Bom dia!“Tenho mais medo de três jornais do que de cem baionetas” – Napoleão BonaparteEXPLICAÇÃODe Roraima, dois investigados pela Operação Lava Jato, um parlamentar e um secretário estadual “importado”, tiveram que se explicar à Polícia Federal por que guardam tanto dinheiro em casa. Curiosamente, os dois disseram que recebem ajuda dos filhos e que não conseguem gastar mais do que recebem, gerando economia de seus salários, possibilitando, desta forma, a evolução de seus patrimônios. Eles prestaram depoimento nos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), que estão sob relatoria do ministro Teori Zavascki. PERDENDOUm dos ouvidos foi o senador Romero Jucá (PMDB), que explicou a respeito dos R$ 545 mil que ele guardava “debaixo do colchão”. Esse valor consta na declaração entregue à Justiça Eleitoral em 2010. O montante representou cerca de 89% do total do patrimônio declarado pelo senador naquele ano. Como não aplicou o dinheiro, como faria qualquer outro que não quer ver seu dinheiro corroído pela inflação, só em 2010 o senador deixou de ganhar R$ 37 mil. É mole?PATRIMÔNIOEm seu depoimento, Jucá alegou que “tais recursos são decorrentes do patrimônio adquirido ao longo dos anos e se encontram devidamente declarados junto à Receita”. Disse também que o dinheiro vem “de seu salário e também de bens vendidos ao longo dos anos”. A justificativa para ter tanto dinheiro em casa, o senador explicou (ou tentou explicar) a “necessidade de ter um dinheiro disponível e também em função das disputas políticas existentes em seu Estado”. Só não detalhou de que forma essa disputa política o obriga a ter dinheiro em espécie à moda antiga, dentro de casa.FILHO BOMO senador Romero Jucá disse mais na Polícia Federal: que “eventualmente recebe doações em dinheiro procedentes” de seus filhos, “ambos empresários”, e que “tais doações, quando realizadas, são devidamente informadas à Receita Federal”. E todo mundo, em Roraima, achando que era ele quem dava dinheiro para os seus filhos.FAZENDEIROOutro político que alegou ajuda financeira dos filhos, na PF, foi o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC), secretário estadual extraordinário de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos do Governo de Roraima. Disse que “recebe uma ajuda de um filho”, de 30 anos de idade, e que tem “algum rendimento proveniente da venda de gado e do produto de reflorestamento”. Em 2010, ele declarou patrimônio de R$ 1 milhão. Seu filho, à época com 25 anos de idade, que também foi candidato a deputado, declarou R$ 2 milhões, incluindo uma empresa de cosméticos e outra de vigilância.NA SUÍÇAA PF foi mais longe e quis saber quais as atividades econômicas do filho de Pizzolatti, que respondeu que ele é formado em propaganda e marketing, possui uma empresa em Manaus (AM) e um posto de gasolina. Pizzolatti também disse que sua filha “morou um ano em Lugano, na Suíça” com estudos custeados por ele e pelo filho. No entanto, disse que não se recordava de como fazia “para a manutenção da sua filha” no exterior, pois “quem operacionalizava isso era” sua ex-esposa.‘BICO’ 1Quatro em cada dez docentes da rede básica no País, 41% do total, fazem atividades dentro e fora da educação para complementar a renda. Desse total, 10% chegam a atuar em atividades fora da educação. Os dados são da organização Todos pela Educação, extraídos do Inep, órgão do Ministério da Educação (MEC), preenchido por 225 mil professores da rede pública do 5º e 9º ano do ensino fundamental. Ao todo, o fundamental reúne 1,4 milhão de professores.‘BICO’ 2Em 16 estados, o índice supera a média nacional. Rio Grande do Norte (55%) e Roraima (54%) lideram. Na outra ponta, estão Tocantins e Distrito Federal, com 22,6% e 12,7%, respectivamente. Em São Paulo, cerca de 41% dos professores do ensino fundamental aderem a atividades extras. O levantamento mostra ainda que cerca de 30% dos professores que atuam em uma escola por 40 horas ou mais por semana também arranjam tempo para complementar a renda com outras atividades.PARLAMENTARISMOO presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), começou a negociar com os partidos uma emenda à Constituição para implantar o sistema parlamentarista de governo no Brasil. Ele pretende colocar a proposta em votação antes de 2017, quando termina seu mandato no comando da Câmara. O sistema daria ao Legislativo papel preponderante na administração do País, reduzindo poderes do presidente da República. Nos planos de Cunha, deverá ser implantado em 2019, com o sucessor da presidente Dilma Rousseff (PT).CORRIDANesta quarta-feira, 1º de julho, a Prefeitura de Boa Vista irá divulgar a lista com o nome dos quase cinco mil inscritos na Corrida 9 de Julho no Diário Oficial do Município. A relação estará de acordo com a ordem alfabética. Caso algum participante não encontre seu nome, basta que ele dirija à Fundação de Educação, Esporte, Turismo e Cultura (Fetec) com o boleto de pagamento para que sua inscrição seja validada. A tradicional corrida está dentro da programação do aniversário de 125 anos de Boa Vista, comemorado no dia 9 de Julho.