Um sonho de Liberdade – Lindomar Neves Bach*Ser livre é um estado de espírito. Esta é uma afirmação poética e até utópica que foge ao anseio geral da gente, falo por mim. Na medida exata do termo, queremos ser livres de fora pra dentro também, porque estamos presos a uma infinidade de coisas e sistemas, quase sempre involuntariamente.
O sistema secular impõe regras e costumes e pune quem as quebra. O eclesiástico da mesma forma. Somos moldados à revelia da nossa vontade, tendo que obedecer a essas regras sem questionar. Quando vejo pessoas conformadas com as migalhas do sistema, contentes com a mínima possibilidade de um agrado ou buscando furtivamente tirar proveito dos outros, sinto o quanto erramos no conceito de liberdade.
O que levanta a questão novamente: o que é realmente ser livre? De uma forma mais abrangente, é desprender-se do apego da ilusão de liberdade dentro do sistema. Ferrou! De uma forma mais específica é enlouquecer. Piorou!! É mergulhar no conhecimento do universo e de si mesmo e cobrar seu lugar ao sol. Desprender-se dos moldes impostos contra sua vontade, é ser artista, pensar por conta e fazer escolhas baseadas na consciência própria e coletiva, porque ser livre é ter acesso à liberdade de fato e de direito. Acho incrível que os indivíduos de mentes mais moldáveis são os jovens. Mimetizam qualquer expoente para serem aceitos como descolados e populares. Quando o certo seria trabalhar a própria forma e conteúdo livre de padrões enlatados do gueto ou from iuéssiêi…
O Ser livre não cabe nos implementos e organismos reguladores corrompidos do sistema secular, nem nas doutrinas farisaicas das entidades eclesiásticas promíscuas. Remete a um Cristo livre de padrões, pregando e vivendo o amor ao próximo. Coisa difícil de fazer entender num mundo cheio de gente perdida e pseudo-crentes que na verdade são ateus enrustidos. Falhos e arrogantes, desvirtuando o caminho e a verdade. Ser livre não é nadar em grana, acertar na Mega Sena acumulada. Nem conseguir viver de benefício social a vida toda. É, sim, considerar ter o bastante e saber que o outro também terá. É não ser oprimido como também saber que outro também não é. É ter voz e deixar o outro também tê-la. É ter a certeza de que o único limite, a única diferença entre você e seu próximo é o respeito pelas suas próprias escolhas.
*Artista plástico, cartunista, designer gráfico e escritor [email protected]———————————-A fragilidade humana – Vera Sábio*Diante a corrupção descarada, a ganância doentia e toda falta de ética, respeito, empatia e justiça, tão presente no mundo atual, reflito sobre nosso futuro: a morte. Tem gente que não gosta de falar de morte, de tristeza, de sofrimento, de doenças e tudo que mostra a fragilidade humana.
Pois, lhes afirmo que, falando ou não, gostando ou não, a realidade é que essas condições são inevitáveis e, nessas fragilidades. revelamos nossa essência de seres humanos, ou seja mortais. Já que não importa o tanto que possuímos, o quanto desviamos para contas pessoais, às vezes em que não nos importamos com a miséria daqueles que não possui o que temos, pois antes que nos demos conta, estaremos todos na mesma situação e voltando ao pó da terra, embora alguns serão cobertos de ouro.
A morte é implacável e não escolhe mais ricos ou mais pobres, mais bonitos ou mais feios, mais saudáveis ou mais debilitados. Ela revela o nível de igualdade que todos temos, mesmo que uns prepotentes se achem melhores do que outros.
O dinheiro pode comprar remédios e tratamentos, mas não consegue manter ninguém imune das doenças. O dinheiro pode comprar casas confortáveis, festas fartas de bebidas e comidas de boa qualidade, porém não consegue comprar sinceridade das amizades, paz e alegria interior.O dinheiro pode comprar prazeres diversos, liberdade de não ser punido pelos atos ilegais; todavia não compra amor, solidariedade e companhia desinteressada..
Enfim, o dinheiro pode comprar conhecimento, boas escolas e melhor educação, no entanto, não consegue comprar inteligência, empatia e existem muitos ricos mal-educados, que usam do poder aquisitivo para ultrapassarem a lei e a moral.
O dinheiro é útil para te fazer feliz, lhes fornecendo boas condições de gozar a vida, mas chega ao ponto de o dinheiro se tornar dono do indivíduo, e não o individuo dono dele fazendo-o escravo da própria riqueza, poupando doentiamente.
É triste pensar o quanto o dinheiro de poucos poderia fazer uma diferença enorme na vida de muitos que precisam somente de um pouco de dignidade para viverem melhor.
Precisamos nos libertar do egoísmo impregnado causado pela vontade de conquistar mais e mais, sem se preocupar o quanto esta má distribuição deixa uns tão pobres enquanto outros desnecessariamente ricos, visto que todos acabarão mortos. Todavia, esta riqueza te fará um bem enorme se souberes repartir.
Vivemos uma pressão constante e nunca houve tanto casos de ansiedade, depressões e doenças mentais como temos na atualidade. O mal de alzeimer. por exemplo, não escolhe pobres ou ricos, cultos ou analfabetos, etc.. Constituindo o número de mais ou menos 24,6 milhões de pessoas identificadas com esse mal, as quais perdem a capacidade de reconhecer os parentes mais próximos, de comer e tomar banho sozinhas, até chegarem ao ponto que não conseguirão nem mesmo respirar…
Observe o quanto somos frágeis. E tenha mais amor pelo ser do que pelo ter, pela honestidade do que pelas posses… Assim consigas viver muito mais do que enriquecer, amar bem mais do que ganhar, sorrir mais do que se preocupar, ter fé alem do que o que se constata através da ciência.
Conquistando com estas virtudes um bem enorme e intransferível: paz de espírito, consciência tranquila e muita felicidade. Enquanto há tempo, pois nossa única certeza é a morte.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/[email protected].: 991687731————————————Ainda não chegamos – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Somos o único caso de democracia que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram”. (Ministro Joaquim Babosa)Somos um país maravilhoso. Não podemos, nem devemos, ficar deitados na rede do conforto mental, sem fazer o que devemos fazer para sair deste marasmo intelectual. Quem assistiu à entrevista com o Ministro da Cultura, Juca Ferreira entendeu onde deveríamos estar, começando pela cultura. Porque cultura não é educação nem educação é cultura. O Ministro falou que está elaborando um encontro com o Ministro da Educação, para um entendimento sobre a relação da Cultura com a Educação. Puxa vida, não sou nenhum intelectual nem ministro, mas já falei disso por aqui um zilhão de vezes. Já riram de mim quando falei que deveríamos substituir o Ministério da Educação por um Ministério do Endino. Porque, para mim, a escola não educa, ensina. A educação a adquirimos na cultura.
Mas deixemos os blá blá blás pra lá e vamos falar de nós mesmos. Porque só seremos realmente um povo culto e civilizado quando entendermos o que somos. Somos responsáveis pelos nossos atos, nossas atitudes, com que edificamos nossa dignidade. E é com ela que formamos nosso caráter. A corrupção sempre foi uma característica do ser humano. Ela faz parte da nossa evolução. E são os não corruptos que devem combater a corrupção para não ter que combater os corruptos. Se se for falar dos desmandos e deslizes que corrompem nossa sociedade, vai sair um ambu no nosso papo. Mas preste atenção à fala do Joaquim Barbosa. Porque é o que estamos vendo na nossa política, como herança dos nossos antepassados. Até agora não mudamos nada, nem vamos mudar enquanto nós não mudarmos.
Vá pensando nisso para poder querer mudar nossos atuais quadros políticos. Não troque seu voto por um vale família. Levante sua cabeça e acredite no seu poder de ação. Ninguém é superior a você se você não se considerar inferior. Procure estar no degrau mais alto da escada sem menosprezar quem está no de baixo. Lembre-se do William James: “Você é tão rico ou tão pobre quanto o seu vizinho, senão não seria vizinho dele”. Somos iguais quando respeitamos as diferenças. Não desperdice seus voto e tempo com quem não os merece. Aproveite cada minuto de sua vida no aperfeiçoamento da sua cultura. E esta você a encontra na Universidade do Asfalto. Mas não a procure no asfalto da rua. Enriqueça-a enriquecendo o que vê. As coisas na vida nem sempre são como as vemos. As diferenças estão em como as vemos independentemente do que elas são. Aguce sua visão para o mundo que você quer. Pense nisso.
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ESPAÇO DO LEITOR AMAJARIProprietários de transporte escolar e professores da rede municipal de Amajari enviaram a seguinte denúncia: “Gostaríamos de relatar a inoperância no sistema de pagamento da Secretaria Municipal de Finanças de Amajari, que, até a presente data, não fez o pagamento dos proprietários de transporte escolar. E os professores da rede municipal estão há dois meses com salários atrasados. Já procuramos o secretário de Finanças e ele só diz que no momento ainda não tem previsão de pagamento. É um absurdo esta situação, já que os recursos são oriundos do Fundeb!”.ESPORTE Em relação à matéria sobre a prática de esportes na Vila Olímpica, o leitor Israel dos Anjos comentou: “Seria interessante que os responsáveis pelo espaço esportivo atendessem a população nos finais de semana com a abertura do local para caminhadas e corridas. Para quem trabalha durante a semana, o único tempo livre é aos sábados e domingos, oportunidade em que o complexo esportivo se encontra fechado”, disse.RESPOSTA 1Sobre a publicação da nota “Cosme e Silva”, na edição de quarta-feira, o Governo do Estado informou que o tempo de espera na Policlínica Cosme e Silva segue o Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) baseado em protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. “A unidade atendia a uma média mensal de 12 mil pessoas, no entanto, após as obras de melhoria na estrutura física e de pessoal, no mês de junho foram realizados quase 18 mil atendimentos”, frisou. RESPOSTA 2A nota afirma ainda que houve aumento no número de profissionais com a oferta de dois médicos plantonistas, além de melhora na estrutura física e na acomodação dos pacientes, gerando mais agilidade no atendimento. “O aumento no número de atendimento também se justifica pelo fato de a unidade receber a demanda da Atenção Básica, uma vez que a população relata dificuldades no acesso aos postos de saúde localizados ao redor da PCS”, complementou.