OS CONFLITOS ÉTICOS DAS 48 LEIS DO PODER VIII
VENÇA POR SUAS ATITUDES, NÃO DISCUTA
Têm pessoas que passam a vida toda querendo ter razão. Discutem e tentam impor suas teorias de uma forma que passam a imagem de verdadeiros “Professores de Deus”, passando longe da humildade e ignorando o poder do convencimento. Muitas dessas pessoas, têm a capacidade de executar os próprios conceitos, mas ao invés de colocá-los em prática preferem o confronto e atraem a antipatia de muitos. Então pense que temos que escolher entre “ser feliz” e “ter razão”. Você escolhe!
No nosso artigo da semana vamos tratar de algo que defendo severamente. “Melhor do que jogar mil palavras ao vento, a melhor alternativa é agir e mostrar resultados na prática. O que muitos perdem tempo tentando explicar”.
O reconhecimento pessoal e profissional está ligado diretamente ao nosso comportamento e a forma como agimos frente aos mais diversos cenários. Na hora de um incêndio podemos escolher colocar mais gasolina no fogo ou buscar uma forma inteligente de apagá-lo e salvar as pessoas. Na hora de uma dificuldade podemos aumentar a fileira dos desesperados ou ficar do lado das pessoas que pensam e buscam soluções de forma assertiva.
Um tema tão atual. Já discutido e visualizado na prática nos anos de 131 a.C, e nos leva a necessidade de falar da nona lei do poder, de Robert Greene e fazer uma análise sobre o impacto do comportamento humano embasado nessa lei.
Lei nº 9 – Vença por suas atitudes, não discuta: Qualquer triunfo momentâneo que você tenha alcançado discutindo é na verdade uma vitória Pirro: o ressentimento e a má vontade que você desperta são mais fortes e permanentes do que qualquer mudança momentânea de opinião. É muito mais eficaz fazer os outros concordarem com você por suas atitudes, sem dizer uma palavra. Demonstre, não explique.
Vamos começar explicando o termo Vitória Pírrica ou Vitória de Pirro que é uma expressão utilizada para se referir a uma vitória obtida a alto preço e, que potencialmente, acarreta prejuízos irreparáveis ao vencedor. Podemos resumir na vitória com data de validade definida, onde as formas de obtenção dessa vitória pode deixar um passivo muito difícil de corrigir.
No mundo dos negócios temos pessoas que têm uma necessidade enorme de se fazer ouvidas, para isso até gritam, esperneiam e impõem as opiniões e técnicas. Muitas das vezes essas pessoas têm até razão, mas se perdem na forma de buscar o convencimento. Por esse motivo, essas pessoas ouvem com muita facilidade a frase: “meu amigo, manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Na realidade a busca pelo convencimento usando o lado da força, nunca foi e nunca será o melhor caminho. Para se convencer alguém você precisa, em primeiro lugar, saber fazer o que você cobra ou defende, em segundo, ter feito ou pelo menos, sua imagem está atrelada a algum legado positivo que o levem a ter uma percepção sua de uma imagem de excelência.
Temos que entender que as pessoas, no nosso mundo atual, cada vez mais tecnológico e menos humano, perderam a capacidade de ouvir e de investir o tempo em discussões proveitosas. Hoje, todas as discussões, ou pelo menos a maioria, é vista como verdadeiros “cabos de guerra”, onde nem sempre ganha é quem tem razão, já que as pessoas envolvidas estão imersas em problemas, estresses e egoísmos.
Pode parecer que estamos admitindo que o silêncio é a grande solução para esse momento vivido pelo mundo, mas não é. O que precisamos é mostrar aos “Professores de Deus” que seus conceitos e pré-conceitos podem ser mudados. As tarefas podem ter outras formas de fazê-las. A caçada ao tesouro pode ter mais de um caminho ou mapa. Enfim, que tudo na vida se faz com o diálogo, mas nos dias atuais, mais do que a conversar precisamos ter a capacidade de fazer e mostrar os resultados, pois o clima de desconfiança em relação ao ser humano, nunca esteve tão em alta como hoje.
Em ambientes onde a discussão é inevitável, escolha ouvir os gritos, argumente sempre de forma respeitosa, não insista com pessoas grosseiras e limitadas pois elas não irão lhe agregar nada. Não se permita deixar de mostrar – nesse momento – por meio de atitudes o seu ponto de vista, assim você estará sendo honesto com quem lhe paga e mais honesto ainda com você.
Na vida pessoal, estamos acostumados a ouvir a frase “Ser Feliz ou Ter Razão” e nos questionar sobre qual seria a melhor escolha. A maioria das pessoas que utiliza essa frase, o faz com o intuito de mostrar que é sempre melhor ser feliz, mas não é a felicidade pura e simples, mas sim admitir a importância de entender a essência e vivê-la na prática intensamente.
A felicidade pode ser traduzida como PAZ, quando deixamos os tolos e os soberbos se engalfinharem em guerras bestas, onde todos perdem e seguem ignorando que a lei da semeadura é uma regra divina e a verdade sempre vem a tona, como os bons exemplos, argumentos, educação, humildade e sabedoria.
Quando você se cala mediante o confronto, algo mágico acontece. Seu poder de ação se potencializa e você começa a querer provar para si mesmo, os próprios argumentos, o que o levará a conclusão de que esteja no caminho certo ou não.
O melhor caminho para que possamos transformar ameaças em oportunidades, pode estar apenas na forma como você vê o mundo. Quando você olha para uma quantidade de tijolos empilhados, você de bate pronto vai dizer que aquilo está ali para fazer uma obra, por exemplo: uma escola. Mas quando você olha com o olhar do coração e do conhecimento, esses mesmos tijolos podem representar a construção da possibilidade de mais pessoas terem acesso ao mundo, ao desenvolvimento, ao progresso e a dignidade através da educação. Sempre queira fazer parte de obras que ficarão como exemplo para todos. O mundo é um belo cenário, basta saber qual o melhor ângulo para observá-lo.
Fechando esse nosso nono artigo sobre as 48 LEIS DO PODER faria apenas algumas adaptações, baseada nos argumentos acima apresentados:
Vença por atitudes, exemplos e não perca tempo em discussões com tolos: Qualquer vitória alcançada no campo da discussão é passageira e deixa um passivo muitas vezes jamais solucionado. As discussões criam a má vontade que será sempre mais forte e permanente do que qualquer mudança momentânea de opinião. É muito mais eficaz fazer os outros concordarem com você por suas atitudes, gestos, sem dizer uma palavra. Quem sabe faz, quem não sabe manda. Não explique, faça.
Por: Weber Negreiros