Charles Berlitz*
O local: a cidade hindu de Dharamsala, lar de muitos refugiados tibetanos. A data: 10 de Março de 1973, dia em que os refugiados choravam a partida do dalai-lama do Tibete. Mas como as tempestades caíam no Himalaia há algumas semanas, as comemorações pareciam destinadas ao fracasso. Como o tempo não parecia querer melhorar, os habitantes do lugar procuraram a ajuda de Gunsang Rinzing, velho lama temido e respeitado pelos seus poderes de controlar as condições climáticas. O trabalho do lama foi posteriormente descrito por David Read Barker, antropólogo que realizava pesquisas na Índia naquela ocasião.
“Eram 20 horas e Rinzing começou a preparar uma fogueira na chuva. Ele estava em estado de concentração, recitava mantras e a sadhana, sempre a soprar um “cometa” com a forma de fémur humano e a bater o tambor de duas cabeças de um xamã. Depois de várias horas a observar aquele homem a uma distância respeitosa, fomos dormir, certos de que o tempo seria tão horrível no dia seguinte quanto havia sido nos dias anteriores”, explicou o Dr. Barker.
“Na manhã seguinte, a chuva diminuíra e estava apenas a chuviscar e por volta das 10 horas, transformara-se num nevoeiro frio em círculo com raio de cerca de 150 metros. Em todos os outros lugares a chuva continuava a cair, porém os vários milhares de refugiados não se molharam nas seis horas em que permaneceram reunidos. Num determinado momento durante o discurso do dalai-lama, caiu uma violenta chuva de granizo, causando um forte barulho nas casas de tetos de zinco, ao redor do local onde se realizava o festival, mas apenas algumas dezenas de pedras caíram sobre a multidão”, informou Barker.
Catorze anos antes, quando tinha acontecido a invasão do Tibete pelos chineses comunistas e por ocasião da fuga do dalai-lama para a Índia, condições atmosféricas inesperadas asseguraram-lhe a chegada em segurança, atravessando os Himalaias. Enquanto os aviões chineses tentavam encontrá-lo juntamente com o seu séquito, um denso nevoeiro providencialmente cobriu a área que ele estava a atravessar, fazendo com que os viajantes ficassem completamente invisíveis no ar.
Para os tibetanos, naturalmente, a súbita visibilidade nula foi simplesmente uma prova do poder divino do dalai-lama sobre o tempo.
*Autor do Livro dos Fenomenos Estranhos
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Em nome do pai – Rubens Marchioni*
Em frente à casa onde vivia, em Campinas, havia um jardim, muito bem cuidado. Certamente era ali que o teólogo e educador Rubem Alves cultivava as raízes nobres da sua Teologia. A poesia estava nas suas veias, preenchia o seu criativo DNA. Ele falava sobre Deus como quem faz o retrato apaixonado de uma flor entregue à pessoa amada. Impossível fugir do encantamento provocado.
Durante uma entrevista, confessou-me que deixara de ler São Tomás de Aquino, Santo Agostinho e outros grandes nomes da seleta galeria de referências oficiais para os pensadores da Igreja e da fé. Havia migrado para os textos de Adélia Prado e Fernando Pessoa, teólogos-poetas que obtiveram sucesso na arte de revelar o Criador sem amarras dogmáticas, como convém ao inventor da ressurreição libertadora.
Agora, surpreendo-me ao conhecer um padre católico igualmente empenhado numa mudança significativa em seu discurso, para a qual tomou o caminho do mau gosto. Desafinado de ponta a ponta e sob um pseudo chapéu de boiadeiro, que destoa do clergyman, o presbítero inclui, em seu CD, uma música na qual o compositor confessa ter matado a mulher para resolver um problema de traição. Livrai-nos, ó Pai, da proteção desse tipo de pastor amigo dos lobos. Amém.
[Avisos paroquiais: A Santa Madre já teve dias melhores]. ?
*Publicitário, jornalista e escritor, colunista da revista espanhola Brazilcomz, da canadense BrasilNews e da americana BrasilUsa Orlando. Publicou Criatividade e redação. O que é, como se faz; A conquista. Um desafio para você treinar a criatividade enquanto amplia os conhecimentos e Câncer de mama. Vitória de mãos e mentes, este último sob encomenda. – [email protected] – http://rubensmarchioni.wordpress.com
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A importância do desejo – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“O desejo é uma manifestação da capacidade”. (Wallace D. Wattles)
Mas o mais importante é acreditar nisso. Quando desejamos alguma coisa é porque nossa capacidade está indicando o que teremos. E se queremos podemos conseguir. Só quando não acreditamos em nós mesmos não somos capazes. É quando caímos na esparrela de acreditar mais em milagres até dos que não são santos. Não há impossível para quem crê no possível. Nossos sonhos são nossos caminhos mais viáveis. E quando somos vencedores não tememos derrotas. Os erros são um aprendizado. Quando aprendemos a aprender com os erros, acertamos. E os erros tanto podem ser os nossos quanto os de outros. E é aí que nos recusamos a criticar erros alheios.
Vamos aproveitar este fim de semana para uma reflexão sobre como foi nossa semana passada. O que deu certo e o que não deu. Em ambos os casos vencemos. O importante é que não fiquemos perdendo tempo com o que não deu certo. Sei que estou ficando repetitivo, mas vamos nos lembrar do Thomas Edson: “Eu não estou errando. Estou aprendendo como não fazer, da próxima vez”. São lições que devemos levar vida afora. Desistir depois do erro, nem pensar. Porque quando estamos tentando fazer o que nosso pensamento nos mostrou para fazermos, vamos fazer. Desistir, nunca. Alguém já nos disse o que teria sido do Cristóvão Colombo se ele tivesse desistido no meio do caminho. É claro que ninguém se lembraria dele, hoje.
Que o sucesso não cai do céu é o pensamento popular que conhecemos. Mas nem sempre damos importância a ele. O sucesso existe e está ao alcance de todos os seres sobre a Terra. Mas um dos obstáculos para alcançá-lo é não acreditar que ele está ao nosso alcance. Normalmente medimos o sucesso no sucesso dos outros e não no nosso. Sentimo-nos um fracassado porque não alcançamos o sucesso que alguém alcançou. Quando na verdade nosso sucesso está em nós mesmo. Somos bem sucedidos quando nos sentimos bem em nós mesmo. E a diferença está em se sentir bem, e não em fingir que está se sentindo bem. Tentar enganar a si mesmo é a maior furada da paróquia.
Reflita sobre isso. O sucesso está na felicidade. Há muita gente poderosa e que não é realmente feliz. Os maiores milionários do início do século vinte, nos Estados Unidos da América, desenvolveram a economia mundial. Mas não são considerados ricos. Tinham dinheiro, mas não tinham felicidade, pelo que conhecemos deles. Não se concentre só no dinheiro para sua felicidade. Mas não se esqueça de que “Dinheiro não traz felicidade para os que não sabem fazer bom uso dele”. (Machado de Assis). Pense nisso.
*Articulista – [email protected] – 99121-1460
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ESPAÇO DO LEITOR
LIXO
O leitor Ícaro Rodrigues enviou o seguinte e-mail: “A situação no Município de Iracema está sem controle em relação ao recolhimento do lixo doméstico e urbano. As ruas estão tomadas de sacolas e entulhos. Nenhuma ação é feita pela prefeitura para minimizar o problema. Com o acúmulo da sujeira, a infestação de ratos nas residências é outro problema. O município necessita urgente de uma ação de limpeza”.
ESCOLA
Alunos e servidores da Escola Estadual Joaquim Nabuco, no Município de Uiramutã, relataram que esta unidade escolar está sem diretor e servidores de apoio. “São os alunos que estão fazendo a própria merenda e sendo os responsáveis pela limpeza da escola com materiais e alimentação doados pelos vereadores. A situação está insustentável e, desta forma, não tem como dar prosseguimento ao ano letivo, ou nos dedicamos ao aprendizado ou cuidamos do gerenciamento da escola”, relatou um professor.
ABANDONO
Gilberto Gama fez o seguinte relato: “A situação de um prédio de responsabilidade da Caer, na Rua Coronel Mota, chama a atenção de quem passa pelo local. Localizado no Centro da cidade, há anos não recebe sequer uma limpeza da área externa com uma grande quantidade de lixo, sem contar as inúmeras reclamações que são direcionadas à companhia de águas sobre o mau cheiro por contar da não manutenção da estação de tratamento de esgoto”.
GREVE
A estudante Mariana Lemos comentou: “O impasse em relação à greve continua e nós, estudantes, estamos preocupados com o desenrolar desta questão, uma vez que, de um lado o governo afirma que está disposto a negociar, mas o Sinter tem recusado as propostas endereçadas à categoria pelo poder Executivo. Nesta briga, quem vai acabar sendo prejudicado seremos nós, pela reposição das aulas que, com certeza, deve comprometer as férias do meio do ano e, possivelmente, deve se estender até o início de 2016”.