Bom dia! Pesquisa realizada por uma universidade europeia – Oxford, da Inglaterra – dá conta de que a maioria dos brasileiros (67%) prefere benefícios que um salário maior. Para quem observa um pouco da alma do povo tupiniquim, o resultado não surpreende e revela um pouco da nossa formação cristã, isto é, da visão cristã dos latino-americanos de uma forma geral, com forte influência do catolicismo romano. No Brasil, especialmente nos últimos anos, e a partir do Estado aprofundamos o sentimento de olhar a sociedade sob a ótica dos coitadinhos, que são excluídos e precisam de criação de mecanismos de benefícios estatais, cujo acesso se dá por critérios, alguns discutíveis, que não guardam qualquer noção de méritos. Só de direitos.

Numa sociedade que organiza a produção com base na livre iniciativa, todos sabem que os salários, com as devidas exceções do serviço público, são decorrentes do mérito de cada trabalhador. Esse mérito pode ser traduzido por várias manifestações, mas que resultam de uma coisa que os economistas chamam de produtividade. Assim, para ganhar salários maiores é preciso que os trabalhadores tenham maiores méritos.

Acontece que essa não é a visão da nossa gente brasileira, que prefere construir um castelo de direitos para usufruí-los, mesmo que não movam uma palha para construí-lo e mantê-lo em funcionamento.REVELARAinda ecos da matança ocorrida na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Até ontem, as autoridades do sistema carcerário estadual não revelaram as identidades dos executores daquela carnificina que matou de forma cruel 33 detentos. É claro que essas autoridades têm o dever de fazer essa revelação, inclusive adotando punições para esses criminosos cruéis e impiedosos. Não é crível que se diga da dificuldade de fazer um trabalho de investigação para apurar as responsabilidades. Ou estaríamos diante de uma confissão de absoluta incompetência dos que administram o sistema penitenciário estadual.AMEDRONTANDOUma mensagem e um áudio que estão circulando nas redes sociais, cuja autoria se atribui ao crime organizado – não vamos nominá-los para não fazer o jogo deles -, anunciam que esses bandidos vão agora atacar as pessoas comuns para saciar suas sanhas criminosas. Chegam à petulância de anunciar os alvos preferidos: os jovens que se postam sentados, para conversar na frente das residências. É mole? Para quem apelar?    NOMEADOSO ainda presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJRR), desembargador Almiro Padilha, assinou ato, ontem, nomeando cinco novos juízes substitutos para atuarem na Justiça estadual. Entre os nomeados está um ex-funcionário da própria justiça roraimense, egresso da Universidade Federal de Roraima. Trata-se do advogado Cleber Gonçalves Filho. Quem o conhece não tem dúvida de que a Justiça roraimense está ganhando um jovem e promissor magistrado: estudioso e muito sério, desde a mais tenra idade.NÚMEROSAs poderosas antenas da Parabólica alcançaram alguns números sobre a situação financeira da Assembleia Legislativa do Estado (ALE). São números impressionantes de eficiência e de resultados surpreendentes que vão na contramão do descaso e da irresponsabilidade no trato com o dinheiro público que grassa Brasil afora. É uma demonstração de que políticos podem ser bons administradores quando se tem vontade de fazer o certo.MULHERESCom a posse da defensora Terezinha Muniz como chefe da Defensoria Pública do Estado, ocorrida ontem, Roraima passa a ter a maioria dos poderes e órgãos dirigidos por mulheres: Suely Campos (governadora do Estado), Elaine Bianchi (presidente do Tribunal de Justiça do Estado), Elba Amarante (procuradora-geral do Ministério Público do Estado), Tânia Vasconcelos (presidente do Tribunal Regional Eleitoral) e a própria Terezinha Muniz (defensora-geral da Defensoria Pública do Estado). Para os homens restaram Manoel Dantas (presidente do Tribunal de Contas do Estado). Jalser Renier (presidente da Assembleia Legislativa do Estado) e Diogo Novaes Fortes (procurador-geral do Ministério Público de Contas).NEM TANTOO senador Telmário Mota (PDT) tem um argumento forte para dizer que Roraima não deveria ter sentido muito a crise econômica que se abateu sobre o Brasil durante o ano passado. Ele diz que quase todos os recursos para investimentos do Governo do Estado e das prefeituras dos municípios interioranos de Roraima vêm do Governo Federal, e estes não diminuíram no exercício passado. Quanto ao custeio, tanto o Fundo de Participação dos Estados (FPE) quanto o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tiveram aumentos reais em 2014, inclusive por conta do dinheiro arrecadado com o Programa de Repatriação.CRISEE a crise de fornecimento de derivados de arroz (cuim e xerém) para a fabricação de ração pelos pequenos produtores do Estado continua grave. As usinas beneficiadoras de arroz continuam produzindo devagar, quase parando, o que tem elevado o preço dessas matérias-primas, quando elas são encontradas no mercado. Já chegamos ao extremo de pagar mais caro por uma saca de xerém de 50 kg que a saca de milho com o mesmo peso. E não dá para comprar a quantidade de proteína entre os dois grãos.