Somos ou não somos? – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Comparados com o que deveríamos ser, só estamos parcialmente despertos. Nossos instintos são refreados, nossos planos controlados, apenas usamos uma pequena parte dos nossos recursos físicos e mentais”. (William James)Se soubéssemos o que somos não seríamos o que somos. Ainda vivemos marcando passo sobre o mesmo terreno, como se fôssemos recrutas dos exércitos jurássicos. E não se iluda com seu vasto e elevado grau de conhecimentos. Nossa origem racional nos mantém neste nível, queiramos ou não. Tudo que aprendemos hoje não é mais do que início do que necessitamos para o aprendizado de amanhã. É assim que evoluímos. Fique e esteja sempre atento aos acontecimentos. Bons ou maus eles são necessários e indispensáveis à evolução racional. Você viu a lua na quinta-feira à noite? Todos ficamos embelezados e boquiabertos com o espetáculo. Mas pouquíssima gente se atentou para o motivo de ela estar esplendorosa.
Falando sério, vamos viver nossas vidas embelezados com a vida. No dito popular sabemos que a vida só é ruim para quem não sabe viver. Pare de ficar perdendo tempo com notícias desagradáveis. Seu pesar não vai amenizar o desgosto. Sabemos que tudo que acontece em nossa vida faz parte da vida. Quando sabemos que os erros e dissabores fazem parte do nosso aprendizado não nos quedamos diante dos dissabores. Ainda não fomos nem somos capazes de saber exatamente quando chegamos aqui, neste pequeno universo ainda em formação, e por isso, em deformação. E que depois de aproximadamente 21 eternidades ainda continuamos em deformação.
Faça sua parte na evolução do nosso universo humano, fazendo o que você deve fazer como deve ser feito. Mas só conseguirá isso se souber como deve fazer o que tem que fazer. E é nesse aprimoramento que evoluímos. Comece sua parte nessa batalha, sem luta, entendendo que todos nós temos que voltar ao mundo de onde viemos. Viemos e ficamos por aqui por livre arbítrio. Quanto tempo ainda vamos ficar por aqui vai depender de cada um de nós. Faça sua parte na sua evolução. Ame, respeite, e viva a vida harmoniosamente, sem se preocupar nem se aborrecer com os contratempos, porque eles fazem parte da evolução. Nunca se entregue. Olhe sempre para o horizonte. É lá que você vai se encontrar. O formato esférico da Terra não permite que você caia. Não importa em que direção você vá, você estará sempre subindo e não descendo. Siga esse exemplo no caminhar de sua vida. Viva intensamente, sem olhar para o bico do sapato. Quando somos felizes não baixamos a cabeça. Os aborrecimentos se desfazem no sorriso. Pense nisso.*[email protected] ——————————————República da lama – Júlio César Cardoso*O país está transformado em uma República da lama. As denúncias de corrupção ou de irregularidades envolvendo os presidentes do Legislativo Federal, o ex-presidente Lula, Dilma Rousseff, deputados e senadores, tesoureiro de partido, empreiteiras, doleiro e demais corruptos, denunciam que o Brasil tomou uma direção que somente uma entidade poderosa poderá sustar o descaminho desta nação, barrar a corrupção política, bem como fazer uma varredura ética na política nacional. E para culminar, o STF determinou de forma inusitada a prisão de um senador da República.
A corrupção política no Brasil pode ser comparada ao comércio ilegal de drogas, que enriquece grupos mafiosos poderosos e que até agora tem se mostrado insolúvel para as nossas autoridades.
Ser político no Brasil é um grande negócio, é uma dádiva caída do céu, dadas as vantagens auferidas: poderes, mordomias, altos salários e meio de fluir interesses particulares. Dificilmente quem se lança na política quer deixar a “vida espinhosa”: advogados, engenheiros, médicos, bancários, funcionários públicos, professores etc. Política não poderia ser confundida como a arte de tirar proveio da coisa pública, mas infelizmente só existem vivaldinos se aproveitando da política.
No Brasil, não há político inocente. Quem não se locupleta com mais, se locupleta com menos. Se fosse feita uma auditoria na vida de cada político, certamente, a maioria cairia na malha fina. Por isso, não causou nenhuma surpresa o escândalo do mensalão e agora do petrolão, aliás, o segundo é continuação do primeiro.
A pouca-vergonha é tão grande que políticos denunciados na Operação Lava-Jato, em coro uníssono, ou negam descaradamente, ou afirmam que as contribuições recebidas eram legais e estão devidamente registradas no Tribunal Eleitoral. Mas a delação premiada, que tem credibilidade legal, desmascara os políticos parlapatões, inclusive tem repatriado dinheiro ilícito depositado em conta no exterior, bem como exposto ao país o patrimônio excessivo ostentado por alguns políticos ou ex-políticos, como Lula e Fernando Collor.
Quando se imaginaria a quantidade de políticos denunciados por corrupção ou um senador ser preso por ordem do STF? É a hecatombe política eclodindo no subterrâneo putrefato da República. Uma vergonha!
Que esperança no Brasil tem a nossa juventude ao assistir desfilar no cenário político um bando de elementos eleitos e envolvidos na Operação Lava-Jato? Vejam alguns dos indecorosos: Lula, Dilma, Collor, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Gleisi Hoffmann, José Agripino, Jader Barbalho, Humberto Costa, Aloizio Mercadante, Delcídio do Amaral etc.
Não é este o país que desejamos, de corrupção, de muita injustiça, de governos falaciosos e incompetentes. Queremos um país operoso de políticos dignos e identificados com os valores éticos e morais, que respeitem os ordenamentos jurídicos, que não cometam pedaladas fiscais ou outros abusos inconstitucionais, que não mascarem de lícitas as suas campanhas políticas patrocinadas com dinheiro ilícito, que cumpram os projetos prometidos em campanha, que não transijam com irregularidades e que saibam, entre outras coisas, assumir os seus erros e respeitar o desejo da maioria do provo brasileiro.
Hoje temos um país triste, mergulhado em escândalo de corrupção, com um governo de popularidade no chão, ameaçado de impeachment e com a economia em frangalhos: inflação, desemprego, fechamento de empresas e a reputação do país em baixa no cenário mundial. E, vergonhosamente, pressionado pela crise econômica que se agrava, o governo se rende e entrega o comando da nação ao Lula e a seus aliados do PMDB, e ainda por cima convoca o povo a pagar a conta do governo com a proposta da volta da CPMF.
Agora, nesta República da lama, o país assiste ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, se equilibrar para não ser cassado por corrupção, e à presidente Dilma, da mesma forma, tentando selar acordo com Eduardo para que ambos sobrevivam à hecatombe.
*Bacharel em Direito e servidor federal aposentadoBalneário Camboriú-SC——————————————–Afinidades no amor – Flavio Melo Ribeiro*A base do amor não é construída por diferenças ou oposições, mas por afinidades. Porém as afinidades não garantem um amor forte ou duradouro, elas facilitam que as pessoas se conheçam, se identifiquem e sintam vontade de se encontrar novamente. Mesmo as diferenças e oposições que existam entre o casal servem para gerar mudança e constituir uma afinidade. Esta pode ser ilusória, situar apenas na expectativa que o outro, ou o mundo, mude para constituir o desejo de um amor verdadeiro. Mas o amor vai além das afinidades, é um estado emocional que ao se constituir não é mais controlado pela pessoa. Ela apenas o vive, bem ou mal; sendo correspondido ou repelido. Da mesma forma quando o amor se desfaz, não há reflexão baseada na razão que o faça voltar. Por isso, o ditado que diz que “quando a mulher cansa não é mais reconquistada”, isto não é uma questão de gênero, também é válido para o homem.
Quando o amor acabou porque se cansou de tentar encaixar o que não tem jeito, por esperar uma mudança no outro que nunca vai existir, porque sua própria personalidade foi tão judiada por relações ruins no passado ou por não se perdoar por ter aceitado o que hoje percebe que era inaceitável, a alternativa talvez seja ficar sozinho e se perceber quem realmente é, o que está fazendo consigo e com os outros. Porque aceitar o que não tem afinidade ou se guiar pelas mágoas do passado é não estar preparado para amar e constituir uma relação saudável. É sinal de insegurança, que leva para comportamentos de dependência ou egocentrismo pensando apenas em si por medo de repetir as vivências ruins que se submeteu. Dependendo da personalidade se torna sem graça ou depressivo, se for forte, pode levar o outro para o redemoinho das suas inseguranças.
Se não quer separar, converse com o outro, diga o que não está bem, peça ajuda para ultrapassar as intempéries da personalidade. De qualquer forma, a saída é um novo amor, mesmo que seja com a mesma pessoa. Não aceite continuar igual, pois a relação como está já demonstrou que fracassou. Ambos precisam se descobrir, sem ser egoísta, mas saber o que gosta, o que quer, quais são as verdadeiras afinidades, construir um projeto a dois sem privar a liberdade do outro. Viva o respeito, seja o meio de realização do outro. Isto também é válido para quem se separou e quer voltar.*Psicó[email protected]——————————————-
ESPAÇO DO LEITOR
ORÇAMENTO 1 Sobre a demora nas discussões do Orçamento do Estado para 2016, o leitor Samuel Alves de França afirmou que o Poder Executivo precisa de autonomia. “A questão é que este tal grupo independente quer, na verdade, atrapalhar o governo intencionalmente. Tem o objetivo de manchar a imagem da atual gestão e favorecer um pretenso candidato ao governo em 2018”, disse.ORÇAMENTO 2O leitor Marcell Grangeiro concordou em partes. “Concordo com você, mas o povo não é mais besta. Estamos atentos a cada passo dos deputados. As eleições já acabaram, deixem o atual trabalhar. Nas próximas eleições, saberemos avaliar o governo atual”, frisou. UFRR 1O internauta identificado como ACAF parabenizou o trabalho da reitora da Universidade Federal de Roraima, professora Gioconda Martinez: “Parabéns pelo belo trabalho. No conjunto da obra, fico satisfeito pelo belo trabalho que você e sua equipe desempenharam na UFRR. A administração pública é desafiadora. Eu sei o quanto é complicado administrar conflitos de interesse de grupos que enxergam apenas o seu umbigo e tentam desqualificar o trabalho que foi prestado para a sociedade em geral”.UFRR 2Já a leitora Antônia Cleide Alves Pereira cobrou da reitora da UFRR o pagamento dos fiscais que trabalharam no vestibular da universidade em novembro. “Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem. Mas por que ainda não pagaram os fiscais que trabalharam no último vestibular? O certame é de vocês, mas o dinheiro é nosso”, afirmou.DUODÉCIMOSobre o atraso no repasse do duodécimo aos poderes constituídos, o internauta Antônio Cláudio Theotônio comentou: “Já se tornou prática comum o desrespeito à lei neste estado desde gestões anteriores. Pelo visto, o governo Campos ainda não se encontrou”.