Água: um bem de todos. Preserve! – Flamarion Portela* Na semana passada, foi comemorado o Dia Mundial da Água, que foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992, quando também instituiu a Declaração Universal dos Direitos da Água, que determina que a água limpa e segura e o saneamento básico são direitos humanos garantidos por lei.
Também na semana passada, de 18 a 23 de março, foi realizado em Brasília, o 8º Fórum Mundial da Água, o maior evento global sobre o tema água, que é organizado pelo Conselho Mundial da Água, uma organização internacional que reúne interessados no assunto e tem como missão “promover a conscientização, construir compromissos políticos e provocar ações em temas críticos relacionados à água para facilitar a sua conservação, proteção, desenvolvimento, planejamento, gestão e uso eficiente, em todas as dimensões, com base na sustentabilidade ambiental, para o benefício de toda a vida na terra”.
O Fórum, que aconteceu pela primeira vez num país do Hemisfério Sul, reuniu especialistas, ambientalistas, ativistas, autoridades e integrantes da sociedade civil, de diversos países, em torno do debate sobre os recursos hídricos no mundo.
Um dado preocupante divulgado pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, durante o Fórum Mundial, revela que uma em cada seis cidades brasileiras enfrenta problemas com a escassez de água. E isso se refere apenas aos municípios que tiveram situação de emergência reconhecida pelo governo federal nos últimos 180 dias.
Todos sabemos que a água é um recurso essencial para a sobrevivência dos seres vivos. Embora nosso planeta seja repleto de água, estima-se que apenas 0,77% esteja disponível para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos.
Dados do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apontam que cerca de 1400 crianças menores que cinco anos de idade morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene.
Outra informação alarmante divulgada durante o Fórum é de que, atualmente, 1,8 bilhão de pessoas consomem água de fontes que não são protegidas contra a contaminação por fezes humanas. Mais de 80% das águas residuais geradas por atividades do homem — incluindo o esgoto caseiro — são despejadas no meio ambiente sem ser tratadas ou reutilizadas. E, com o aumento da população global, a estimativa é que a demanda por água poderá crescer até 30% até 2050.
É preciso que tenhamos a consciência de que o uso racional e sua preservação são fundamentais para garantir qualidade de vida para a nossa geração e para as futuras. Moramos numa região privilegiada com grande quantidade de água, o que só aumenta nossa responsabilidade para preservar nossos mananciais e bacias hidrográficas.
Façamos a nossa parte e preservemos a natureza e seus recursos naturais.
*Ex-governador de Roraima
Prazos para corrida eleitoral em Roraima – Elói Martins Senhoras*
Passados os meses de janeiro e fevereiro de 2018, a corrida eleitoral em Roraima avança de forma relativamente silenciosa, haja vista que enquanto por um lado, na posição, poucas mudanças aconteceram nos cargos do governo do Estado neste início de ano além da renúncia do vice-governador, por outro lado, na oposição, a agenda silenciosa e de negociação são as tendências majoritárias por parte dos principais players aos cargos eletivos do Poder Executivo e do Legislativo.
Esta conjuntura de uma corrida eleitoral tranquila e silenciosa está para ser mudada a partir do mês de março até o mês de agosto, quando começam a tomar forma as eventuais alianças e coligações em função do calendário de prazos eleitorais avançar no país e no caso de Roraima esta situação não é diferente, razão pela qual estão surgindo pesquisas de intenção de voto e crescente manifestações de políticos nos canais midiáticos.
Nesta contextualização da corrida eleitoral, identificam-se três grandes marcos de periodização que impactam na compreensão da dinâmica eleitoral do estado de Roraima, sendo identificadas em primeiro lugar, as datas de 7 de outubro de 2017 e 7 de abril de 2018, e, em segundo lugar o período entre 20 de junho e 5 de agosto de 2018.Em primeiro lugar, como o dia 7 de outubro de 2017, um ano antes da eleição, é identificado como prazo para um candidato transferir o seu domicílio eleitoral para o estado onde irá concorrer em 2018, em Roraima, não se observa nenhum nome de outsider político nestas eleições de outubro de 2018. Por isto que a data de 7 de abril de 2018 é identificada como o começo oficial da corrida eleitoral, pois é o prazo limite para um candidato estar filiado a um partido político ou trocar de legenda política, o que torna o mês de março em um momento de eventuais mudanças partidárias.
Em segundo lugar, entre 20 de junho e 5 de agosto de 2018 a corrida eleitoral vai esquentar, pois é o período em que os partidos e coligações devem escolher seus candidatos aos cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual, pois já em 15 de agosto acontece o registro de candidaturas e em 31 de agosto se inicia a propaganda eleitoral, momento em que a corrida eleitoral vai pegar fogo às claras para o eleitor através do horário eleitoral vinculado publicamente em televisão e rádio.
Conclui-se com base nesta periodização eleitoral, que mesmo que as campanhas políticas abertas somente venham se materializar entre 31 de agosto e 4 de outubro por meio da propaganda eleitoral, os debates e negociações nos bastidores da política vão começar a ganhar forma no mês de março, razão pela qual é conveniente ficar atento para o que já acontece de forma discreta e silenciosa em Roraima, mesmo que sejam previsíveis os principais candidatos.
*Economista, cientista político e professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR).E-mail para contato:[email protected]
Nós e nossos erros
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“A crença no fracasso é um modo de envenenar a mente”.
O Pablo Picasso tem uma frase muito importante: “Quando trabalho, descanso; fazer nada ou entreter visitantes deixa-me cansado&r
dquo;. Quando fazemos o que gostamos de fazer não nos cansamos. O marasmo, no entanto, é o maior veneno para a mente. Sempre que ficamos sem fazer alguma coisa, ficamos remoendo passados ou pensando em coisas negativas.
E quando pensamos no negativo, convidamos a derrota. E isso é mais comum do que imaginamos. É sempre quando estamos no marasmo sem ter o que fazer e começamos a bocejar, que os pensamentos negativos chegam. Quase sempre começamos a pensar em coisas do passado que não nos fizeram bem. Ou então, começamos a pensar nas coisas que nos trazem saudade em hora inconveniente. E quando nos tocamos, se é que nos tocamos, já caímos no poço da derrota. Mas, mais do que mais simples, este é o exemplo menos importante.
Estou apostando que você não conhece alguém que se sinta feliz fazendo aquilo que não gosta de fazer. Quando fazemos o que nos dá prazer somos felizes. E quando somos felizes, o porquê que nos obriga a fazer o que não gostamos não tem relevância. Quando pensamos assim não temos por que perder tempo com pensamentos nem atitudes negativas. O controle de nossa mente é algo que podemos fazer com facilidade quando caminhamos pelo caminho do sucesso. Mas não aprendemos a fazer as coisas sem aprender como fazê-las. E só entendemos isso quando entendemos o significado exato da riqueza. Não somos ricos se não formos felizes, independentemente do dinheiro que tenhamos. A felicidade não está no dinheiro, mas ele é fundamental para a felicidade. Machado de Assis disse: “Dinheiro não traz felicidade para aqueles que não sabem fazer bom uso dele”. Quando sabemos usá-lo, a quantidade pode não fazer muita diferença. Saber viver com sucesso é saber viver com alegria e regras no comportamento.
Ter um comportamento regrado não significa ficar preso a normas e regulamentos, sejam sociais, religiosos ou do que quer que seja. É você manter sua vida com alegria, felicidade e muito amor. E só vivemos com amor quando amamos indistintamente. Porque só quando amamos somos amados; só quando somos suficientemente equilibrados para saber os limites racionais do amor. E se quiser ser feliz aprenda a não misturar amor com paixão. São coisas distintas, diferentes. O amor é puro, equilibrado. A paixão é um desequilíbrio sentimental. Ame com intensidade para ser amado com a recompensa saudável do amor. Pense nisso.