JESSÉ SOUZA

Os parabéns pelos 134 anos acima da Linha do Equador e no meio do mundo  

Capital do Estado de Roraima, Boa Visa celebra hoje 134 anos de muita história que começou às margens do Rio Branco (Foto: Ed Andrade Jr)

A Capital de Roraima, Boa Vista, completa 134 anos neste 9 de julho de olho na migração venezuelana, diáspora esta que fez com a cidade registrasse o maior crescimento populacional em 12 anos entre as capitais brasileiras, proporcionalmente, conforme os dados do Censo Demográfico 2022, que apontou uma população de 413,4 mil habitantes, representando um aumento populacional de 45,4%, ou seja, que quase dobrou de 2010 a 2022.

Esse é o grande desafio renovado a cada ano, que é seguir absorvendo a migração em massa, sempre mantendo o padrão de uma Capital-Estado que concentra a maior parte da população com uma estrutura turística que orgulha o boa-vistense e surpreende os visitantes. As autoridades têm essa obrigação de seguir encarando os problemas cruciais que se apresentam.

O Turismo é essa força econômica que precisa se tornar uma pauta obrigatória, pois esse setor sempre exige maior investimento, a fim de garantir uma força econômica que gera emprego e renda, sempre cobrando dos administradores públicos o comprometimento em melhorar a infraestrutura da cidade, ação esta que é traduzida em garantir o bem-estar da população e de seus visitantes.

Não se pode discutir o futuro de Boa Vista sem pensar na força do Turismo como mola propulsora do desenvolvimento, pois o que setor turístico não exige nada mais do que aquilo que a população precisa para viver bem a fim de continuar morando em uma cidade acolhedora, experimentado um crescimento econômico junto com a qualidade de vida e a preservação da cultura.

Boa Vista transpira esse clima de acolhimento, bem planejada, com suas avenidas largas, com as famílias passeando nas praças públicas (algo que surpreende os turistas), parques e prédios históricos que se conectam com a história de uma Amazônia ainda desconhecida de muitos brasileiros.

O Berço Histórico de Boa Vista, a partir de onde a cidade nasceu, às margens do Rio Branco, que se conecta com a Praça do Centro Cívico, onde estão as sedes dos poderes constituídos, que por sua vez está interligada ao imenso Complexo Poliesportivo Ayrton Senna, é uma peculiaridade que permite à Capital roraimense uma realidade única em uma cidade amazônica no extremo norte.

É preciso que a população enxergue esse potencial turístico como um propósito maior de desenvolvimento, que permite novas fontes de renda, qualidade de vida, desenvolvimento social e econômico, bem como representa um fator de preservação de nossa cultura, sempre em um intenso intercâmbio com outras culturas que chegam não só a partir dos países vizinhos, mas de todos os estados brasileiros.

Por tudo o que se apresenta hoje, só resta dizer: parabéns, Boa Vista! O orgulho dos boa-vistenses é imenso diante da realidade reconhecida por todos de sermos um povo acolhedor e que se orgulha de morar em uma cidade encantadora, acima da Linha do Equador, cujos poetas locais declamam que estamos “no meio do mundo”.

*Colunista

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