Bom dia!

Getúlio Vargas que, junto a Juscelino Kubitscheck e Ernesto Geisel, foi um dos construtores da modernidade brasileira, tinha uma regra infalível para se desfazer de pedidos inconvenientes, sem desagradar de todo os solicitantes. Quando queria dizer não e ainda não desagradar quem solicitava algo com o qual não concordava, Vargas prometia criar uma comissão para analisar a questão. Às vezes até criava a tal comissão, mas a demora para chegada do parecer final era tanta que o pedido restava perdido na poeira da história.

Os governos de esquerda que tomaram conta da América Latina, e do Brasil, com a posse de Lula da Silva em 2003, têm uma forma bastante própria de gestar as políticas e de conduzir a coisa pública. Nos oito anos lulista, e nestes cinco anos dilmista, a burocracia estatal – com quadros técnicos especializados – foi sufocada por uma parafernália de comitês, fóruns, convenções e outras invenções do coletivismo esquerdista que jogou o Brasil neste atoleiro sem fim.

Agora é a vez dos incentivos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, um mecanismo tipicamente capitalista que transfere recursos fiscais, por financiamento ou isenção tributária, para as empresas promoverem o crescimento regional. Administrados pela Sudam, esses incentivos trouxeram, sem qualquer dúvida, muitos benefícios para a Amazônia. Isso nos velhos tempos em que aquela autarquia tinha um competente quadro técnico e seus projetos eram aprovados pelo Conselho Deliberativo (Condel), do qual participavam representantes de quase todos os ministérios, sindicalistas e os governadores estaduais amazônicos.

AINDA NÃOEmbora tenha anunciado, já faz algumas semanas, seu descontentamento com o tratamento que vem recebendo dentro do PP e do governo estadual, do qual faz parte como aliado, o vereador Edilberto Veras ainda não deixou o partido. Ele, que preside a Câmara de Vereadores de Boa Vista, tem recebido convite de outros partidos, mas continua analisando os prós e contras da saída.

LÁO Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal começam hoje, terça-feira, o ano legislativo de 2016. Segundo fontes de Brasília, nesses primeiros dias, na Câmara, haverá uma tentativa do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), de colocar em andamento o pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). Em contrapartida, as lideranças governistas vão tentar fazer andar o processo de cassação de Cunha, que a cada dia é alvo de mais denúncias.

CÁAqui, em Roraima, a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) só iniciará o ano legislativo no próximo dia 15 de fevereiro. Trabalho só depois do Carnaval. A única matéria importante a ser decidida no início dos trabalhos dos deputados estaduais é a votação dos vetos da governadora Suely Campos (PP). Até lá, só muito falatório, fofocada e informações de bastidores. Este primeiro semestre na ALE será marcado também como um teste de resistência do Grupo Independente face à tentativa dos governistas de vê-lo fraturado.

ESTICANDOAs poderosas antenas da Parabólica captaram sinais de que o ex-governador Neudo Campos (PP), que exerce também o papel de coordenador político do governo, já disse aos deputados estaduais do chamado grupo independente que não conversa sobre qualquer proposta de entendimento antes de a Assembleia Legislativa votar, e manter, os vetos da governadora Suely Campos ao Orçamento de 2016. Neudo estaria decidido a esticar a corda, mesmo sob o risco de rompimento.

QUEIMADASA prefeita Teresa Surita (PMDB) decidiu colocar a estrutura da Prefeitura de Boa Vista no trabalho de prevenção, controle e monitoramento dos focos de incêndios na Capital e na zona rural por portaria, criando a “Patrulha da Seca”. O objetivo é manter esse grupo em alerta total até a chegada da próxima estação chuvosa.

A MENOSSegundo as estimativas da área técnica da Assembleia Legislativa, o governo repassou cerca de R$ 900 mil a menos do duodécimo a que tem direito o Poder Legislativo. No entendimento dos técnicos, o novo orçamento (2016) já está aprovado e, portanto, deve ser respeitado o valor consignado nele para a ALE. Os vetos ocorreram nas emendas. Se esse for o entendimento, um novo Mandado de Segurança deve estar a caminho.

SEM CONTROLEA serem verdadeiras as informações e versões dadas por alguns parlamentares sobre a liberação de verbas federais para alguns municípios de Roraima, o governo Dilma Rousseff (PT) está decididamente como uma nau sem rumo, sem leme e nem capitão. São milhões de reais, parte deles desviada pelos ralos da corrupção, liberados para obras nem tanto prioritárias. E o governo ainda insiste que a crise fiscal é profunda e que a única saída é o aumento dos tributos, a exemplo da recriação da CPMF. É mole?

ECONOMIAApesar de as medidas iniciais de contenção de gastos decretadas pela governadora Suely Campos (PP) chegarem a quase três dezenas, o impacto total sobre o orçamento desses cortes não foram ainda estimados pelos técnicos do governo. É que muitas das metas vão depender de empenho de secretários, dirigentes de estatais e mesmo de servidores. E quem se arrisca a dizer que o empenho será total?