Vencer ou não Vencer, Eis a Questão
Ádria Jenkins*
Em todo o Brasil, os candidatos, batalharam muito fazendo suas campanhas para vencer o desafio dessa eleição 2018. Candidatos à Presidência, Senado, Deputado Federal, Estadual.
A infindável lista de promessas, enumeradas por eles veiculada pela mídia, eram pronunciadas com expressão ansiosa ou calma, sorriso desenhado ou espontâneo, voz alterada ou estável e alguns com o dedo apontando em direção ao povo: eu farei isso e aquilo. Eu farei, eu farei… Não se ouvia NÓS OU VAMOS FAZER JUNTOS.
Não se ouviu falar que os governantes iriam lutar para:
Divulgar, oficialmente, todos os meses, o montante das arrecadações estadual e federal, os repasses federais e para onde o total desses valores será aplicado; Não aceitar propinas no Governo; Intensificar a Política de Prevenção do assédio sexual para as escolas públicas e privadas, desenvolvendo-as em colaboração com funcionários, alunos, pais ou cuidadores e a comunidade escolar em geral. Intensificar o ensino religioso nas escolas; Projetos para desenvolver o controle da pornografia pela internet que estão desvirtuando as crianças, adolescentes, jovens, adultos e desfazendo famílias; Desenvolvimento de Projetos para Sistema Penitenciário e controle da violência com programas de educação, cursos profissionalizantes e trabalho produtivo, de agricultura e outras obras; Proteger urgente as fronteiras e ilhas do Brasil.
É sabido que durante as guerras revolucionárias na França, a partir de 1792, os revolucionários jacobinos (Guerra do Terror) que tinham posições radicais e esquerdistas, eram inclinados ao ateísmo. O estudo bíblico foi banido (H. L. Hastings). Foi um período de dificuldade, violência, suicídios, mortes, filhos fora do matrimônio, bebês encontrados em esgotos, etc. A França decaiu pela incapacidade das pessoas que não tinham discernimento moral e cristão (Balbach, Alfons. Você pode ser um Vencedor, 2013).
É claro que o Brasil é diferente da França. Mas hoje, parece que a maioria das pessoas não vive a palavra de Deus. Seria maravilhoso votarmos e elegermos políticos honestos, com atitudes íntegras. Não bastaria promover leis e decretos justos. Praticar, aprender e ensinar a justiça deveria ser uma das razões de cada um de nós.
Todos os candidatos queriam vencer. Muitas propostas são boas, mas não se faz nada sozinho, o Governo é um sistema que nos incluímos, votamos pela comunidade, pelo nosso país.
Ainda há tempo para mudar, intensificar um novo rumo para a nossa nação. Eu acredito no Brasil.
*Jornalista e Escritora
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Um brinde ao desejo
Walber Aguiar*
“Amamos mais o desejo do que o ser desejado” (Nietzsche)
A noite cai sobre a cidade. Chega empurrando a barra do dia, esparramando seus cabelos negros pelo chão da vida. Todos se aquietam. Uns vão para o bar, cheios de inquietação, outros seguem para casa. Ainda outros continuam trabalhando. O desejo é palpável e caminha ao lado de cada um.
Ora, a noite tem seus cheiros, marcas e inevitáveis lembranças. Cheiro de sexo, de dinheiro, de pulsões e compulsões. E desejar é coisa muito perigosa. Mexe com o peito magoado, com a psique adoecida, com a alegria de se estar vivo e pulsante. Isso porque não somos amebas, seres assexuados, nem tampouco portadores do celibato forçoso. Se o sangue corre nas veias, o desejo corre pela mente, disposto a cravar as unhas, a sentir os aromas, a beijar a boca que se insinua doce e convidativa.
Somos natureza enquanto estamos nus, cheios de paixão e de loucura por aquilo que desejamos possuir. Sem sermos hipócritas, temos que aceitar o fato de que não somos adeptos da era vitoriana, do tempo em que o sexo era feito por cima da roupa, sendo visto como coisa do demônio, como concupiscência dos olhos e da carne.
Quando a noite cai sobre o palco da realidade, traz consigo o véu do desejo e as cortinas da sexualidade. Traz também o desejo incontido e irresponsável de sair “pegando geral”, sem distinção de cor, raça ou condição financeira. Tal desejo se revela doentio, pois não há limitação para o prazer, que pode ser a dor do outro. São os discípulos de Epicuro que entram em cena, dispostos a todo tipo de lambuzamento, quer do corpo, quer da alma.
A sombra da noite também revela o desejo sadio, a sexualidade sem culpa. Desejar é bom, conseguir o que se deseja é melhor ainda. Isso se dá pelo fato de que ninguém pode se esconder atrás da cultura, da imposição, da tirania social. O homem é um bicho enquanto envolvido pela lógica da natureza e seus naturais impulsos. Não dá pra negar o desejo, a vontade. Não dá pra fingir que não acontece conosco, que somos intocáveis diante da sensualidade. O falso moralismo e o legalismo de usos e costumes não servem pra nada diante da sensualidade.
Desejar é extremamente perigoso quando não queremos aceitar as implicações do desejo. É como despetalar a flor em botão e não deixar que ela se abra naturalmente. É como atiçar uma colmeia e não ter disposição para correr na hora das ferroadas. Daí o autor de Cantares recomendar que não se acorde o amor até que este o queira.
Temos que concordar com Nietzsche quando afirma que amamos mais o desejo que o ser desejado. Se o desejo não for encarado com responsabilidade acabamos por matar o ser que desejamos. Porque o desejo que sentimos ficará sempre conosco, egoisticamente, enquanto o objeto do desejo pode ser facilmente descartado.
A noite cai sobre a cidade. O desejo cai sobre cada um de nós. Resta saber o que vamos fazer com ele.
*Advogado, poeta, professor de filosofia, historiador e membro da Academia Roraimense de Letras. [email protected]
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Viva a democracia
Marlene de Andrade*
“Reconhece o Senhor em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas.” (Provérbios 3.6)
Bolsonaro foi eleito e essa vitória devemos a Deus em primeiro lugar e à Operação Lava Jato, pois ela abriu os olhos de todos nós que estávamos dormindo e alienados no contexto de um Brasil governado por corruptos, os quais mandavam e desmandavam em nosso país. Essa quadrilha, denunciada pela Dra. Janaína, Miguel Reale e Hélio Bicudo, foi de fundamental importância para o Brasil apoiado pela investigação da Polícia Federal visando apurar esse esquema terrível de lavagem de dinheiro, a qual movimentou bilhões de reais roubados dos nossos cofres públicos e mais a operação da Lava Jato, dirigida pelo Dr. Moro, foi o que nos fez acordar.
Essa operação prendeu alguns ladrões do erári
o, uma organização criminosa e nos faz entender o que estava ocorrendo em nosso país como: inúmeras fraudes, lavagem de dinheiro, obstrução da justiça e entre outros, assassinatos e tudo isso com o aval do STF. Estávamos vivendo num sistema de cleptocracia, entretanto acordamos e nos levantamos do berço expendido e isso graças em primeiro lugar ao nosso Deus todo Poderoso.
Evidentemente, que Bolsonaro não é perfeito, até porque nem um de nós o é, mas ele nesses seus 24 anos de mandato como parlamentar, nunca sujou suas mãos com roubos e corrupção e isso tem grande valor diante de Deus e de todos nós brasileiros que queremos viver em um país decentemente democrático.
Tomaram o poder político, todavia Deus fez justiça. Chega de cleptocracia manobrada por políticos corruptos, os quais institucionalizaram a corrupção como algo “normal”. Chega também de peculato e de uma justiça que muitas vezes, a exemplo do STF, invade o campo legislativo, a fim de defender bandidos, legislando em favor deles. O STF não tem a função de legislar e sim de ser a guardiã de nossa Constituição Federal. Nossa pátria brasileira tem que crescer dentro da ordem e do progresso. Creio firmemente que a impunidade acabará. Estávamos correndo o risco de nos tornarmos uma ditadura sem direito a nada. Queriam bloquear até o nosso WhatsApp. Que absurdo!
Não podemos nos esquecer de que o BNDES enviou muito dinheiro, para os países comunistas. Estamos com os nossos cofres públicos vazios, no entanto confio que tudo há de melhorar de agora em diante, pois até os corruptos que foram reeleitos vão ter que parar para pensar pelo menos duas vezes se o crime compensa.
Sei que Bolsonaro terá muitas dificuldades para governar e correrá sempre o risco de ser barbaramente assassinado, contudo creio também que as Forças Armadas vão cuidar muito bem do nosso capitão, agora Presidente do Brasil.
*Médica especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT
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Sei não?…
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“A mente é tudo, e tu te tornas aquilo que pensas”. (Buda)
Sempre que alguma coisa não está dando certo é porque há alguma coisa errada conosco. A coisa não está errada. Nós é que erramos fazendo a coisa. E você está errando quando não acredita nisso. Quase quinhentos anos antes de Cristo nascer, o Buda já sabia e pregava isso. Platão, nos passos do Sócrates nos alertou para isso. Com certeza, eles não estavam nem aí para o fato de você vir a acreditar nisso, dois mil e quinhentos anos depois. Foi escudado nesse pensamento que o Platão disse: “Tome conta de sua vida. Você pode fazer com ela o que quiser”. O diabo é que nem sempre, ou quase nunca, aprendemos a cuidar de nossas vidas. Até mesmo quando vivemos o que devemos viver, não sabemos viver. Parece cruel, mas é a verdade. Não fosse isso e não estaríamos mais por aqui aprendendo isso. Já pensou que um dia você pode ter passado pelo Platão e comentado: “Esse é o maluco que fica falando potoca?”
Sempre foi e sempre será assim. Não se apoquente. A Cultura Racional, a setentas e tantos anos nos alerta que a vida só é ruim pra quem não sabe viver. Sempre que ouvimos ou lemos isso, sorrimos e nos desligamos. Porque quem não sabe viver é quem não sabe tomar conta de sua vida. Era isso que o Platão dizia. E você não deve levar a vida que o Platão levava, nem ser um Platão da vida. Basta que você seja você mesmo ou você mesma, para saber cuidar de sua vida. A verdade é que é difícil pra dedéu, acreditar nisso. Preferimos acreditar que não é simples. Claro que é. As coisas sempre são simples. Nós é que as complicamos. As coisas simples nem sempre são fáceis. Facilidade e simplicidade não são sinônimos. São coisas diferentes com aparência de iguais. E é aí que a maioria de nós embarca na piroga furada.
Somos brasileiros. Adoramos, entre outras muitas coisas, carnaval, e o fazemos até na política. Mas, do que mais gostamos mesmo é dos feriadões. E aí vem mais um, para preguiçar, espreguiçar e pensar. E tomara que você não seja dos que se chocarão no que pensarão. Afinal já teremos os resultados de mais uma eleição. E pelo que vemos, nem todos estamos aptos a tomar conta de nossas vidas, para que a vivamos como ela deve ser vivida. Mas, seja qual for o desfecho, não se amofine e aprenda com o resultado. Todos nós somos responsáveis pelo que fazemos no que pensamos. Mas até lá, vamos refletir com moderação e responsabilidade. Nós somos o que pensamos, mas nem sempre somos o que pensamos que somos. A vida é um aprendizado permanente.
Pense nisso!
*Articulista
99121-1460