Opinião

Opiniao 30 09 2014 90

Haverá uma luz? – Walber Aguiar* Formigas que trafegam sem por quê?…                                                                     Raul Seixas Era o dia 23 de novembro de 1963. Três acidentes, três mortes, três ilustres personagens da história humana. C.S. Lewis, autor de crônicas de Nárnia, era um deles. Cristão convicto e defensor de assuntos apologéticos. John F. Kennedy, humanista cristão. Por último, Aldous Huxley, um panteísta oriental. Encontram-se em algum lugar e conversam demoradamente sobre as afirmações de Stephen Hawking. Ora, se não há nada além do que vivemos, um espaço além do muro de concreto da realidade, uma gota d’água no fim desse deserto existencial, então vivemos a esmo, sem nada que nos espere ou gere em nós alguma expectativa. A conversa sobre algum sentido gira em torno de Deus, de uma energia cósmica, no entender de Einstein, ou o infinito pessoal, no entender de Caio Fábio; ou ainda uma força que rege e controla todas as coisas de forma soberana, na perspectiva do povo, do senso comum, daqueles que não conseguem viver sem acreditar em algo que nos cerque e nos ilumine. Basicamente, foi esse o diálogo das três pessoas que morreram no mesmo dia, vítimas de acidentes e eventos trágicos.  Foram muito além da afirmação de um físico famoso, mas inerte, inteligente, mas impotente diante de assuntos acerca dos quais ele não tem nenhuma explicação a dar. Isso, pelo fato de Deus não caber num tubo de ensaio, num templo sem vida ou numa casca de noz. Nessa tentativa de diagnosticar o futuro, o físico lança mais luz e polêmica sobre o assunto. Isso porque ele consegue despertar, inclusive o senso comum, onde o homem médio, de inteligência mediana, também mergulhe nesse universo aparentemente mudo, frio e assustador. Lewis é mais socrático, por questionar sempre e não tentar definir questões que parecem irrespondiíveis. Kennedy puxa brasa pra sardinha dos religiosos que, através da solidariedade, aproximam-se do ser humano com a intenção de justificar as boas obras, a religião dos frutos da terra, a espiritualidade de Caim. Aquela que tenta fazer algo pra Deus, de forma que a justificação se revele no esforço religioso. Aldous Huxley se vale do panteísmo oriental, ao fundamentar suas questões no fato de que Deus está em tudo e tudo está em Deus. O bom e o mais importante, é que depois de toda esses argumentos, em que alguém sempre contesta, os três, depois de arrazoarem sobre Deus, a bíblia, a verdade encarnada no Jesus histórico e  a vida após a morte,  conseguiram enxergar uma luz que brilhava intensamente. Infelizmente, Stephens Hawkins, um gênio da física, mesmo brilhando em sua inteligência inerte, faz opção por viver num mundo sem sentido, no caminho escuro, vazio e desesperador do niilismo… *Advogado, poeta, professor de filosofia, historiador e membro da Academia Roraimense de Letras [email protected]       ——————————————————–   A salvação é pela fé e não pelas obras – Marlene de Andrade*   A salvação eterna se dá pela fé em Jesus e isto é Graça, presente de Deus. No pacote da salvação, a fé inclui arrependimento genuíno, obediência sincera e profunda fidelidade a Deus. Essa questão é tão importante que motivou a reforma do cristianismo através de Martinho Lutero, pois ele entendeu, por divina revelação, que o Corpo de Cristo, a Igreja, estava sendo edificado através de pecadores indignos, que nada podiam fazer por si mesmo, mas que eram salvos pela Graça Redentora do Senhor Jesus e não através de obras. Portanto, ir a cultos, fazer campanha de oração, jejuar, falar em línguas estranhas, ir para um monte orar não salvam ninguém. Ajudar ao próximo também não nos salva da condenação eterna. A salvação se dá somente pela fé em Jesus Cristo e não através das nossas obras. Todavia, Tiago assevera que a fé sem obras é morta, e aí? O sacrifício vicário de Jesus é quem nos salva e nós cremos nisto pela fé. Essa fé testifica automaticamente a metamorfose que ocorre em nossas vidas quando aceitamos Jesus como nosso Salvador. Então como conseguiremos praticar essas tais boas obras se nossa essência é pecaminosa? Passamos a praticar boas obras como consequência da transformação que ocorre em nossas vidas. A pessoa que recebe Jesus é transformada profundamente, a ponto, por exemplo, de acordar de madrugada para socorrer alguém, em uma emergência, seja essa pessoa quem for, até mesmo um desafeto, ou algo semelhante. Quando aceitamos Jesus Cristo é como se ficássemos monitorados e plugados em um dispositivo de alerta 24h por dia. Esse alerta realça, em nossas vidas, o amor ágape, também denominado de amor incondicional. Ele atua dentro da nossa alma e nos impulsiona a caminhar sempre e cada vez mais em retidão. A salvação através de Jesus Cristo nos vai aperfeiçoando dia após dia. Esse aperfeiçoamento não ocorre com todos, pois o joio não passa por essa metamorfose. A Igreja, Corpo de Cristo, o qual somos nós, outrora pecadores contumazes são edificados diariamente e salvos pela fé em Jesus Cristo. Sendo assim, nosso caráter corruptível vai sendo moldado a cada dia quando recebemos Jesus como nosso Salvador. Então viramos “santinhos”? Claro que não, pois a estatura de varoas e varões perfeitos é um trabalho em parceria com o Espírito Santo a longo, longo prazo. As religiões ensinam que o homem precisa praticar boas obras para ser salvo, porém é o inverso que ocorre, ou seja, realizamos boas obras porque já fomos salvos por Jesus Cristo, através do Seu Sacrifício, lá na Cruz do Calvário.  “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus’. (Efésios 2:8). *Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT Facebook/marlene.de.andrade47 ————————————————— Mude de rota – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Se você acha que pode você está certo. Se acha que não pode, está igualmente certo”. (Henry Ford) Por que será que demoramos tanto a entender o que realmente somos? Todos os dias, estamos aprendendo coisas que nos levam à frente. E muitas vezes jogamos tudo fora por não acreditar que fomos capazes. Acredite, mas isso acontece mesmo. Estamos vivendo uma violência desmedida, no mundo todo. O que indica que somos todos iguais nas diferenças. Somos todos seres humanos que ainda não aprenderam a ser humano. É impressionante e desesperador, o estardalhaço que a mídia nacional brasileira faz, em torno da violência. E continuamos atacando o inimigo pelo lado errado. O que nos leva a uma tremenda e desesperadora crise de autoridade. Os exemplos estão aí, a toda hora, que nos deixam envergonhados, quando somos capazes de ver o que acontece. Você acredita que você é o que você pensa? Acredita que o reino de Deus está dentro de você? Se não acredita, tudo bem. Continue acreditando no vendaval inútil das notícias televisivas e vá em frente. Só que você deveria prestar mais atenção ao fato de você estar se levando na piroga do descontrole. A sociedade está naufragando no lamaçal do descontrole emocional. Em 1999 tive que ir para São Paulo, cuidar do meu filho que acabara de ser afetado pela ELA. No dia em que cheguei a Sampa, li na manchete de primeira página de um dos maiores jornais paulistanos: “Mônica Bonfiglio declarou, em entrevista, que não usa fechaduras nas portas do seu apartamento”. Decepcionei-me com um jornal que sempre admirei. Qual foi a intenção do jornal, não sei; mas imagino o mal que ele poderia causar a Mônica, anunciando em manchete de primeira página o que deveria ser comentado na entrevista. Vamos dar menos importância aos alardes midiáticos. Se eu morasse sozinho, faria o que a Mônica faz. Mas tenho uma família que não pensa como eu penso. Nem poderia. E por isso tenho que manter cadeados nas portas da casa, dois cães no quintal e um pit bull lá na frente. E respeito o pensamento da família. Ela vive associada aos comportamentos naturais da sociedade. Assim como eu vivo. Quer uma sugestão escudada na experiência que já vivi nos momentos mais difíceis de minha vida? Seja você mesmo. Não mude o rumo de sua vida, influenciado pelos pensamentos dos outros. Na verdade, a vida só é ruim para quem não sabe viver. E todo o poder da vida está em nosso cérebro. Quando sabemos o que queremos, obtemos o que queremos. O segredo está em pensarmos firmemente no que queremos e não no que não queremos. Pense na saúde e não na doença. Pense nisso. *Articulista [email protected]     9121-1460 ———————————————— ESPAÇO DO LEITOR POEIRA Um leitor, que pediu para não ser identificado, reclamou do veículo da prefeitura que faz a limpeza das ruas e avenidas. Ele afirma que o caminhão “suga a sujeira do chão e solta a poeira no ar”. “A Prefeitura de Boa Vista está jogando poeira em cima de nossas casas. Isso é um absurdo. Não sei se por falta de capacidade dos operadores ou por ineficiência do equipamento. O fato é que nossas casas, no bairro Centenário, próximas à avenida, estão ficando tapadas na poeira; nossas roupas no varal, imundas. Por favor, façam alguma coisa”, comentou. VENEZUELA “Eu, eventualmente, visito a cidade de Santa Elena como forma de fugir do calor. Fora isso, com raras exceções, não vejo razões que justifiquem uma ida àquela localidade bolivariana”, escreveu Abílio Monção sobre o decreto presidencial venezuelano que proíbe exportação de produtos. DESABAFO 1 A leitora B. C. fez um desabafo na página da Folha no Facebook: “Vejo essas mazelas acontecendo e ninguém toma uma providência. Daqui a poucos dias cairão no esquecimento. Pior foi ver minha mãe, que é professora de carreira, ser demitida da Prefeitura de Boa Vista por acúmulo de cargo. Ela juntava dois salários miseráveis para sobrevivermos”. DESABAFO 2 “Um dia, simplesmente por perseguição, uma covarde joga em cima dela um Diário Oficial em que constava sua demissão e reuniu todos os professores para comunicar o ocorrido. Meu irmão estudava nessa mesma escola. Depois do infeliz comentário da gestora, ele começou a sofrer os piores constrangimentos dentro da escola, como fazer as necessidades fisiológicas nas roupas, com medo de encontrar a pessoa que supostamente expulsou nossa mãe e que iria fazer o mesmo com ele, como diziam os coleguinhas”, continuou a leitora. DESABAFO 3 “Convivi e estou convivendo com minha mãe correndo de um lado para outro para proteger meu irmão. A Delegacia da Infância e Juventude e um médico da maternidade encaminharam meu irmão para acompanhamento psicológico. Não é para ficar revoltado em ver uma criança de 7 anos sofrer tudo isso? A gestora fez a transferência de escola do meu irmão com o único intuito de prejudicar mais ainda minha mãe”, concluiu.