Bom dia! “A Justiça é o pão do povo; está sempre dela faminto” – François Chateaubriand EQUÍVOCO 1 Um leitor atento, conhecedor da realidade de Roraima, não terá dificuldade de encontrar vários equívocos no parecer do procurador de Contas do Estado, Paulo Sérgio de Oliveira, relativo à questão do nepotismo no Governo do Estado. Um deles, o mais gritante, é atribuir a Francisco Bezerra de Araújo o papel de marido da sogra da chefe do Gabinete Civil, Daniella Campos. EQUÍVOCO 2 Francisco Bezerra de Araújo, também conhecido como Agacy, é um técnico altamente qualificado, casado com Neide Carneiro e está no Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima) há mais de 12 anos, sendo considerado uma das reservas técnicas e morais daquela instituição fundiária. Não foi, portanto, nomeado pela atual governadora Suely Campos (PP). EQUÍVOCO 3 Quem conhece Agacy ficou cheio de indignação com a inclusão do nome deste competente técnico, que, atualmente, faz tratamento médico fora do Estado. Aos 68 anos de idade, Agacy tem uma biografia intocável, uma vida digna e uma enorme folha de serviço prestado a este Estado na área de topografia. É preciso cuidado, para quem não conhece Roraima, ao falar das pessoas do Estado. SITUAÇÃO Uma ata da reunião do Conselho Estadual das Cidades de Roraima (Consec-RR), realizada no dia 16 de dezembro passado, mas só divulgada agora, no Diário Oficial do Estado, já revelava como a situação do Estado estava, o que acabou vindo a público a partir da gestão atual. Um dos fatos foi o envolvimento da Companhia de Água e Esgoto de Roraima (Caer), que, em vez de ocupar-se em cumprir suas atividades, estava envolvida em problemas fundiários. EMPRÉSTIMO Conforme registrado na ata daquela reunião, realizada nos últimos dias da administração passada, a companhia responsável pelo abastecimento de água no Estado havia assentado uma família em uma área que tinha sido “emprestada” por um empresário para aquela estatal. Como o empresário queria a área de volta, ele pedia que a Caer retirasse a família assentada. É mole? DENÚNCIAS Na mesma reunião, já se cobrava a criação de um grupo de trabalho com representantes de cada segmento que compõe o Conselho para estudar os problemas habitacionais, pois pipocavam denúncias de irregularidades dando conta de que a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) estava aprovando cadastros de beneficiários do programa federal “Minha Casa, Minha Vida” sem os devidos critérios. CARTA Uma das medidas sugeridas seria o Consec enviar ao Ministério Público Federal (MPF) denúncias sobre as irregularidades e solicitar a documentação referente ao programa habitacional. Então, foi aprovada, no documento final da reunião, a elaboração de uma carta denúncia que seria entregue ao MPF, Caixa Econômica Federal, Governo do Estado e à própria Codesaima. RESPOSTA O Governo do Estado enviou e-mail contestando a nota “Mais um”, da edição de ontem. Afirmou que a atual administração já convidou, por duas vezes, a Imprensa para ir à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, uma vez para ir à Cadeia Feminina e outra para a Cadeia Pública de Boa Vista nas vistorias e eventos realizados, totalizando quatro visitas em dois meses de gestão. Afirmou ainda que nenhum veículo de comunicação local ou nacional solicitou a entrada em qualquer unidade prisional do Estado. Contabilizou duas entrevistas coletivas, 20 releases enviados e 16 entrevistas pelo titular da pasta. SANEPAV A Promotoria de Defesa da Pessoa com Deficiência e Idoso; Direito à Educação do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) determinou a abertura de Procedimento Preparatório com a finalidade de averiguar o acesso de empregados da empresa Sanepav (terceirizada da Prefeitura de Boa Vista) às escolas da rede municipal de ensino para o uso de banheiros e refeitórios. A informação sobre a autorização para que os trabalhadores usassem banheiros das escolas foi divulgada pela Parabólica, no mês passado. FLAGRANTE 1 A respeito da nota “Droga”, na edição de ontem, o Governo do Estado afirmou que a prisão em flagrante de duas irmãs, presas por tráfico, seguiu todos os trâmites previstos em lei. A delegada Maria Aparecida Tavares informou que o flagrante foi finalizado por volta das 20h15 da quinta-feira passada, dia 26, somente quando foi solicitado o laudo preliminar para identificação da substância, o qual apontou resultado positivo para maconha. FLAGRANTE 2 A delegada ressaltou que, apesar de o prazo para relatar flagrantes ser de 30 dias, o procedimento foi relatado ontem, dia 04, já acompanhado do laudo sobre a droga apreendida (1 kg de maconha), à escrivã do Plantão de Polícia Genérico (PPG), já tendo sido, inclusive, encaminhado para a Justiça por meio da Vara de Entorpecentes. ARQUIVA A Delegacia-Geral da Polícia Civil vem arquivando vários processos administrativos movidos contra policiais e delegados durante a campanha eleitoral do ano passado. Entre os casos que mais chamaram a atenção estão o de dois delegados que responderam a alguns processos exatamente no período mais quente do processo eleitoral. Dois deles são, no mínimo, curiosos, pois os delegados responderam a procedimentos por terem feito comentários em suas páginas na rede social Facebook. Todos foram devidamente arquivados.