Bom dia,
Mesmo que a situação de Roraima venha dando sinais de agravamento, inclusive com nítidas demonstrações de que a crise venha se manifestar especialmente com violência quase diária praticada por migrantes, e também por gente que se aproveita da situação para roubar e assaltar a população, é possível ter algum tipo de esperança de que algo pode mudar quando um novo presidente assumir o comando do Palácio do Planalto a partir do próximo ano.
Diferentemente do atual governo que se mantém autista para com esse grave problema da migração, quase todos os candidatos à Presidência da República já demonstraram preocupação com ele, e até sinalizaram algum começo de solução. Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Paulo Rabello de Castro (PSC) -agora vice de Álvaro Dias (Podemos)- já expressaram apreensão com o agravamento da crise humanitária. Todos reconheceram que tem de sair do Governo Federal o enfrentamento para minimizar os efeitos dessa migração desenfreada.
Ciro Gomes, por exemplo, foi além ao dizer que parte da solução dessa crise humanitária deve ser encaminhada através de um reatamento da relação diplomática entre o Brasil e a Venezuela. O candidato pedetista disse que não concebe o Brasil renunciar sua condição de líder natural do Continente, com isso abrir mão de um papel de mediador dos conflitos políticos na Venezuela Bolivariana. De fato, o candidato tem razão, afinal, é inviável acomodar tanta gente no Brasil, em virtude da miséria que se instalou naquele país vizinho. Ainda bem que só faltam cinco meses para acabar esse governo insensível.
MARCOU A visita que o economista Paulo Rabello de Castro, ainda na condição de candidato presidencial, fez a Roraima marcou. Ele permaneceu no Estado durante dois dias conversando com muita gente daqui e, na companhia do ex-deputado federal Frankemberg Costa (PSC), visitou a cidade fronteiriça de Pacaraima. Rabello ficou muito impressionado com o que ouviu, e viu, na sua passagem por Roraima. Gente que conversou com ele diz que a cada ponto que lhe parecia importante, Rabello anotava numa cadernetinha vermelha que trazia no bolso do paletó.
CONSIDERAÇÃO A jornalista Cida Lacerda foi uma das pessoas que ajudou o economista Paulo Rabello de Castro em sua visita a Roraima. Ao comunicar à Cida a composição de seu partido do PSC, com o Podemos do senador paranaense Álvaro Dias, que lhe levou a aceitar ser vice na chapa, Rabello de Castro mandou uma mensagem, via Whats, com o seguinte teor: “Oi, Cida. Diga que reafirmo o compromisso da prioridade para com toda a fronteira Amazônica”. Rabello disse, por exemplo, ser um absurdo a paralisação da implantação do Linhão de Tucuruí.
CLIMA QUENTE Ontem, quinta-feira, (2), o clima esquentou na Câmara Municipal de Vereadores de Boa Vista. Dois vereadores do mesmo partido (Podemos) quase foram às vias de fato por conta da divergência sobre candidaturas nas próximas eleições. Os dois só não partiram para a agressão física por terem sido separados pelos colegas. Tudo começou quando o vereador Júlio Cézar Medeiros (Podemos) não apoiou a candidatura de Rondinele Tambasa, do mesmo partido, que queria se candidatar ao cargo de deputado estadual. A mãe do vereador Júlio Cézar, a deputada estadual Aurelina Medeiros é candidata à reeleição.
NA POLÍCIA Por conta do veto do colega de partido e de parlamento, o vereador Rondinele Tambasa desistiu de concorrer ao pleito, e recusou a proposta do partido de sair a deputado federal, o que teria gerado um debate acalorado entre os parlamentares. Segundo testemunhas dos bastidores do parlamento municipal na briga, ocorreram ameaças graves, e o caso pode ter ido parar na delegacia de polícia.
IMBRÓGLIO 1 As confusões produzidas pelas alternativas de coligações para as eleições proporcionais não estão ocorrendo apenas nos partidos nanicos como o Podemos. Até hoje, antevéspera do prazo final para o encerramento das convenções partidárias, as indefinições nas alianças partidárias correm à solta. Tem gente conversando nos três turnos (manhã, tarde e noite), com candidatos articulando redes de negociações, mesmo nos partidos maiores. Alguns candidatos levam vantagens, outros dizem sentir-se traídos e insatisfeitos.
IMBRÓGLIO 2 É o caso do PSD, partido comandado por Rodrigo Jucá, filho do notório senador Romero Jucá. Fontes da Parabólica dizem que não terminou bem uma reunião entre os candidatos daquele partido, ontem à tarde, quinta-feira (02.08). Tudo por conta de uma notícia dando conta de que o partido iria coligar com o MDB, o DC e o Solidariedade, para deputado federal e para deputado estadual. Pelo menos um candidato, que se disse revoltado, garante que o presidente do partido tinha prometido que o PSD não coligaria com nenhuma outra agremiação partidária, que daria chance para a eleição de dois possíveis novos deputados.
IMBRÓGLIO 3 A formação desse grupão, com a presença de pelo menos quatro parlamentares – Jalser Renier, George Melo, Marcelo Cabral, Jorge Everton-, inviabilizaria a eleição de qualquer candidato sem mandato, comentou o candidato. A mesma fonte da Parabólica garante existir a possibilidade de uma debandada geral, deixando o partido sem candidato.
POUCO E parece que a crise econômica que se abate sobre Roraima já chegou ao comércio da vizinha cidade guianense de Lethem. Empresário que esteve ontem por lá estranhou o baixíssimo movimento nas lojas daquela zona de livre comércio. É também desalentador o estado das ruas naquela cidade, com buracos e lama que desanima qualquer turista. O preço das mercadorias também é desanimador, segundo o empresário.