Bom dia,
O Mundo nesta era da 4ª Revolução Industrial está mudando numa velocidade tamanha que a maioria das pessoas não consegue acompanhar as mudanças, e muito menos sabe para onde está sendo levado. Na economia, atividades tradicionais estão sendo engolidas pelos ventos mudancistas, os arranjos produtivos se transformam parecendo tirar quase todos os espaços de competição dos menores. Especialistas preveem que nos próximos dez anos mais de 60% das atividades laborais de hoje estarão extintas, sendo que novas ocupações serão criadas na mesma dimensão e velocidade.
Ainda no campo econômico, a palavra disrupção – até a pouco desconhecida a ponto dos editores de texto não a reconhecerem – está a cada dia mais difundida. Ela designa setores que estão passando por grandes transformações em suas estruturas de produção e de prestação de serviços. Velhas e tradicionais atividades e modelos de negócios já foram engolidos pelas forças da nova economia mundializadas, e com enorme tendência a favorecer os grandes. Há uma espécie de fratura no modo de fazer negócios e de viver a vida com menos angústia no porvir.
Quem tem em torno de 60 anos, por exemplo, ainda lembra as mercearias de vizinhança, de onde o proprietário tirava o sustento da família e ainda podia educar os filhos. Eram os bons tempos do “caderno de fiados” onde o dono do comércio aviava – vendia e anotava as vendas dos mantimentos aos assalariados para pagamento com o recebimento do salário – numa interação marcada especialmente pela confiança mutuamente compartilhada. O dono da mercearia varava décadas e gerações no mesmo ponto e na mesma atividade.
Hoje, essa atividade quase que não existe mais, mesmo nas pequenas cidades interioranas. As mercearias estão sumindo aceleradamente porque não conseguem um mínimo de competividade com os supermercados, que compram em escala e têm preços menores. Milhões de pessoas, que inclusive utilizavam a família como supridora de mão-de-obra, perderam seus negócios. É uma gente que engorda o cordão dos desempregados e famintos deste país.
LEMBRANDO
A Parabólica recebeu mensagem, via WhatsApp, provavelmente de um admirador da ex-governadora Suely Campos, para lembrar que o programa de construção de unidades habitacionais para o servidor público é iniciativa da administração passada. Segundo o leitor, a negociação para o financiamento do programa, e até a destinação dos terrenos para as edificações, tudo ocorreu por conta da vontade política e da determinação da ex-governadora Suely Campos. De fato, uma rápida olhada pelo retrovisor da história é suficiente para dar total razão ao leitor. Está feito o registro.
DESTINAÇÃO
A Parabólica foi atrás de fontes para saber qual seria a destinação dos R$ 8,5 milhões anunciados pelo superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes, como contribuição inicial daquela autarquia para o projeto de revitalização do Distrito Industrial de Boa Vista. Pelo que apuramos eles servirão para realizar serviços de drenagem e de asfaltamento daquela avenida que margeia a BR-174, que abriga algumas lojas de veículos, tratores, equipamentos, além de empresas prestadoras de serviço. Pelo menos essa é a determinação do governador Antonio Denarium (PSL).
CANDIDATAS
Embora estejam trabalhando nos bastidores, a maioria dos políticos locais não quer abrir o jogo quanto as candidaturas para a Prefeitura Municipal de Boa Vista. Apesar disso, alguns sussurros das conversas dão indicações sobre tais candidaturas. No caso das pré-candidaturas, pelo menos três jovens mulheres já falam em ambiente restrito que desejam disputar o lugar da atual prefeita Teresa Surita (MDB) nas eleições do ano que vem: a deputada Shéridan de Oliveira (PSDB); a vereadora Aline Rezende (PSTB) e Gerlane Bacarin (Progressistas). Dos homens pouco se sabe, os mais citados desconversam sempre quando indagados.
VEREADORES
É cada dia mais consensual a ideia de que é preciso urgentemente melhorar a estratégia do governo federal no acolhimento dos imigrantes venezuelanos. Agora que expressou essa preocupação foi um grupo de vereadores do município de Boa Vista que viajou até Brasília para reclamar dos resultados da ação do governo federal no enfrentamento do grave problema migratório de Roraima. É claro, não se sabe que atenção eles vão receber na Capital Federal, mas é um indício que as forças políticas locais não estão dispostas a aceitar a piora na vida em Roraima.
REPOSIÇÃO
A Assembleia Legislativa do Estado (ALE) já está de recesso. Os deputados estaduais só voltam a trabalhar no começo de agosto. Uma das pautas que não conseguiu andar no primeiro semestre foi a alteração anunciada, especialmente pelo deputado estadual Jânio Xingu (PSB), na Lei de Reposição Florestal, para evitar que a mesma sofra ação na Justiça, e seja considerada inconstitucional. Não se sabe que pressões vêm sendo feitas contra o legislativo estadual que impedem a aprovação de uma legislação capaz de fortalecer várias atividades econômicas do estado, entre as quais a madeireira e o reflorestamento.
ESTICADINHA
A Parabólica conta o milagre, mas não revela o nome do santo. Um parlamentar federal do estado tenta convencer alguns assessores do Palácio do Planalto a fazer o presidente Jair Bolsonaro (PSL) dar uma esticadinha até Roraima, aproveitando sua vinda até Manaus, para participar da próxima reunião do Conselho de Administração da Suframa. O que complica é o fato de o presidente não trazer uma notícia que realmente justifique sua presença na terra roraimense, que ele diz ser diferenciada.