Bom dia!“A política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem naquilo que lhes diz respeito. Em época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem” – Paul ValéryFAZENDAA revista IstoÉ que circulou no fim de semana trouxe a matéria “Minha fazenda, minha vida”, na qual afirma que a família do senador Romero Jucá (PMDB) vendeu parte de um terreno, por valor acima do mercado, para a Caixa Econômica Federal construir apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida em Roraima. Foram pagos R$ 4 milhões, mas a revista afirma que o valor está superestimado, pois, em valores de mercado, o banco deveria ter pago algo como R$ 1,5 milhão pelos 26 hectares, ou R$ 2,5 milhões a menos.LIGAÇÃOA transação imobiliária acabou por revelar outro fato. Conforme a revista, a construção das 2.992 residências é de responsabilidade da CMT Engenharia, que recebeu R$ 177,7 milhões pelo serviço. “O CNPJ da empresa reúne um aglomerado de outras empreiteiras e consórcios. Entre elas, a Egesa e a Constran, investigadas da Operação Lava Jato. A relação da família Jucá com a CMT vem pelo menos desde as eleições de 2010. A empreiteira doou R$ 500 mil ao comitê eleitoral de Jucá, então candidato ao Senado”, diz um trecho da matéria.PRÓXIMOEmbora tenham surgido protestos e gente desmentindo uma possível nova composição na Assembleia Legislativa, está cada vez mais próximo o esfacelamento do chamado G14, que até então dá as cartas naquela Casa legislativa. Os rumores dão conta de que alguns deputados deverão mesmo anunciar apoio ao Palácio Senador Hélio Campos, que passaria a ter maioria na aprovação de projetos. Os entendimentos estão caminhando e os próprios envolvidos na conversação não desmentem mais a aproximação com o governo Suely Campos (PP).MUDANÇAO sinal de que os entendimentos caminham a passos largos foram as últimas aprovações, em plenário, do nome de dois gestores indicados pelo governo para autarquias. Antes, a base aliada precisava se rebolar para conseguir convencer a aprovação dessas indicações e, algumas vezes, os nomes eram retirados para evitar uma flagorosa reprovação. Na semana passada, a votação foi tranquila e ainda cercada de elogios de alguns parlamentares aos indicados. BLOQUEIO 1O caso do Município do Cantá é um bom exemplo para os gestores que acham que acordo judicial pode ser ignorado. Passado um ano do acordo assinado para construir o Conselho Tutelar no Cantá, sem que as providências tenham sido tomadas, a Prefeitura daquela cidade encontrou as contas correntes bloqueadas por decisão judicial. E quem foi penalizado foi o servidor público, mais uma vez, que não recebeu o pagamento dos salários.BLOQUEIO 2O acordo foi formalizado em 2013 e, como não foi comprido, o Ministério Público entrou com ação de execução pedindo o bloqueio da conta no valor de R$ 250 mil para garantir a construção e estruturação do Conselho Tutelar. Como não havia todo esse montante depositado, foi feito o bloqueio de apenas R$ 181 mil. Os servidores já falam em fazer manifestação para cobrar o pagamento do salário.MERCADORIAO comércio roraimense vem sendo prejudicado pela greve dos funcionários da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). As mercadorias com pedidos do comércio local não podem ser movimentadas porque não estão sendo despachadas. Devido ao problema, produtos para repor estoque das lojas ou pedidos de clientes de várias empresas estão “presos” nas carretas, sem previsão de quando serão liberados por causa do movimento grevista. SEM PREVISÃONo comércio, clientes de lojas estão há mais de duas semanas esperando por pedidos que não chegam. Alguns gerentes estão dando previsão aos clientes de que o problema poderá ser resolvido a partir do dia 12, com um possível fim da greve. Porém, somente o movimento grevista é que irá decidir pelo fim da mobilização, que segue sem previsão de término. Na Suframa são liberados apenas produtos perecíveis, medicamentos e material médico-hospitalar.  ‘MINHA ÁGUA’Um pequeno produtor sugeriu que seja criado um programa semelhante ao Luz para Todos, de universalização da energia elétrica, para resolver o problema de abastecimento de água para famílias que vivem na zona rural. A sugestão dele é que seja criado o “Água para Todos”, programa que garantiria a construção de um poço artesiano para aglomerações de no mínimo cinco famílias onde não haja abastecimento da rede pública. Ele pede que sua proposta seja divulgada para que chegue aos ouvidos das autoridades. Feito o registro.INAUGURAÇÃOO Governo do Estado inaugurou mais uma reforma de escola pública na Capital, no fim de semana. Desta vez, foi entregue o prédio da Escola Estadual Wanda David Aguiar, no bairro Raiar do Sol, na zona Oeste de Boa Vista. O diferencial desta obra é a questão da acessibilidade, que foi respeitada no projeto. É a quinta reforma feita em menos de seis meses do atual governo. Haverá muito trabalho pela frente, considerando que as 380 escolas da rede estadual foram abandonadas por pelo menos cinco anos. É mole?