Parabolica 08 05 2015 961

Bom dia! “O urgente geralmente atenta contra o necessário” – Mao Tsé-Tung É bom que o vereador Mário César (PMDB) saiba que existe a Lei de Acesso à Informação que obriga os órgãos de todos os poderes, incluindo a Câmara, de divulgar na internet, por meio do Portal da Transparência, todos os seus gastos. Por coincidência, esse foi o assunto tratado no “Bom dia!” de ontem. Na conturbada sessão de terça-feira, o nobre parlamentar imputou à imprensa a culpa pelo que está ocorrendo hoje naquela Casa, com populares raivosos na galeria lançando moedas ao plenário, portando faixas e cartazes com frases agressivas e gente xingando os vereadores. É bem verdade que existe um excesso por parte de alguns em suas manifestações, as quais começaram a partir da matéria do Fantástico. Mas a culpa definitivamente não é da imprensa. Nenhum profissional de comunicação é culpado pelo que está acontecendo por conta da divulgação dos valores das verbas e salários dos vereadores. Na verdade, tudo isso poderia ter sido amenizado se os números tivessem se tornado público, como prevê a Lei de Acesso à Informação. Se os dados estavam ocultos, contrariando a lei, e foram divulgados pela imprensa, então, ela nada mais fez do que cumprir o seu dever. Errados estão os poderes que ainda não abriram suas portas para a transparência, como exigem os novos tempos, insistindo em driblar a legislação e esquivar-se do monitoramento por parte da imprensa, que funciona como guardiã da opinião pública. A propósito, errados estão aqueles que não fazem bom uso das verbas que recebem, fraudando recibos, inventando gastos, superfaturando valores, desviando recursos e esbanjando dinheiro público em proveito próprio – inclusas as autoridades de todos os poderes.  É fácil culpar a imprensa, como já fizeram muitos que foram pegos de calças curtas em outras épocas. Difícil é acreditar que um parlamentar, que se elegeu usando o poder da mídia, beneficiando-se de todas as prerrogativas da liberdade de expressão e de imprensa, ataca aquilo que ele deveria defender com unhas e dentes. No mínimo, é para se dizer: – Lamentável! Muito lamentável! CARGOS Aos poucos, a poeira do imbróglio que se formou na Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) está sentando e os fatos clareando. A nomeação para cargos em comissão é um dos assuntos que sempre gerou discordância na cúpula daquela pasta, embora a atual administração tenha assumido o governo com o discurso de contenção de gastos. Como o titular da pasta, Januário Lacerda, recebeu o aval para ficar, depois que externou sua vontade de pedir exoneração, agora ele começou a executar sua proposta de criar mais cargos na estrutura da Academia de Polícia Integrada, que é subordinada à Sesp. ANTEPROJETO Na manhã de terça-feira, Lacerda apresentou um anteprojeto que cria 54 cargos na API, todos de livre nomeação do secretário de Segurança Pública. De nomeação da chefe do Executivo restarão apenas três cargos, incluindo os de diretor e vice. Até momento, antes de ser lançado, o Palácio Senador Hélio Campos ainda não tinha conhecimento da proposta, muito menos os demais órgãos que compõem a Academia de Polícia, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. TEMPO Mas fontes da coluna afirmam que o anteprojeto pode não vingar, pois Januário Lacerda poderá não ter muito tempo na pasta, uma vez que vem mostrando interesse em concorrer à Prefeitura de Mucajaí, onde já foi vice-prefeito e renunciou ao mandato. Outro fato é que está perto de vencer o prazo do pedido de afastamento do cargo de defensor público, que foi solicitado por ele desde a campanha municipal de 2012, pedido este que está vinculado aos quatro anos de mandato da atual administração de Mucajaí. ENAMORADOS O namoro mais comentado nas últimas semanas foi parar no site da revista Época. O veículo, na coluna “Expresso”, de segunda-feira, assinalou que o deputado Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM) e a deputada Shéridan (PSDB) estão namorando e que o parlamentar amazonense usa a foto do casal em seu perfil do Whatsapp. “Quando dá tempo, conversam sobre o pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma. Ouviu, Aécio?”, diz a publicação. REPÚDIO Os nutricionistas do Hospital Geral de Roraima (HGR) enviaram para a Coluna uma “nota de repúdio” criticando a Coordenação do Núcleo de Recursos Humanos do HGR. Eles dizem que vários profissionais foram pegos de surpresa com descontos em seus salários por faltas que não existiram. Eles protestaram ainda contra o tratamento que têm recebido quando vão contestar o erro e buscar seus direitos. O documento acaba por revelar outro problema que está acontecendo no HGR: todos os telefones estão cortados, segundo relata a nota. GOVERNO O Governo do Estado informou que, visando otimizar os recursos financeiros e dos serviços, mais de 60 pontos de telefones do HGR foram suspensos, ficando apenas disponíveis para ligação externa e para celular, setores chaves da unidade, como o setor de Assistência Social, o de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), a Direção Administrativa, Direção Geral, entre outros. A medida foi para enxugar a conta telefônica que chegava a quase R$ 109 mil, mensalmente. Com relação às faltas, informou que o servidor que chegar com 15 minutos depois do horário tem o ponto cortado. DENÚNCIA O caso dos bebedouros quebrados no HGR, comentado ontem na Coluna, foi parar no Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR). O familiar de uma paciente internada naquela unidade de saúde formalizou denúncia na Promotoria de Saúde, que irá apurar os fatos. A Promotoria de Defesa do Consumidor também deverá averiguar os preços abusivos da água mineral vendida no entorno do hospital, os quais chegam ao dobro do praticado no mercado.