Bom dia, Pela repercussão do resultado que livrou o presidente Michel Temer (PMDB) de ser processado por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na Câmara, há uma nova leitura a ser feita sobre os números da maior rejeição que um mandatário do país já teve. Se a população desaprova Temer em uma pesquisa, isso necessariamente significa que o eleitor queria ele fora do governo.

Outro fato que ficou muito claro, com a falta de mobilização popular no dia da votação, é que as pessoas que foram às ruas pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff não estavam necessariamente protestando contra a corrupção, e sim não queriam mais o governo do PT. Tanto é que Dilma foi posta para fora por causa de “pedaladas fiscais”, enquanto Temer foi mantido mesmo denunciado por corrupção.

Essa situação é tão confusa que as pessoas estão conscientes de que a manutenção do presidente foi graças ao maior balcão de negócio que se montou no Palácio do Planalto e no Congresso, na base do antigo toma lá dá cá, desconsiderando que a corrupção tem um custo muito alto para o país, o que significa que quem paga essa conta são elas, ou seja, o povo. A alta do preço da gasolina, sentida por todos, é só um desses exemplos do custo da corrupção a ser pago pelo contribuinte.

Como já ficou bem claro, as próximas denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverão ser barradas na Câmara, diante desse esquema que foi montado. Porém, o que a opinião pública precisar ficar bem consciente é que, quanto mais Temer ficar nas mãos desse balcão de negócios, mais fragilizado ele ficará. Estando fragilizado, não haverá mais limite para negociar órgãos e orçamentos. Serão os cofres públicos nas mãos de interesses particulares e desses partidos. O Brasil vai continuar sangrando. BURAQUEIRAQuem viaja pela BR-401, que dá acesso à República Cooperativista da Guiana, a leste do Estado, tem percebido a boa qualidade do asfalto daquela rodovia que passa por obras. No entanto, quando chega ao posto fiscal na fronteira com o país vizinho, em Bonfim, sente o contraste com a buraqueira no local onde ocorre a fiscalização. Os condutores precisam vencer enormes crateras, as quais são o reflexo da falta de atenção com aquele local. REVITALIZAÇÃOSituação pior estava no posto fiscal de Jundiá, no sul do Estado, no Município de Rorainópolis. Depois de muita reclamação dos caminhoneiros, o Governo do Estado decidiu fazer uma obra de recuperação para eliminar a buraqueira que havia se tornado aquele importante órgão arrecadatório estadual, na BR-174, perto da divisa com o Amazonas.  SEM CÓDIGOOs vereadores de Boa Vista têm feito silêncio em relação ao projeto que propõe a criação do Código de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara, de autoria da vereadora Aline Rezende (PRTB). Embora haja um corregedor, ele pouco ou nada pode fazer para abrir procedimento contra nenhum de seus pares porque não há um Código de Ética para regular as condutas dos parlamentares, muito menos punir os que atentarem contra o decoro parlamentar e praticarem irregularidades no exercício da função. DESINTERESSEO projeto de lei em tramitação também propõe que o Conselho de Ética da Câmara tenha sua composição estabelecida através da eleição de seus membros. Em tempos de moralidade pública, não ter esse código já estabelecido soa contraditório. Pela morosidade com o que o assunto é tratado, é possível perceber a falta de vontade da maioria dos vereadores com essa questão. FINANCIAMENTOO Banco da Amazônia continua divulgando os financiamentos do Plano Safra 2017/2018 para a agricultura por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com as mesmas taxas do ano safra passado, porém, as culturas ligadas à cesta básica alimentar apresentam taxas de juros reduzidas de 2,5% ao ano. As demais culturas estão com 5,5% ao ano, que ainda é uma taxa muito boa e atrativa para o agricultor familiar. Está incluído nesse plano o financiamento de caminhonete cabine simples para o agricultor familiar a uma taxa de 5,5% ao ano e com prazo de cinco anos para pagamento. NOVO IMLNão é por falta de orçamento que o Governo do Estado ainda não moveu uma palha para construir uma unidade do Instituto de Medicina Legal (IML) no Município de Rorainópolis, que iria centralizar todos os serviços dos municípios do sul do Estado. Diante do clamor da população daquela região, onde corpos até hoje esperam por mais de dez horas para remoção, a Assembleia Legislativa de Roraima alterou o Plano Plurianual (PPA) de 2015. Ou seja, já existe orçamento previsto para construir o IML no sul de Roraima, bastando apenas executar. DRAMAA imobilidade do governo para construir uma nova unidade do IML em Rorainópolis faz com que as famílias continuem sofrendo ainda mais quando perdem algum ente querido. Já houve casos de um corpo ficar estirado no asfalto por quase 12 horas, aguardando perícia e remoção, protegido por uma lona. Situação semelhante se repete nas demais cidades daquela região no sul de Roraima.