Opinião
Opiniao 30 10 2014 216
A mudança foi para melhor? – Vera Sábio* Fico feliz em saber que nosso Estado mostrou nestas eleições que está cansado de continuar sob o domínio de uma família que há anos manda e desmanda neste lugar. Porém, teremos no comando da máquina governamental outra família que por aqui já passou, e mostrou que o povo a quis de volta. Não entendo muito de política, mas resolvi fazer uma comparação com um trem, onde a máquina deve ser comandada por um maquinista que precisa saber a fundo como anda a engrenagem de todos os vagões, e quais destes vagões devem ser consertados, remanejados, ou mesmo excluídos. pois não transporta nada de relevante para o progresso de nossa gente. Temos vagões, ou sejam. secretarias que simplesmente servem para manter um curral eleitoral, muitos cargos comissionados e interesses daqueles que lá estão. Porém, nada de útil fazem em prol da sociedade, devendo ser extintas. Temos também os secretários tampa buracos que por anos e anos vivem para preencher os trilhos, mas sabemos da sua incompetência, servindo de “cala boca”, constantemente remanejados e de nada contribuem na melhoria de onde estão lotados. Desta forma, percebe-se que não é apenas a locomotiva que permite o bom funcionamento do trem, mas sim todos que são comandados pelo maquinista e estão nos trilhos deste trem. A torcida agora é que a governadora tenha punho forte para retirar velhas cadeiras, reformular várias secretarias e não apenas fazer danças de cadeiras, onde somente são mudados os vagões de lugar, mas a ferrugem e vícios das engrenagens continuam nos mesmos “rostos”. Precisamos de sangue novo, pois desejamos uma educação de qualidade, uma saúde rápida e salvadora de vidas, uma segurança que nos permita ir e vir com liberdade e sem medo, onde haja acessibilidade e inclusão social, tendo a capacidade de olhar as pessoas com deficiência como cidadãs dignas e cheias de possibilidades de progredir, se lhes derem oportunidades e capacitações necessárias. Queremos um Estado promissor, onde cada vez mais podemos repetir que esta mudança foi para melhor e que a esperança, a partilha, o progresso e o voto foram realmente certeiros… *Psicóloga, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/04509 [email protected] Cel.: 91687731 ———————————————————– Consciência e cidadania para um Brasil mais limpo – Ariovaldo Caodaglio* A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em agosto de 2010 (Lei nº 12.305), tem dois eixos principais, que são o fim dos lixões e a implantação da Logística Reversa, esta voltada a equacionar o destino final dos restos do consumo, incluindo eletrônicos, lâmpadas, pneus e baterias. Independentemente do atraso no cronograma de implementação dos projetos, que precisam ser agilizados, há algo crucial, mais importante até mesmo do que as ações do poder público: a consciência da sociedade quanto à atitude de cada indivíduo, família, condomínio e empresa para a consolidação de uma nova cultura no trato da questão dos resíduos sólidos. É premente que todos entendam, como princípio fundamental, a necessidade de, por um lado, não sujar o ambiente urbano e, de outro, dispor todo o lixo produzido de modo ambientalmente correto. Esse avanço implica mudança de hábitos de todas as pessoas, em casa, na escola e no trabalho. Tais posturas cívicas e comportamentais são decisivas para que nossas cidades fiquem mais limpas. Em primeiro lugar, é necessário rever o anacrônico conceito de que a sociedade paga impostos ao setor público para que este limpe as ruas e as cidades e se encarregue de coletar, transportar e dar destino final aos resíduos sólidos. Já passou da hora de avançarmos para um conceito mais contemporâneo de que é responsabilidade de cada um não sujar as ruas nas quais transita e a cidade na qual vive. Do mesmo modo, efetuar corretamente a deposição do lixo para a coleta é um compromisso de cada residência, condomínio, empresa, escola e instituição pública ou privada. Cada pessoa deve ser um agente proativo do processo e não mais um usuário reativo do trabalho dos serviços de limpeza, varrição e coleta do lixo produzido pela sociedade. Todos devem comprometer-se com a meta de que o Brasil tenha cidades mais limpas e um habitat humano mais saudável e agradável. Qualidade ambiental é uma responsabilidade de todos. O mesmo raciocínio aplica-se à questão da logística reversa, que objetiva dar solução adequada aos produtos no final de sua vida útil. Esse item da Política Nacional de Resíduos Sólidos é o que define a responsabilidade compartilhada das distintas cadeias de suprimentos e da sociedade quanto à restituição, reaproveitamento, reciclagem ou destinação final ecologicamente correta dos bens de consumo e suas embalagens. Porém, por mais eficazes que sejam as estruturas de coleta seletiva, estratégias e programas de devolução em pontos de venda e centros de recepção das indústrias e importadores, nada será viável sem a participação e engajamento da população. Isso é fundamental para o Brasil vencer o grande desafio da salubridade ambiental e qualidade da vida. No enfrentamento desse problema urbano, é necessária sinergia entre indústrias/importadores, distribuidores, comércio e consumidores brasileiros. Todo cidadão deve sentir-se participante e responsável. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente e ao de Cidades coordenar os Grupos Técnicos Temáticos encarregados de desenvolver modelos, normas e procedimentos para a logística reversa, para que se costurem acordos setoriais e se cumpra a legislação. Nada, contudo, será factível se cada cidadão não participar, com adequado comportamento quanto à coleta seletiva, ou na devolução dos rejeitos nos postos de coleta das respectivas cadeias produtivas. Como se observa, civismo e educação ambiental são elementos imprescindíveis para que a Política Nacional de Resíduos Sólidos tenha êxito. Ao fazer a sua parte e dar o exemplo, a sociedade também ganha mais força política para cobrar o poder público municipal, estadual e federal quanto à execução dos projetos e recuperação dos atrasos. Consciência, portanto, é o paradigma basilar da salubridade ambiental urbana! *Cientista social, biólogo, estatístico e pós-graduado em meio ambiente, é presidente do Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo) ———————————————————- Não dá pra ignorar – Afonso Rodrigues de Oliveira* “A política tira a metade do espírito, a metade do bom senso, três quartos da bondade, e certamente todo o repouso e a felicidade” (Joubert) O Brasil está vivendo, e faz muito tempo, um verdadeiro redemoinho político. E tudo por falta de preparo político. Nos estados, vemos o alvoroço do despreparo, invadindo as mentes despreparadas. E tudo se resume num verdadeiro carrossel de crise de poder. Tanto política quanto administrativamente, o que leva à vereda da desorganização. A política entra no campo desordenado da euforia. E onde a euforia dança, salienta-se o despreparo. Que é o que estamos vendo por aqui. E o pior é que enquanto rimos e vibramos com resultados sem resultado, não percebemos a desordem que nos rodeia na gangorra da incompetência. Como você está vendo essa desordem na Penitenciária Agrícola? Não sou técnico nem conhecedor da tecnologia, por isso fico encabulado quando não nos tocamos para coisas simples, como: como foi que o pessoal conseguiu camuflar toda essa quantidade de entulho que saiu das escavações do túnel? Como foi que ninguém viu? Estamos vivendo um dos momentos mais ridículos da nossa política. E será que vamos melhorar a tempo de sermos reconhecidos como um país realmente civilizado? Estamos perdendo espaço entre os países desenvolvidos e que começavam a nos dar crédito. Vamos aprender com nossos erros? Faz tempo que vimos errando e ainda não aprendemos com os próprios erros. Os vexames continuam a nos ridicularizar sem nos sentirmos ridículos. A Itália não nos mandou o cara de volta porque não temos cadeias dignas para ele. Nosso sistema prisional está num estado tão ridículo que não consegue manter os grandes contraventores da política, na prisão. Eles têm que ficar “presos” nas suas próprias casas. E o bandido não político que se dane. Desculpem-me pelo elementar do assunto, hoje, mas é que estou muito preocupado com os resultados das últimas eleições. Sinto que vamos pagar um preço muito além do que já vimos pagando, há décadas. Mas não nos esqueçamos de que, “Todo povo tem o governo que merece”. E se é assim, vamos nos educar, enquanto cidadãos, para que possamos ser cidadãos de fato. E não conseguiremos isso, enquanto continuarmos vendendo a vergonha na compra dos votos. Ou nos respeitamos ou não seremos respeitados. Nem pelos políticos que não se respeitam nem por nós mesmos. Qual foi seu critério para eleger seu candidato? Ainda não encontrei quem me desse uma resposta satisfatória. “O que um príncipe aprende melhor é a equitação, porque o seu cavalo não o lisonjeia”. (Plutarco) pense nisso. *Articulista [email protected] 9121-1460 ———————————————————– ESPAÇO DO LEITOR TELEFONIA1 O leitor identificado como Hoffmam denunciou a demora para instalação de uma linha telefônica e de internet em sua casa. “No dia 14 de abril deste ano, fui até a loja da Oi com intuito de adquirir um plano de internet que estaria sendo oferecido com valor promocional para contratações até a Copa do Mundo. No entanto, fui obrigado a adquirir também a linha telefônica, sendo informado pela atendente que a internet só seria instalada mediante previa instalação da linha telefônica (constituindo venda casada). O telefone fora instalado somente no dia 28 de maio, com prazo muito maior que os já absurdos 30 dias informados pela atendente”, relatou. TELEFONIA 2 Após a instalação do telefone, Hoffmam se dirigiu-se à loja da Oi informando que a linha telefônica já havia sido instalada e que providenciassem a instalação da internet. A instalação foi agendada cinco vezes entre junho e julho e nunca foi cumprida. “Indignando com a situação, ajuizei ação no Juizado Especial da Capital pleiteando danos morais e a imediata instalação do serviço de internet”, afirmou. TELEFONIA 3 “Logo, o pedido liminar de instalação da internet foi de pronto deferido pelo juiz do caso, estipulando inclusive multa diária pelo não cumprimento. De forma descabida, a operadora não cumpriu a liminar judicial, vindo a propor na audiência de conciliação, no dia 24 de setembro, um acordo financeiro e a instalação do serviço de internet em 15 dias úteis, prazo este expirado no dia 15 de outubro. Compareci ao Juizado Especial para retirada do alvará para recebimento do valor acordado tendo que entrar com requerimento para cumprimento do acordo. Porém, na terça (28), depois de seis meses, a internet foi instalada. É fato que, assim como a mim, esta operadora vem lesando os consumidores do Estado, sendo um completo absurdo ter que adquirir um produto para ter outro e ainda entrar em juízo para que um serviço contratado seja instalado”, concluiu. NOVO GOVERNO Para o internauta Gerson Castro, o novo governo tem grandes desafios. “Estruturar o Estado, o Zoneamento Ecológico Econômico, erradicar a febre aftosa, ter energia confiável, com a integração de usinas e conclusão das obras de Jatapu, concluir a estrada Brasil-Guiana, visando à exportação, fomentar a Zona de Processamento de Exportação. Outro grande desafio é reajuntar as instituições públicas”, opinou.