Bom dia! “Nenhum tesouro, por mais valioso que seja, supera o tesouro da honestidade” – Meishu Sama O Governo do Estado tenta desacreditar as notas da Parabólica, do dia 04, sobre o milionário e escabroso processo de aquisição, no valor de R$ 44,5 milhões, para a compra do “conjunto tecnológico e de segurança, lousa digital e softwares compostos de notebook, projeto, suporte antifurto, entre outros” pela Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed). Mentirosos são os argumentos usados pelo governador Chico Rodrigues (PSB), na nota publicada ontem, ao alegar que fora contratado tão somente 1% do valor (R$ 457 mil) para que “fossem encaminhados modelos dos produtos para avaliação técnica e de qualidade” pela Seed. Ao afirmar isso, o governador admite a inversão do processo legal quando se trata de contratar produtos e serviços. O correto é o gestor público primeiro avaliar o produto para depois adquiri-lo. Sendo assim, o que o Governo do Estado fez foi primeiro comprar para depois testar os produtos, colocando em risco os recursos do setor educacional. Não é mentira a informação sobre o processo formalizado para a compra desse suposto “kit tecnológico”. O Decreto 6.386-E, dando publicidade ao o processo 17101.12646/12-76, que foi homologado e cujo pregão foi vencido por uma empresa de Val Paraíso, do interior de Goiás, é a prova disso. Vale ressaltar que a homologação do processo é o primeiro passo para mandar empenhar o valor. Mais uma vez a Parabólica falou a verdade ao relatar que não se tratou de recurso de origem federal o pagamento pela aquisição do “kit tecnológico”. A compra dessas amostras foi faturada na conta do Fundeb, fundo este que é a fonte de recursos para pagamento do salário dos professores. Toda essa reação raivosa do governo vem ocorrendo porque a Folha tentou apurar todo o trâmite do processo do pregão, quando foi negado acesso aos documentos, assim como ocorre em outros episódios quando a imprensa de Roraima tenta buscar transparência nos atos públicos e encontra cerceamento às informações que deveriam ser públicas. A Parabólica reafirma tudo o que foi dito e reforça o compromisso que tem com a verdade. E, aproveitando a nota pública que coloca a compra dessas amostras à disposição para “visitação e conferência”, a Folha vai buscar os detalhes desse processo para que tudo seja esclarecido e os fatos se tornem de domínio público. MILAGRE Aos poucos o dinheiro começa a aparecer. Um ex-integrante do primeiro escalão governamental, que está desempregado há meses, anda falando que tem R$ 1 milhão para investir em duas franquias no Estado. Ele não faz questão de esconder e brada, em bom tom, que está com “bala na agulha”. Para quem não tem outro rendimento e recebia salário de primeiro escalão, realmente é um milagre da multiplicação. FALANDO GROSSO O senador Romero Jucá (PMDB) decidiu falar grosso contra o governo Dilma Rousseff (PT). Ele sabe que Roraima votou em peso em Aécio Neves (PMDB) para presidente, por isso sente-se à vontade para atacar Dilma, já pensando em recuperar a simpatia dos roraimenses depois de uma eleição estadual em que ele foi o principal derrotado. SEM AFAGO Em um almoço de confraternização do PMDB, em Brasília, na quarta-feira, para celebrar a vitória de Michel Temer, Jucá afirmou que não quer agradar ao Planalto. Ao ser procurado pelos jornalistas na entrada do Palácio do Jaburu, onde foi oferecido o jantar pelo vice-presidente Michel Temer aos peemedebistas, o senador de Roraima disse: “O PMDB não quer agradar ao Planalto. O PMDB quer agradar ao povo brasileiro e cumprir o seu papel como maior partido do País. É isso que vamos discutir aqui”. SAÍDA Embora a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) tenha anunciado a troca de comando na presidência somente esta semana, em uma matéria da Folha, o então presidente Cícero Batista já havia formalizado sua saída em assembleia realizada no dia 16 de outubro. Assumiu a condução daquela estatal Luís Barbosa Alves, conforme saiu em matéria divulgada na Folha.   ESCOLA 1 Embora a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) negue que haja algum interesse em fechar a Escola Estadual 31 de Março, não é bem isso que emissários do governo pensam. Alguns assessores visitaram a instalação da escola e por lá disseram que havia interesse de transferir para lá, assim que o ano letivo terminar, a sede da Secretaria de Gestão Financeira e Administração (Segad), que está para ser despejada do prédio de uma faculdade particular. ESCOLA 2 Conforme a Parabólica já divulgou, a Segad não vem pagando o aluguel do prédio da faculdade, inclusive foi dado ultimato para que as salas sejam desocupadas até dezembro. Então, a secretaria está correndo da sala para a cozinha a fim de conseguir um lugar para ficar. E a Escola 31 de Março seria esta opção.   CASSAÇÃO 1 Não há mais volta atrás quanto a cassação do governador Chico Rodrigues (PSB). Até domingo, a defesa dele terá que entrar com um embargo declaratório junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), cuja decisão não terá efeito suspensivo. Sendo assim, logo após o julgamento do embargo, seguida da publicação do acórdão, a cassação será comunicada. Chico teria que conseguir uma liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se manter no cargo, mas os analistas políticos acham isso pouco provável de acontecer. CASSAÇÃO 2 Causou surpresa no meio político a cassação faltando apenas dois meses para terminar o mandato de Chico Rodrigues. Os analistas afirmam que os três votos que o cassaram foram dos juízes que até aqui agiram de forma técnica. Mas há quem entenda que esta decisão foi motivada pelo atual quadro de falência e descalabro em que se encontra o Estado. Cassando o governador, estaria sendo adiantado, de fato e de direito, o processo de transição para o novo governo, pondo um fim à agonia administrativa.