Opinião

Opiniao 29 12 2014 446

Novamente um Ano Novo – Tom Zé Albuquerque* Existe um poema, largamente atribuído ao magnífico Carlos Drummond de Andrade, apontando que quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias (a que chamamos de ano) foi um gênio, porque assim a esperança foi industrializada, à exaustão. Doze meses permitem que o ser humano entregue os pontos e, cansado, se prepara para o milagre da renovação, primeiro dia do ano e nele a vontade de acreditar que tudo será diferente daqui em diante. O homem, por sua própria natureza, vive de perspectivas. Sem ela, não há ânimo para agir e nem recomeçar. Acreditar que algo será diferente impulsiona o comportamento de todo ser. O novo aflora atitudes, e nada melhor que refletir sobre o que passou, vibrar por tudo de bom que aconteceu, mas exaltar em forma de aprendizado tudo aquilo que foi traumático ou triste. Estipular metas para um ano seguinte é uma ótima pedida, e buscar com todo afinco alcançá-las. Definir objetivos que possam resgatar o pendente ou emergir o inédito. Fazer algo diferente, que movimente o corpo e fervilhe a mente, com coisas diferentes. Experimentar uma situação fora da normalidade não necessariamente precisa ter dinheiro, muito ou pouco. Creio ser natural que as pessoas busquem adquirir uma moradia, ter um veículo para locomoção, poder suprir as necessidades suas e de sua família, e, quem sabe, ter um excedente para extravasar; isso tudo é consequência de um esforço, fruto de uma dedicação. Todo cidadão, de qualquer classe, vislumbra ascender socialmente, e não há nada de mal nisso; muitos não alcançam, mas almejam. Entretanto, há um problema entre nós, humanos, em atrelarmos o recomeço de um novo momento a tão somente aquisição de bens. O pior ocorre quando o que se ambiciona acaba por esmagar a ética, quando, em verdade, esta deveria ser o alicerce para qualquer ambição. Por conseguinte, surge o individualismo desmedido, irmão univitelino do egocentrismo, primo da empáfia, todos estes filhos da fragilidade humana. Faz-nos lembrar da mensagem de Eduardo Farah: “Falta de ética decorre de falta de auto-estima. Mostre-me alguém antiético e eu lhe mostrarei alguém que tem inveja dos outros”. E a qualquer custo, muitos homens buscam impressionar o externo, em acumular riquezas que nunca vão usufruir, pela disputa insana com o próximo num processo de auto-degeneração mental. São pessoas doentes, que sequer enxergam o próximo, as agruras cotidianas. Defendem igualdade social mas viram o rosto a um pobre que pede pão; são astutos na fala ao pregar isonomia no povo, mas não destinam nem um minuto de seu tempo para contribuir com crianças, deficientes, idosos ou qualquer ala social à margem, que por vezes preferem o amparo da atenção ao dinheiro. O ano de se avizinha é um ótimo momento para se refletir sobre o que estamos fazendo de bom em nosso meio, que célula somos ou queremos ser na estrutura social. Devemos exercer entre nós Senso de Coletividade, e a agenda para os próximos 365 anos deverá conter essa competência, a ser cada dia trabalhada fortemente. O todo depende de cada ato individual. Drummond, mais uma vez brilhante, pregou que “Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”. *Administrador ——————————————- É momento de refletir sobre nossas escolhas – Por Erik Penna “O tempo é a única riqueza que é distribuída igualmente por todos os homens” (Saint-John Perse) Certa vez uma mulher saiu para um passeio e enquanto caminhava pela floresta carregando seu filho no colo, se preocupou ao notar que não se lembrava mais do caminho de volta. Além disso, a fome e a sede já incomodavam bastante. Neste instante, ela se deparou com uma caverna mágica de onde saía uma voz que dizia: “Entre, seja bem-vinda! Esta caverna é mágica, aqui dentro há maravilhas. Tudo que há de bom neste mundo pode-se encontrar aqui”. A mulher ficou interessada e, adentrando na caverna, ficou boquiaberta com tantas coisas que viu e perguntou: “Posso pegar tudo o que eu quiser”? E escutou a resposta que dizia: “Sim, você pode pegar o que conseguir levar para fora da caverna, mas preste atenção: você só terá cinco minutos. Ao findar esse tempo, a porta fechará e nunca mais abrirá”. Ela olhou para o relógio e prontamente começou a correr para pegar o que mais lhe interessava. Como estava com muita fome, logo avistou um pote com muita comida, iguarias finas e rapidamente o levou para fora. Voltou para dentro da caverna e, como a sede já era grande, abraçou um galão grande cheio de água e o empurrou ligeiramente para fora, a fim de ganhar mais tempo para pegar outras coisas. Ao retornar à caverna, seus olhos brilharam quando viu uma caixa cheia de roupas de grife, mantimentos para casa e a chave de um carro zero quilômetro. A caixa era extremamente pesada, mas ela conseguiu carregá-la para fora, garantindo assim, o direito de levá-la para casa. Por fim, de olho no relógio, viu que lhe restavam apenas poucos segundos. Rapidamente entrou na caverna pela quarta e última vez e, ao se deparar com um saco cheio de joias, moedas de prata, diamantes e barras de ouro, percebeu que seria ainda mais difícil transportá-lo. Mas ela, num esforço sobrenatural, conseguiu empurrar o saco pra fora da caverna e, imediatamente ao sair, viu a porta da caverna se fechar. A mulher estava bem cansada, sentou-se para verificar suas conquistas e, aparentemente realizada, começou a admirar as preciosidades que havia conquistado. Com um sorriso enorme no rosto, fitou os olhos no pote de comida, no recipiente com água, nas roupas de grife, na chave do carro, na prata, nos diamantes e no ouro. Neste momento começou a procurar o seu filho, quando então percebeu, em desespero, que o tinha esquecido dentro da caverna. Este texto, inspirado na estória de Frances Jenkins Olcott, é oportuno nesse final de ano, onde costumamos “fechar para balanço” e refletir sobre as escolhas que fizemos durante o ano. Analisamos, principalmente, como temos equilibrado o tempo destinado à parte profissional e pessoal. Uma matéria da revista Época Negócios, de setembro 2014, apontou a decisão de um grande executivo Mohamed El-Erian, internacionalmente reconhecido por seu trabalho numa empresa de investimento, que decidiu deixar o cargo de CEO na empresa por causa de uma carta que recebeu da sua filha de 10 anos. Imagine: na cartinha, a menina enumerou os 22 grandes acontecimentos da vida dela em que o pai não havia participado, por causa da agenda dele sempre cheia de compromissos profissionais. Ela registrou as ausências do pai em eventos significativos para ela como: no primeiro dia de aula na escola, no desfile de Halloween, no primeiro jogo de futebol e em muitos recitais. A pergunta é: Será que estamos alinhando o que falamos com o que de fato fazemos? Eu penso que sempre encontramos tempo para o que julgamos realmente importante para nós. A vida é muito mais do que acumular riquezas materiais. É importante saber que a nossa família precisa de nós. Não há dinheiro que pague o amor, o carinho e o tempo a eles destinados. Algumas pessoas deixam para fazer isso sempre amanhã e, em alguns casos, já é tarde demais. É evidente que precisamos trabalhar, ultrapassar as metas, superar desafios e promover nosso crescimento profissional, mas não devemos perder o foco e esquecer as pessoas que amamos. É necessário termos em mente o tempo que reservamos ao que é, de fato, importante para nós e buscarmos continuamente o equilíbrio. Afinal, a virtude está no caminho do meio e o verdadeiro sucesso é ser feliz. Estou certo de que nenhum sucesso profissional compensa o fracasso familiar! * Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”. ————————————– O que pensamos é o que somos – Afonso Rodrigues de Oliveira “É por meio dos pensamentos que o homem realiza, seja o que for”. (Thomas Carlyle) Estamos batendo muito nesta tecla. Mas não poderia ser diferente. Estamos convictos de que a Cultura Racional está certa quando diz que o ser humano só aprende com as repetições. Longe de mim, querer que você aprenda comigo. Quem sou eu? Mas ultimamente tenho ouvido umas discussões familiares que me deixam tonto. E pra efetivar minha tontura, assisti, ontem, a um programa sobre a religião católica. Aí fiquei pensando como é que pensamos sobre o desenvolvimento da humanidade. Estamos muito longe de alcançarmos o desenvolvimento de que necessitamos para ser o que deveríamos ser, há muito tempo. Uma das tarefas mais difíceis para o ser humano é pensar. Mas o pensamento é apenas uma faze da evolução humana. Ainda não aprendemos a pensar. Ainda não sabemos distinguir os pensamentos. Não sabemos exatamente o que é apensar positiva ou negativamente. Ainda queremos resolver os problemas pensando nos problemas. Os que sabem pensar, quando enfrentam o problema começam a pensar na solução e não no problema. E a vida é um eterno problema. O problema está em como tirá-la da eternidade negativa. E só conseguiremos isso quando aprendermos a pensar positivamente. Simples pra dedéu. Difícil é conseguir isso. E só conseguiremos quando atingirmos a racionalidade. Ninguém consegue ser racional pensando negativamente. Que é o que mais fazemos em nossas vidas. Vivemos a vida toda lutando contra o inimigo e o atacando pelo lado errado. E nosso maior inimigo são os pensamentos negativos. “Somos o que pensamos”. Tudo o que obtemos na vida é fruto do que pensamos. Nada é realizado na vida sem antes passar pelos nossos pensamentos. Não importa se o produto é positivo ou negativo. É sempre o resultado do que pensamos antes da realização. Nunca perca seu precioso tempo com pensamentos desagradáveis. É verdade que não apodemos evitar os maus momentos no dia a dia. O importante é que não percamos tempo com eles. Não lhes demos atenção. Quando não lhes damos atenção eles se afastam. E é aí que devemos dirigir nossas vidas para o horizonte que devemos alcançar; embora saibamos que nunca o alcançaremos. E é aí que progredimos. Porque o sucesso está na caminhada e não na parada. E a maior caminhada está em direção ao horizonte. O Bob Marley já nos disse que “A vida está para quem topa qualquer parada, e não para quem para em qualquer topada”. Nunca pare numa topada. Siga em direção ao horizonte. É no caminho, que você vai encontrar o que realmente quer. Pense nisso. [email protected]     99121-1460   ——————————————-
ESPAÇO DO LEITOR GALERAS “Gostaria de saber onde e como estão funcionando os tais projetos sociais tão alardeados por esta Prefeitura de Boa Vista. Não devem estar funcionando. Ou se estão, no mínimo é só para como dizem: ‘inglês ver’. Porque eu não consigo acreditar que crianças e adolescentes de famílias de baixa renda estão recebendo os devidos benefícios desses programas sociais, com ocupação e algum aprendizado, depois que saio com minha família para tentar aproveitar uma sábado à noite na Praça das Águas e me deparo com cenas dantescas como as que vi neste fim de semana naquele lugar. Cedo da noite ainda, com diversas famílias passeando, e jovens, adolescentes, acredito que de 13 a 19 anos, acompanhados inclusive de meninos, de uns nove ou 10 anos, ‘tocando o terror’ naquele local. Além de andarem esbarrando em todo mundo, sem respeitar ninguém com bebidas alcoólicas e cigarros, se meteram em várias confusões, protagonizando verdadeiras brigas de galera. Sinceramente, depois do que presenciei não sinto mais vontade de frequentar aquela praça. É uma pena, que quem tenha que tratar com essas crianças e adolescentes no final das contas seja a Polícia”, reclamou a internauta, que pediu para ser identificada apenas como M.G. LIMPEZA Uma internauta identificada apenas como S.C escreveu para comentar a respeito de um caminhão de limpeza que anda pelas ruas de Boa Vista. “Eu realmente não consegui entender a serventia desse veículo da Prefeitura de andar varrendo as ruas do Centro, porque me parece estranho ele varrer e jogar por cima ao mesmo tempo que tenta limpar, algo que parece poeira ou fumaça. Ao que demonstra ele está varrendo e voltando a sujar na mesma hora ou no mínimo está varrendo as ruas, mas poluindo o ar. Que coisa contraditória hein?!”, observou. TELEFONIA O internauta Rui Machado Júnior reclama que desde o dia 03 de novembro até agora os serviços da Operadora de Telefonia Vivo não estão funcionando devidamente no município de Pacaraima. “Nenhuma explicação sobre o problema nos foi dada. A Vivo é a principal operadora de telefonia do município e esta falha está causando transtorno a milhares de moradores do local. Queremos uma satisfação sobre as causas do problema e uma solução”, reclamou.