O mercado imobiliário e os novos tempos – Erasmo Sabino*Sempre tive, cá comigo, que nenhuma batalha leva a lugar algum se ela não for travada com o esforço do corpo e a sabedoria da mente. Por isso, cabe aqui um ensinamento de meu pai, o lendário Chico Fumeiro, recentemente falecido e já de saudosa memória. Ele sempre dizia a todos nós – eu e meus irmãos – que se quiséssemos estudar, ele nos daria todo o apoio, nem que para isso tivesse que perder o couro na roça, de sol a sol.
O estudo me fez um empresário empreendedor antenado com os novos tempos dessa tão diversificada aldeia global chamada Planeta Terra. A comunicação me fascina, dela não prescindo e dela dependo para alcançar os objetivos de meus negócios. O marketing é ferramenta que, se bem usada, principalmente com sabedoria e estrategicamente, alavanca empreendimentos. Facebook, Twitter, Youtube, celular, WathsApp.
Hoje, estes canais de comunicação são tão frequentes no dia-a-dia que é difícil imaginar uma estratégia que não englobe a interação com as redes sociais online.
Mas é preciso ter em conta que para ser capaz de potencializar a capacidade de relacionamento com o cliente a rede não basta. O profissional precisa ser qualificado, ter conhecimento de mercado, conhecer o perfil do cliente e investir em diferentes formas de comunicação.
Neste sentido, saber usar bem o marketing permite identificar a necessidade e criar a oportunidade. Desse modo conclui-se que não basta apenas ter um perfil nas redes sociais. É preciso planejar esta presença, ter em mente quem é o público-alvo, que objetivos alcançar para, finalmente, definir qual canal de relacionamento irá gerar resultado mais eficiente e, principalmente, quais estratégias utilizar.
As redes sociais online são canais de alto potencial de audiência e que devem ser tratados como importantes espaços para o compartilhamento de informação. Porém, muitos profissionais confundem essas redes com canais de venda.
Todavia, antes de vender é preciso se preocupar em conquistar a confiança do cliente, que está diretamente ligada aos relacionamentos estabelecidos por meio de uma presença ativa, verdadeira e relevante. Nesse sentido, é necessário entender também que a imagem construída no ambiente digital deve estar vinculada à imagem real do empresário e de sua empresa. Qualquer desvio de informação pode criar uma ruptura de confiança e, consequentemente, no relacionamento com o cliente. A lisura de comportamento deve estar assentada na ética e na honestidade. Sem elas não há rede social e nem marketing que deem jeito.
*Empresário
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Deus está no controle – Antonio de Souza Matos*O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. (I Sm. 2:6).
As incertezas em relação ao futuro político e econômico do País causam medo e insegurança na maioria de nós. Entretanto, a Bíblia, revelação escrita do nosso Criador e Sustentador, nos tranquiliza, mostrando que Ele está no controle de tudo, inclusive do curso da história.
Deus revelou isso ao rei da Assíria Senaqueribe (705-681 a. C) quando este atribuía a si mesmo a expansão do seu reino: “Ai da Assíria, a vara da minha ira, porque a minha indignação e como cajado nas suas mãos. Enviá-la-ei contra uma nação hipócrita e contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe roube a presa e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas” (Isaías 10:5-6).
Apreende-se que Senaqueribe, apesar da inteligência e do poder bélico de que dispunha, não passava de um simples instrumento nas mãos de Deus, por meio do qual exercia o julgamento dos povos que ousavam manter suas práticas imorais e profanas.
Deus prometeu punir o soberbo monarca, mas só depois que este cumprisse o propósito divino: “Por isso, acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a Sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então castigarei o fruto da arrogante grandeza do coração do rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos” (Isaías 10: 12).
Mais adiante, no mesmo texto, Deus faz a seguinte pergunta ao arrogante rei, na qual é perceptível o tom irônico: “Porventura gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele, ou presumirá a serra contra o que puxa por ela, como se o cajado movesse aos que o levantam, ou a vara levantasse como não sendo pau?” (Isaías 10: 15).
Outra passagem da Bíblia que confirma a tese de que Deus controla o curso da história é Romanos 13: 1-7. Nela, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, afirma que “não ha autoridade que não proceda de Deus” (v.1). Afirma ainda: “Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus” (v.2). A queda ou a ascensão de um governante vem do Rei dos reis e Senhor dos senhores. É pura tolice, portanto, opor-se aos desígnios de dEle.
Existem centenas de outras passagens na Bíblia que ratificam a tese da soberania de Deus. Mas, por falta de espaço, vou citar apenas mais uma: “E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis […]”. (Daniel 2:21).
O contexto fala da interpretação do sonho do rei Nabucodonosor (504-562 a.C), rei da Babilônia, o mais poderoso de todos os imperadores da Antiguidade. Daniel, um dos exilados judeus, por revelação divina, mostrou ao rei que as partes da grande estátua com a qual sonhara representavam os impérios mundiais que se sucederiam: o Babilônico, o Medo-Persa, o Grego e o Romano.
Os registros bíblicos, ratificados pela História, testemunham que os fatos históricos não ocorrem por acaso. Deus está no controle, e tudo convergirá para um fim predeterminado por Ele. “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus […].” (Salmo 46:10).
*Professor e revisor de textos E-mail:[email protected] ——————————————–
Deveres humanos – Vera Sábio*Todos de acordo com seu senso crítico e do que acha que lhes é devido, buscamos timidamente ou explosivamente os nossos direitos. Porém, muito pouco é sugerido a respeito dos nossos deveres. O maior dever de uma pessoa é simplesmente ser humano. Pois ser é além de qualquer ter, é um verbo intrínseco, só o conjuga quem o possui.
Eis a questão que teimo em discutir por aqui e em outros locais. Empatia; afinal, esta empatia lhes permite entender que seu direito acaba onde começa o direito dos outros, que você pode se colocar no lugar do outro e entender suas limitações, suas quedas e suas conquistas, para depois de muita análise, ser capaz de algum julgamento.
O que por vezes ocorre são pessoas em locais errados, sem capacidades de não pegar para si as atitudes coletivas e se colocar neutro até maiores estudos e informações. Todavia, por paixões impulsivas se constituem acima das verdades e, com suas opiniões desenformadas, burlam o direito que o outro tem em pensar e se manifestar diferente.
Irei para a Conferência Nacional dos Direitos Humanos, e espero mesmo que estejam nesta discussão de propostas, a respeito da melhoria dos direitos humanos do nosso país, pessoas sem sentimentos partidários e com aberturas para ideias divergentes das deles, em prol do desejo maior em que os verdadeiros direitos de todos sejam respeitados e cumpridos.
Afinal, estamos em um período crítico na história do país, e já tive em desrespeito a minha pessoa a gentil sugestão que, embora eu seja uma delegada eleita pela Conferência Estadual dos Direitos Humanos, não fosse à nacional se não estivesse disposta a compactuar a ideia petista em que colocam a vontade dos 367 deputados federais e da maioria da população como sendo um golpe.
Não estaremos em Brasília para apoiar ou não apoiar qualquer que seja o político, estaremos para defender os direitos básicos dos cidadãos, estaremos para garantir mais saúde, mais educação, melhor qualidade de vida, menos marginalidade e menos preconceito. Enfim, estaremos lá também para mostrar que Roraima tem suas necessidades e quer seus direitos, pois cumpre os seus deveres.
Portanto, antes de querer qualquer direito, cumpra realmente os deveres de ser honesto, de ser íntegro, de fazer o bem e de respeitar o próximo, pois tudo que se planta chegará o dia em que será colhido.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: (95) 991687731————————————–
Uma corda no abismo – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O homem é uma corda estendida entre o animal e o super-homem: uma corda sobre o abismo”. (Friedrich Nietzsche)O dia trinta de abril sempre me leva a reflexões sobre a vida. Fico passeando pela minha vida já vivida, pendurado na corda dos acontecimentos. Levantei-me fui até a janela, olhei o movimento na rua lá embaixo e o céu escurecido, lá encima. Voltei, sentei-me e deixei os pensamentos voarem. Lembrei-me da infância, da adolescência, juventude; e o resto é com você. Foram coisas boas com as quais vivi e coisas ruins com as quais aprendi a viver. O tempo nublado lembrou-me o pantanal mato-grossense, onde numa aventura inusitada fiquei “perdido”, durante três meses, sem condições nem mesmo de dar notícias à dona Salete, no Rio de Janeiro, nem à minha família em São Paulo. Sorri pra dedéu pensando nisso.
Depois daquela aventura desgarrada houve outras, encerrando a tarefa na minha saída, há trinta e cinco anos, do Rio de Janeiro para Roraima. E não é que colou? Dessa vez deu certo. Novamente sorri e resolvi sair por aí, dando uma caminhada pelas ruas frias de Sampa. Ainda no elevador pensei se sairia para o lado divino ou para o profano. Resolvi decidir isso diante do Museu da Justiça. Deu certo. Logo que saí pela portaria do prédio dei de cara com um cara sentado na calçada de uma loja. Quando me aproximei ele gritou:
– Oi, tiozão!!! Solta aí uma grana?!
Levantei o polegar, e segui. Saí sorrindo e pensando que até teria soltado dez centavos, se ele tivesse me chamado de tiozinho, e não tiozão. E nessas reflexões saio sorrindo pelas ruas, independentemente do que o pessoal pode pensar de meu sorriso. Aí lembrei-me do dia em que eu ia saindo pela portaria e o caminhão do lixo ia passando, exatamente quando eu saía. Dei um pulo para trás e fechei a porta da portaria. O porteiro riu e perguntou?
– Qui foi seu Afonso?! O senhor tem medo de caminhão de lixo?
Sorri e continuei minha caminhada. Mas logo me lembrei do dia em que, em Boa Vista, eu cheguei a casa e a dona Salete estava dando uma geral na limpeza da casa. Quando eu entrei, percebi logo que ela estava mal-humorada. Quando cheguei à sala, ela gritou lá do quarto:
– Não venha pra cá não, porque eu tô juntando tudo quanto é porcaria velha e jogando no lixo!
Dei um pulo pra trás e me mandei. Só voltei quando percebi que a faxina tinha terminado. Eu, hem? Continuei como um tonto pela rua, mas logo voltei pra curtir o trinta de abril com tranquilidade. Mas logo minhas irmãs nos ligaram para irmos festejar com elas. Estamos indo e vai ser mais uma aventura legal pra dedéu. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460