Bom dia! Começam hoje os Jogos Olímpicos para o futebol masculino brasileiro. A oportunidade não poderia ser melhor para relembrar algumas coisas que foram traumatizantes para o povo tupiniquim, mas que deixaram lições para nossa autoestima. Quando o Brasil perdeu a Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai, em pleno Maracanã, que fora construído especialmente para a grande festa de nossa vitória, os brasileiros ficaram abatidos, envergonhados e sem acreditar em nossa capacidade de vencer. A dose, em menor escala, evidentemente, se repetiu na Copa de 1954, vencida pela Hungria. Reforçou-se no ideário coletivo brasileiro a convicção de que éramos talhados para perder. Do ponto de vista político, o Brasil atravessava uma faze de enorme crise moral, econômica e política.
Para entender o porquê de tanto derrotismo, o grande Nelson Rodrigues vaticinou: os brasileiros sofrem da síndrome do “cachorro vira-latas”, aquele canino que já entra no embate com outros de sua espécie com complexo de inferioridade. Pois bem, a partir de 1955, o Brasil passou a viver pensando grande, a partir de seu presidente Jucelino Kubitscheck, o JK, decidido a modernizar o país, com seu Plano de Metas, aquele que prometia fazer em 5 anos, o que só seria pensável em 50 anos. Começávamos ali, a vencer a síndrome do cachorro vira-latas. Eram os tempos do Brasil da Bossa Nova. Brasileiros e brasileiras passaram a sentir orgulho de si mesmos.
Em 1958, embalados pela resgatada autoconfiança de seus patrícios, uma seleção de craques – de dentro e de fora de campo (Didi, Zito, Nilton Santos, Gilmar, o menino Pelé, dentre outros)-, ganhou, na Suécia, nossa primeira Copa. Mostramos ao Mundo que não éramos simples vira-latas na constelação do futebol mundial. Repetimos a dose em 1962, no Chile, sendo que após esses dois triunfos passamos a ser considerados por muitos, os melhores do Planeta. Evidentemente que essa bela trajetória foi coroada em 1970, com a conquista da Copa do México, por uma seleção considerada pelos especialistas como a melhor da história do futebol planetário.
E por que estamos relembrando tudo isso? Simplesmente para dizer que essa garotada que começa hoje, uma jornada para trazer o inédito título do ouro olímpico de futebol para o Brasil, tem um desafio gigantesco pela frente. Eles são, como em 58, craques talentosos e homens de bem, a começar por nossa pérola macuxi Thiago Maia, um garoto formidável, que além de tudo nunca perde a oportunidade para dizer de seu amor a terra natal. Mas, diferentemente de 58, eles vão representar uma Nação envergonhada de si mesma, incapaz de punir os corruptos que roubaram e continuam roubando bilhões de reais do dinheiro público. Por isso, o desafio deles é maior. E por isso, nossa torcida não pode faltar-lhes.ESTILO 1O anúncio de que a governadora Suely Campos (PP) havia exonerado o diretor-presidente da Codesaima, Cícero Batista, parece mostrar um novo estilo da Chefe do Poder Executivo roraimense. A versão que prevaleceu na opinião pública dá conta que a decisão da governadora de tirar o antigo dirigente maior da Codesaima deveu-se a interdição do Matadouro Frigorífico da empresa, por ordem do Ministério do Trabalho, medida que já está prejudicando o abastecimento de carne vermelha do mercado local.ESTILO 2Faz pouco mais de um mês, a governadora adotou semelhante comportamento em relação à Secretaria de Educação e Desportos (SEED), ao exonerar o então secretário Marcelo Campbell, que viera do estado do Amazonas. Conta-se nos bastidores políticos que a governadora estava incomodada com a falta de material didático e de merenda nas escolas da rede estadual, e decidiu-se pela demissão do secretário depois de ver, na frente do Palácio Hélio Campos, alunos e pais de alunos pedindo melhoria na gestão da SEED. Suely parece querer mandar um recado aos outros auxiliares do tipo: se não pode fazer, deixa que outros farão. Ou seja, quer desempenho.VICEO ex-secretário estadual de Segurança Pública no governo Chico Rodrigues, coronel Amadeu Soares, que é da Polícia Militar do Amazonas, mas nasceu em Roraima, vai ser candidato a vice-prefeito de Manaus, na chapa encabeçada pelo deputado federal Silas Câmara pelo PRB. O coronel Amadeu ficou conhecido dos manauaras por ter implantado e comandado o programa Ronda nos Bairros, da Polícia Militar daquele estado. Quando retornou a Roraima, como secretário de Segurança, ele trouxe a ideia e a concretizou fazendo grande sucesso no governo de Chico Rodrigues. Daqui nossa torcida para que ele seja bem-sucedido. Silas Câmara é um político de grande liderança no meio evangélico amazonense.EDUCAÇÃOAinda não existe confirmação oficial, mas as poderosas antenas da Parabólica captaram sinais muito fortes vindos do Palácio Hélio Campos, indicando que a governadora Suely Campos já tem na agenda um nome para ocupar a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (SEED). Trata-se do professor Emanuel Alves de Moura, que foi o primeiro diretor-geral do Instituto Federal de Roraima (IFRR), tendo exercido o mesmo cargo no Instituto Federal do Amapá. O martelo só não foi batido ainda porque o governo estadual ainda negocia com o Ministério da Educação, em Brasília, a liberação de Emanuel, que é professor federal.