Bom dia! Quando se faz uma análise do andamento da Operação Lava Jato na Primeira Instância da Justiça Federal do Paraná, tendo à frente o juiz Sérgio Moro, e o que se passa no Supremo Tribunal Federal (STF) com relação à mesma operação, não é possível chegar a qualquer outra conclusão: a Suprema Corte tem enorme dificuldade de punir ou julgar os parlamentares citados como beneficiários do esquema de roubalheira montado para surrupiar dinheiro público da Petrobras.

Moro, um magistrado ainda jovem, ajudado por uma equipe afinada de procuradores e policiais federais, já levou para a cadeia mais de 150 pessoas denunciadas envolvidas na Lava Jato. Dentre os condenados estão poderosíssimos empresários, servidores públicos graduados e ex-parlamentares. Eles dão um sopro de esperança para aqueles que ainda acreditam que o Brasil tem jeito.

No Supremo Tribunal Federal, por conta da Lava Jato, nenhum parlamentar (senador e deputados) foi preso ou mesmo condenado. A exceção ainda é o ex-senador Delcídio do Amaral, um parlamentar destrambelhado que ficou preso por alguns dias e teve seu mandato cassado pelos colegas, muitos deles atolados até o pescoço na rede de corrupção que pilhou dezenas de bilhões de reais dos cofres públicos. E nada mais. Essa lentidão do STF é um balde de água fria que a Corte Suprema joga no entusiasmo que vem sendo soprado desde Curitiba.Ah! Ontem, o ministro Teori Zavascki mandou arquivar um dos nove processos que corria contra o notório Renan Calheiros (PMDB).        CONVERSAFontes da Parabólica dão conta de uma longa conversa entre a governadora Suely Campos (PP) e o vice-governador Paulo César Quartieiro (sem partido) com o objetivo de aparar as arestas entre os dois, em benefício dos interesses do governo e do Estado. Apesar de não ter mandato parlamentar, o vice Quartieiro mantém bastante trânsito em Brasília e tem, sem dúvida, muita liderança entre a classe produtiva do Estado. VISITAA Folha recebeu ontem a visita de uma equipe de empresários da Coréia do Sul, que está mais uma vez em Roraima para aprofundar contatos e estudos objetivando investir no Estado. O chefe da comitiva é Kim Young Jin, ex-ministro da Agricultura daquele país asiático, tendo ainda exercido um mandato de deputado federal e, dentre outras coisas mais, é o representante da Unesco naquele país. A comitiva estava acompanhada de Fátima Araújo, secretária-adjunta da Secretaria Estadual de Relações Internacionais do Governo de Roraima.PMDBO vice-governador Paulo César Quartieiro continua sem partido, mas, segundo fontes da Coluna, seu destino pode ser o PMDB. Quartieiro, como se sabe, depois que foi expulso do Surumu para a criação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, foi produzir na Ilha de Marajó, no Estado do Pará. Lá, ele já é um dos maiores produtores de grãos e tem muita proximidade com o senador Jáder Barbalho (PMDB) e com o ministro da Integração, Helder Barbalho. Essa circunstância talvez favoreça e pavimente a entrada dele no PMDB.MAISE os vereadores do Município de Mucajaí decidiram aumentar de 9 para 12 o número de integrantes da Câmara Municipal de lá. A presidente daquele Legislativo mirim, Zilma Rufino de Souza, fez publicar uma portaria alterando o artigo de uma lei que fixava em 9 o número de integrantes de lá. A leitura do ato, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), mais confunde do que esclarece. Por exemplo, é possível alterar o artigo de uma lei através de portaria assinada pela presidente da Câmara? VENEZUELANOSA presença de famílias venezuelanas comprando gêneros alimentícios não é só no comércio de Pacaraima, cidade que fica na linha de fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Também nos supermercados de Boa Vista é comum encontrá-los comprando de tudo, em quantidade capaz de ser transportada nos veículos. Alguns oferecem dólares americanos a preço um pouquinho inferior ao do mercado local. A imprensa também divulga que os venezuelanos compram, e muito, na Colômbia. É no que deu a revolução bolivariana.PESQUISAE a novela da escolha do candidato do Palácio Hélio Campos a Prefeitura de Boa Vista ainda vai ter mais capítulos pela frente. Atualmente o processo, que deve ser muito complicado, está paralisado à espera do resultado de uma pesquisa, quantitativa e qualitativa, encomendada, segundo fontes palacianas, por correligionários da governadora Suely Campos (PP), com data ainda indefinida para conclusão. Tanto o deputado federal Hiran Gonçalves como o deputado estadual Brito Bezerra, ambos do PP, e nomes mais cogitados, dizem que aguardarão ser chamados. Não serão pró-ativos.MUDANÇAEssa última chegou à Parabólica no final da tarde e início da noite de ontem. O chamado grupo independente da Assembleia Legislativa não tem mais 14 deputados estaduais. Ontem, sob a liderança do deputado estadual Brito Bezerra, líder do governo, um dos 14 bateu o martelo e decidiu fazer parte da bancada governista. Desta forma, se não houver alterações de última hora, os independentes passam a ser chamados de Grupo dos 13. Os governistas acreditam que em breve, muito breve, conquistarão maioria no Plenário da ALE.