Bom dia! Pronto. As informações que Brasília manda para o resto do Brasil indicam que a operação para estancar a sangria provocada pela Lava Jato, que veio ao conhecimento da nação brasileira com a divulgação das conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com os senadores Romero Jucá (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB), incluindo também o ex-senador José Sarney (PMDB), dão conta de que a operação abafa está a todo vapor.

No Senado Federal, ontem, foi constituída a poderosa Comissão de Justiça e Redação, com a participação de quase 80% dos 27 senadores, citados nas delações premiadas da Lava Jato. Para presidi-la foi escolhido Edson Lobão (PMDB), aquele senador maranhense citado duas vezes como beneficiário de propina, inclusive no âmbito da Lava Jato. A primeira tarefa dessa nova Comissão de Justiça e Redação será sabatinar o jurista e ex-ministro da Justiça, Alexandre de Morais, escolhido pelo presidente Michel Temer (PMDB) para substituir o falecido ministro Teori Zavascki.

Nomeado ministro, depois de sabatinado por senadores envolvidos na Lava Jato, e votado pelo plenário do Senado Federal, Alexandre Morais será o ministro revisor, no Supremo Tribunal Federal, exatamente da Lava Jato. O leitor entendeu? Tudo sob controle, num projeto bem urdido, que começou, como disse Jucá a Sérgio Machado, com a defenestração de Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto. Tudo muito bem arrumadinho.MÁ NOTÍCIAAs coisas só não estão um mar de rosas para os arquitetos da operação “estancar os efeitos da Lava Jato” por um acidente de percurso. Ontem, o novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, aceitou a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney. Eles são acusados de formar uma quadrilha para embaraçar os trabalhos da Justiça, acusação que levou para a cadeia e perda do mandato o ex-líder do PT, Delcídio do Amaral. O surpreendente neste caso foi a rapidez com que Fachin decidiu sobre o pedido de Janot. Será que teremos mais rapidez nos demais processos? Jucá e Renan disputam um campeonato particular de quem tem mais citações em processo que apura corrupção no Brasil. O número já passa de uma dezena. MONITORAMENTOO Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), do Governo Federal, informou esta semana que vai acompanhar de perto a qualidade do fornecimento de energia elétrica para Roraima, agora feito pela Eletrobras Distribuidora, para todos os municípios do Estado.  O CMSE quer analisar detalhadamente a energia dos roraimenses para indicar ações que aumentem a confiabilidade do suprimento da energia fornecida. É bom lembrar que Roraima é o único Estado brasileiro não integrado ao Sistema Elétrico Nacional.NO TCUA má qualidade da energia elétrica fornecida aos roraimenses foi objeto também, esta semana, de preocupação no Tribunal de Contas da União (TCU). O ministro José Múcio Monteiro atribuiu a má qualidade da energia elétrica fornecida no Estado aos problemas do suprimento que vem do complexo Guri/Macágua, com cortes frequentes, e lembrou que a solução final seria a conclusão das obras do Linhão de Tucuruí, que estão paralisadas. Diagnóstico perfeito, mas seria bom obrigar o Governo Federal ter a coragem de enfrentar o aparato indigenista/ambientalista que não permite o início das obras.TERCEIRALeitor da Parabólica mandou mensagem, via Whatsapp, para pedir o registro de que a governadora Suely Campos (PP) já criou três secretarias extraordinárias para acomodar o ex-deputado federal João Pizzolatti Júnior. A primeira foi a Secretaria Extraordinária de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos (Seapi). A segunda foi Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais. A última, agora, em fevereiro/2017, foi a Secretaria de Estado Extraordinária de Promoção de Investimentos (Sepin). O leitor lembrou ainda que, em dezembro do ano passado, a governadora anunciou o fim de todas as secretarias extraordinárias com a reforma administrativa. NOMEADOS          A governadora fez publicar, no mesmo Diário Oficial do Estado (DOE), de 06.02, que publicou o decreto de criação da nova Secretaria Extraordinária de Promoção de Investimentos (Sepin), a nomeação de João Pizzolatti Júnior para a chefia dessa pasta e também a nomeação de José Haroldo Ribeiro Sousa para secretário-adjunto. A finalidade da nova pasta, como o próprio nome sugere, é a de articular a atração de novos investimentos públicos e privados para Roraima.

REFORMAEssa é para os deputados estaduais que vão discutir a reforma administrativa. Embora a agricultura familiar seja declarada nos discursos dos políticos como prioridade de governo, Roraima é o único Estado brasileiros que não tem uma instituição, com autonomia, para prestar assistência técnica a pequenos produtores. E sem esse serviço, como transferir a tecnologia necessária? Outra informação: Roraima é também o único Estado da Federação a não possuir uma fundação de amparo à pesquisa.