AFONSO RODRIGUES

Oriente-os, mas sem o dirigir

“Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. Embora vivam convosco, não vos pertencem”. (Gibran Khalil Gibran)

A época da palmatória já está bem distante. Não há como lembrá-la. Nem como substituí-la. Então vamos viver o presente preparando nossos filhos para o futuro deles. E por mais sábios que pensemos que somos, não somos capazes de imaginar como será o futuro dos nossos filhos. O tempo, embora haja quem diga que ele não passa, passa muito rápido. E o maior problema é que ele passa e nos leva. Então vamos nos preparar preparando nossos filhos para que eles estejam prontos para encarar o mundo quando o tempo nos levar. Mesmo porque, mesmo sabendo que iremos voltar, sabemos que muito provavelmente não nos reencontraremos com os filhos que deixamos. E melhor ainda é que preparemos nossos filhos para essa verdade, para eles não ficarem esperando por nós. Chega de chororô. Vamos viver as vidas, mesmo porque não sabemos quantas ainda serão.

Não sei se você notou, ou se está preparado para as diferenças nas comemorações religiosas. Você já imaginou como eram as comemorações de natal e páscoa, nos anos trintas? Quando no dia de ramos, as mulheres iam para a igreja com um feixe de ramos e flores para receber a cinza na testa? Mas vamos parar por aqui. O que importa e me chama a atenção, é que tudo está mudando, o que exige mudanças em nosso comportamento, não só religioso, mas social. O que importa mesmo é que saibamos viver com respeito às religiões, porque elas fazem parte da vida. E como somos todos responsáveis pela vida que temos, vamos respeitar a posição espiritual de cada um. Mesmo porque estamos todos na caminhada do progresso a regresso. Somos todos de origem racional. O que indica que ainda temos muito para trabalhar na perfeição da nossa racionalidade. Mas o problema é de cada um. O que nos leva à obrigação de procurar e caminhar pelo seu próprio caminho, desde que a direção aponte para o horizonte racional.

E não esquente a cabeça. Tudo vai dar certo, desde que respeitemos o direito de cada um, sem meter a colher no prato alheio. Cada um cuide de sua vida, na busca do caminho para a imunização racional. Estamos sobre este planeta Terra há vinte e uma eternidades. E não sabemos quantas eternidades e quantos dilúvios ainda viveremos por aqui. Mas o que importa mesmo é que cada um de nós tome consciência da sua responsabilidade pela melhoria do mundo em que vivemos. Vamos assumir a responsabilidade, fazendo sempre o melhor, no que devemos fazer. Pense nisso.

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