Bom dia,

Leitor da Parabólica manda comentários sobre uma recente viagem que ele realizou entre Brasília e a cidade turística de Caldas Nova, no estado de Goiás, cujo trajeto atravessa as cidades de Goiânia e Anápolis. Ele narra também o que observou na volta para Boa Vista, cujo trecho, desde Manaus, foi feito através da BR-174. São realidades diametralmente opostas e retratam com clareza as diferenças entre a capacidade de realização de um povo com identidade própria e outro que é um mosaico de formações culturais que está longe, muito longe de criar uma identidade que una todos em prol de um objetivo comum.

Nosso leitor diz que no trecho entre Goiânia e Caldas Novas, com cerca de 250 km, pôde observar mais de mil pontos de venda, à beira da estrada, de frutos típicos do Cerrado (Pequi, entre eles), de artesanato (vasos cerâmicos, panelas de alumínio e bronze, chapéus de todas as formas e cores, confecções e tantos outros mais). Têm ainda restaurantes de comidas típicas (muitas variedades que utilizam o milho como matéria-prima principal) e uma infinidade de doces e compotas de frutas da região. “É uma viagem agradável e que nos faz sentir com vontade de não chegar”, diz o leitor.

“A distância entre Manaus e Boa Vista é de cerca de 750 km, e eu contei apenas dois pontos de venda em todo o trajeto, e que se resumem a vender tucumã e castanha-do-Pará, frutos da época, além de queijo coalho sem muita elaboração e doce de leite artesanal, do tipo que você vê em todo o Brasil. Nenhum restaurante de comidas típicas, afinal, comidas em Roraima refletem o mosaico que caracteriza nossa formação social. As locais como damurida, farinha d’água, paçoca e tartarugada e poucas outras, não se encontram sequer em Boa Vista. Esse é apenas mais um traço de nossa sociedade sem história e cuja tradição vai sendo levada de roldão sem dó nem piedade”, diz nosso leitor.

E alguém tem dúvida de que ele tem razão?

MULTASUm casal de boa-vistenses utilizou os serviços de um veículo que presta serviço através do aplicativo Uber para levá-lo até o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Como estavam um pouco atrasados pediram ao motorista que chegasse no menor tempo possível, sendo que o mesmo aumentou a velocidade e avançou quase todos os semáforos que estavam no vermelho. Surpreso, o casal perguntou ao motorista como ficariam as multas com tantas infrações cometidas: “Aqui os radares estão todos desligados. Os políticos estão brigando na Justiça pelo controle do esquema, que dá muito dinheiro. Aí, todas as licitações abertas são impugnadas. Enquanto isso, a gente vai ficando livre das multas”, disse o profissional.

VISITAEm uma visita ao ministro da Saúde, Gilberto Occhi, ontem, terça-feira (8), o depu¬tado Hiran Gonçalves (Progressistas) teve confirmada pelo ministro, sua visita a Roraima na próxima semana, com agenda para ser confirmada para segunda-feira, dia 14. Segundo a assessoria do parlamentar, Occhi vem anunciar investimentos do governo federal na área da saúde e avaliar os impactos da imigração venezuelana na saúde da população de todo o estado de Roraima. Ele vai também visitar as instalações que o Governo Federal tem disponibilizado no sentido de amenizar os problemas decorrentes da chegada dos venezuelanos no Estado. O objetivo do governo federal é ajudar o governo do Estado e as prefeituras de Pacaraima e Boa Vista para promoverem uma recepção cada vez mais digna e humanizada para as famílias que estão entrando no Brasil vindas da Vene¬zuela, diz Occhi.

SUSPENDEUO ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu liminarmente dispositivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do corrente exercício, que elevou de 3% para 4,5% das receitas líquidas orçamentárias do estado, com pessoal do Poder Legislativo. Segundo a decisão, esses dispositivos ferem o princípio da competência prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A decisão liminar foi dada no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5814, interposta pelo governo do Estado na Suprema Corte.

MARCADAA governadora Suely Campos (Progressistas) obteve outra vitória no Supremo Tribunal Federal. É que a ministra Rosa Weber, relatora de uma Ação Cível Originária em que o governo do Estado pede que a Suprema Corte determine ao governo federal que feche provisoriamente a fronteira com a Venezuela, ou que tome providências para assumir concretamente as despesas decorrentes da crescente onda migratória para Roraima, deu andamento ontem no processo. Rosa Weber marcou para o próximo dia 18 de maio a primeira rodada de conciliação entre representantes de todos os órgãos envolvidos na questão, que se realizará no próprio Supremo Tribunal Federal.

ALÍVIOA rápida recuperação do preço internacional do petróleo vai trazer um enorme alívio para os cofres do governo bolivariano de Nicolás Maduro e sua turma. Se as divisas internacionais adicionais que vão jorrar nos cofres do governo venezuelano forem utilizadas para melhorar a vida das pessoas daquele país, até nós, de Roraima, iríamos nos beneficiar com a diminuição do fluxo de pessoas de lá para cá. Acontece que Maduro e sua equipe são acusados de roubarem grande parte das receitas arrecadadas com a venda do petróleo, a maior riqueza do país.