Parabolica 01 10 2015 1513

Bom dia!“Um partido de pobres nunca ganharia uma eleição, porque os pobres não têm nada para prometer. Quem faz promessas são os ricos, ou, mais exatamente, é o poder”- José SaramagoFORTALECIDOJá tem gente vendendo vantagens desde Brasília depois da reforma ministerial que deve ser anunciada hoje pelo governo Dilma (PT). As poderosas antenas da Parabólica foram direcionadas para o Planalto Central e de lá captaram sinais bem nítidos de que um parlamentar de Roraima saiu fortalecido com essa mudança nos ministérios. Trata-se do deputado federal Edio Lopes (PMDB).BRIGANos bastidores dessa reforma política, a ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff, ficou evidente que existem várias vertentes inconciliáveis no PMDB. O que está acertado com Dilma é que as indicações de novos ministros dadas aos peemedebistas serão feitas pelos deputados federais, sem passar pelo crivo de senadores daquele partido.PRESTIGIADOAliás, o deputado federal Edio Lopes anda em alta junto ao Palácio do Planalto. Ele é membro da CPI do BNDES e tem adotado uma postura que agrada ao governo. O parlamentar roraimense tem marcado posição que defende que o foco da apuração de possíveis irregularidades nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve estar voltado para as operações internacionais daquele banco, e não aos empréstimos feitos para os empresários brasileiros. Será que é para pegar o Lula?BOATOSEsse vai-e-vem na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) sobre a criação e instalação da Comissão Processante para um possível afastamento da governadora Suely Campos (PP) e da chefe da Casa Civil, Danielle Campos Araújo, e da CPI da Educação já deu munição para intensos boatos nos bastidores da política local. CLAROAlguns deputados que compõem o G-14, o maior grupo dentro do Legislativo estadual, já estão se convencendo que o presidente da Assembleia, deputado Jalser Renier (PSDC), não tem o menor desejo de criar e instalar qualquer uma das duas comissões, as quais têm provocado polêmicas naquela Casa. E isso pode dividir o bloco. VARGASSe esta desconfiança plantada no meio do G-14 for verdadeira, parece indicar que o presidente da Assembleia, Jalser Renier, andou lendo um pouco da biografia do ex-presidente Getúlio Vargas. Ele dizia que, quando estava disposto a atender um pedido, o fazia de bate-pronto. Quando não, criava uma comissão para analisar um problema. APROXIMAÇÃOTodo esse puxa-encolhe em torno da CPI da Educação e da Comissão Processante, na Assembleia Legislativa, se desenrola em um cenário que pode virar de ponta-cabeça o cenário político em Roraima. Boatos muito fortes que circulam nos bastidores dão conta de uma possível aproximação entre o ex-governador Neudo Campos, consultor especial da Governadoria, e o senador Romero Jucá (PMDB), até agora tidos como adversários irreconciliáveis. De qualquer forma, é bom esperar. O tempo sempre foi e será o senhor da razão.DIVISÃOUm possível movimento de bastidores para emplacar um novo comandante da Polícia Militar de Roraima tem dividido praças e oficiais. Enquanto a entidade que defende os interesses dos soldados se põe contra o nome que está sendo cogitado, outra entidade que defende os interesses dos oficiais decidiu defender o nome do coronel em nota pública. Porém, sobre mudanças na PM, o que tem de concreto mesmo é apenas essa divisão entre entidades. DIFÍCIL 1Criar um partido político no Brasil vai continuar sendo uma missão difícil. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem manter válidas as regras que dificultaram a criação de novos partidos, as quais constam na Lei 13.107, de março de 2015, que exige o apoio apenas de pessoas não filiadas a outro partido político para a criação de uma nova legenda.DIFÍCIL 2A lei ainda exige tempo mínimo de cinco anos de existência oficial do partido para que ele possa se fundir ou incorporar outras legendas. Em ação direta de inconstitucionalidade, o PROS pretendia derrubar as normas, mas foi derrotado no Supremo. O julgamento terminou em dez votos a um pela manutenção integral da lei.FILIAÇÃOPara quem vai concorrer às eleições municipais do ano que vem, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) alertou que encerra amanhã, sexta-feira, um ano antes das eleições municipais de 2016, o prazo para filiação partidária e estabelecimento do domicílio eleitoral do candidato que pretende concorrer a vereador ou prefeito. Existem 32 diretórios estaduais em Roraima, dos quais um está com o prazo de vigência da diretoria expirado.OBRIGAÇÕESDe acordo com a Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/1997), quem pretende se candidatar tem de cumprir algumas obrigações, como provar que tem a filiação partidária e o domicílio eleitoral com pelo menos um ano de antecedência das eleições. Os já filiados e que pretendam mudar de partido devem observar as regras para desfiliação e nova filiação partidária, fazendo comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que for inscrito.