AFONSO RODRIGUES

Os bens sempre vencem

“Contados os bens e os males da política, os bens ainda são superiores”. (Machado de Assis)

Os bens sempre vencem

Não podemos nem devemos julgar os fatos, sem entender sobre o que estamos julgando. Que é o que acontece na maioria dos movimentos de protestos-de-ruas, sobretudo na política. O George Burns já disse: “Pena que todas as pessoas que sabem como governar o país estejam ocupadas a dirigir táxis ou cortar cabelos”. Mas, com certeza nenhuma entende de política. E porque não entendem, discutem. Porque quem entende no discute. Mesmo porque política não se discute, se faz. Se todos os políticos pensassem exatamente igual, não teríamos política nem políticos. A política faz parte do desenvolvimento, do progresso e, sobretudo das mudanças. E como não estamos satisfeitos com o desenvolvimento, vamos mudar a nós, eleitores, para melhorar a política capenga que estamos protestando. Mas primeiro precisamos ver se ela está realmente capenga. E se estiver, vamos cuidar de nós mesmos, porque somos nós eleitores os responsáveis pelos políticos que temos. E não os melhoraremos enquanto não entendermos de política.

A verdade é que nunca fomos e continuaremos não sendo educados politicamente. Ainda aplaudimos o candidato que nos promete o pãozinho de cada dia. E enquanto continuarmos elegendo candidatos que não entendem bulhufas de política, continuaremos analfabetos políticos. E continuaremos no cabresto da ignorância. Vamos lutar, mas na tranquilidade do saber. Vamos procurar reconhecer o nosso grau inferior na política e melhorar nosso comportamento, fazendo o melhor na nossa escolha, no candidato. Observe-o com parcimônia e respeito, tanto por ele quanto por nós eleitores, responsáveis pelos políticos que temos. Ainda temos bons políticos. Só não os conhecemos porque, por serem políticos não fazem espalhafatos no que fazem. Eles sabem que tudo que um político faz de bem é apenas parte do melhor que ele deve fazer. E isso é pura política.

Ainda não temos uma política à altura da nossa grandeza como eleitores merecedores da cidadania. Porque só seremos realmente cidadãos, quando formos respeitados e votarmos por dever e não por obrigação. O bom político sabe que na democracia não existe obrigação e sim dever. Atualmente não saímos de casa para votar por dever de cidadão, mas por obrigação de eleitor. O que torna nosso voto obrigatório e não facultativo. E o voto facultativo é honra para o eleitor cidadão. Vamos lutar pela nossa cidadania, lutando pela melhoria da nossa educação. Porque sem uma educação de fato e de direito, não seremos cidadãos respeitados. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460