Bom dia,
Até mesmo políticos de cultura refinada como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não escapam de, vez por outra, cometer alguns escorregões. Quando assumiu a presidência, FHC foi questionado sobre algumas idéias que teria defendido enquanto intelectual e conceituado professor de sociologia, e sua resposta foi desconcertante e absolutamente inaceitável: “Esqueçam tudo o que escrevi”, declarou o recém empossado presidente da República.
Pois bem, esta semana Fernando Henrique Cardoso falou uma coisa absolutamente incompatível com a biografia que ele tem pretendido passar para a história. Citado pelo dono da empreiteira Odebrecht, Emílio Odebrecht, como tendo recebido dinheiro de Caixa 2 para uma de suas campanhas, FHC disse, como fazem todos os políticos citados na Lava Jato, que nunca tratou com ninguém sobre verbas para suas eleições – além de presidente da República, ele foi senador -, e que a Justiça Eleitoral aprovara todas suas prestações de contas.
O pior é que o ex-presidente foi além, ao afirmar que mesmo que alguma de suas campanhas eleitorais tenha recebido dinheiro de Caixa 2, o crime de falsidade ideológica, no caso dele, já estava prescrito. Isto é, devido o tempo passado desde a prática criminosa e sua idade já ultrapassar os 80 anos, ele não poderia mais ser punido. Que feio, presidente FHC! O crime pode estar prescrito do ponto de vista penal, mas o crime moral não prescreve. E sua biografia, como fica? SEM USONa sexta-feira, 28/04, uma repórter da Folha passou por um prédio na Avenida São Sebastião, no bairro Tancredo Neves, e lhe chamou a atenção o fato do referido prédio estar pronto. Viu também que a construção era muito parecida com aquela do 5º Distrito Policial, no Distrito Industrial. Como não tinha placa, a repórter foi pesquisar e descobriu que o prédio foi construído para abrigar o 3° Distrito Policial, que hoje funciona no bairro Santa Teresa. A obra que passou muito tempo paralisada, ao custo de R$ 1,8 milhão, ainda continua sem utilização e está pichada com as siglas PCC (Primeiro Comando da Capital) e FDN (Família do Norte). CANDIDATURASAos poucos começam a surgir novos nomes que devem disputar as eleições de 2018. Daqui já escrevemos sobre a possibilidade do atual desembargador Almiro Padilha disputar uma das 24 vagas disponíveis para a Assembléia Legislativa do Estado (ALE). Agora, fontes da Parabólica dizem que é quase certo que o ex-secretário estadual da Fazenda, e atual presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais Estaduais, Kardec Jackson, também irá às urnas em 2018, na busca de uma vaga de deputado estadual. Ele tem se destacado bastante nos últimos tempos no movimento sindical do estado.DESEMPREGOApesar de todo o discurso do governo federal, que otimista diz que o pior da crise já passou, dois indicadores contrariam tanta euforia. O déficit das contas públicas cresce sem parar – deve chegar perto dos R$ 200 bilhões até desembro-, e o desemprego também não pára de crescer e já chega a 13,7%, que traduzidos em números absolutos que indicam que mais de 14,2 milhões de brasileiros e de brasileiras estão desempregados. Esses números não vêm sendo divulgados com a intensidade necessária pela enorme simpatia da grande mídia para com o governo Michel Temer (PMDB).CAÇAE o governo Michel Temer anuncia que não deixará por menos a rebeldia de alguns parlamentares da chamada base aliada na Câmara dos Deputados que votaram contra a reforma trabalhista. Fontes do Palácio do Planalto dizem que o Diário Oficial da União (DOU) começará ainda esta semana a publicar a demissão de aliados desses parlamentares rebeldes, nomeados para ocupar cargos no segundo e terceiro escalão da burocracia federal. É o desbragado, toma lá; dá cá. Não seria hora dos parlamentares federais de Roraima exigirem de fato, medidas em benefício do estado em troca dos votos para as reformas tão defendidas pelo governo federal. Será que falta coragem?ALENTOEnquanto muita gente anda reclamando, e com razão, da crise que se abate sobre a economia local, uma das mais tradicionais lojas de eletrodomésticos do Amazonas, a TV Lar, decidiu abrir nada menos, e de uma só tacada, sete lojas no estado, sendo seis em Boa Vista e uma em Rorainópolis. Em visita à Folha, na semana passada, seu proprietário, um cidadão que nasceu em Portugal, mas veio criança para o Brasil, disse que a empresa, que é familiar, tinha também como opção expandir-se para Rondônia e preferiu vir para Roraima. É uma prova de que nem tudo está perdido e a Área de Livre Comércio de Boa Vista continua dando frutos.ENDIVIDAMENTOO movimento sindical unificado, formado por sindicatos que representam as principais categorias do funcionalismo estadual quer discutir com o governo os limites possíveis para o reajuste de salários. Entre outras coisas, os dirigentes sindicais querem saber o nível real do propalado endividamento do estado, em decorrência de dívidas contraídas pelo governo Anchieta Júnior (PSDB). Não será uma tarefa fácil, pelo menos se prevalecer a conduta do atual governo que até hoje não deu à opinião pública esse levantamento. O certo é que ele é grande, mas segundo fontes do Palácio Hélio Campos, está sob controle.