Bom dia,

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve ter informações sobre Roraima que não estão ao alcance das pessoas comuns. Ontem, terça-feira (09.04), mais uma vez, ele fez declarações sobre as riquezas do estado, que seguramente animam todos nós, e até aqueles que desejam investir por aqui.

Na frente de milhares de prefeitos de todo o país, de dois governadores, dos presidentes do Senado Federal e da Câmara Federal, e de quase todo seu ministério, Jair Bolsonaro disse que se Roraima fosse um país seria um dos mais ricos do mundo. Falou do potencial de Roraima, e insinuou que está decidido a remover os obstáculos que amarram nosso estado no subdesenvolvimento.

Justiça se faça ao presidente Bolsonaro. Com relação a Roraima ele mantém o mesmo discurso desde a campanha. Aproveita todas as oportunidades, inclusive das mais solenes, para falar das potencialidades da terra roraimense, e de dizer que seu governo vai tratar de tornar realidade esse potencial. Hoje, ele completa 100 dias de governo e, afora alguns afagos como o de mandar ministros visitarem o estado, não é possível falar em medidas concretas para transformar em ação as palavras do presidente sobre o estado.

É claro, não estamos esquecendo do reconhecimento da construção do Linhão de Tucuruí como obra do interesse estratégico nacional, que seguramente ninguém põe em dúvida a sinceridade do presidente, quando fixou até um calendário para início e conclusão da obra. Acontece que ainda restam muitos nós a serem desatados e a prudência manda esperar os próximos lances, inclusive, o resultado da visita próxima do ministro das Minas e Energia, a Roraima. A chegada dele está prevista para amanhã, quinta-feira (11.04), acompanhado de uma grande comitiva de autoridades federais. Tomara que tragam boas novas.    

VISITA

A embaixadora no Brasil do governo interino da Venezuela, Maria Teresa Belandria, visitou ontem a redação da Folha. Acompanhada do ex-deputado federal Raul Lima, Belandria que está em visita oficial a Roraima, veio a Boa Vista e a Pacaraima. Nas duas cidades, a embaixadora visitou abrigos de refugiados venezuelanos e manteve conversas com as autoridades militares que coordenam a Operação Acolhida, inclusive o coordenador geral, general Eduardo Pazuello. Aqui, a embaixadora disse que não existem palavras para expressar o agradecimento da população venezuelana ao governo brasileiro, pela forma eficiente e humana com que tem tratado os imigrantes que fogem da miséria criada pela ditadura de Nicolás Maduro.

INTERINO

Advogada e professora universitária, a embaixadora Maria Teresa Belandria diz que não é correto tratar Juan Guaidó de presidente autoproclamado. O presidente Guaidó não se autoproclamou presidente, ele assumiu a função de presidente interino da República Bolivariana da Venezuela na forma da constituição do país, uma vez que Nicolás Maduro ocupava o posto ilegitimamente através de eleições fraudadas como quase todo o mundo civilizado concorda. “Ele, Juan Guaidó, é presidente interino da República já reconhecido por mais de 50 países”, diz Belandria.

ESPERANÇOSO

O ex-deputado federal e empresário Raul Lima, que acompanhou a embaixadora Maria Teresa Belandria na visita à Folha, disse em rápida conversa com a direção do Grupo Folha que está muito esperançoso de assumir uma das vagas na Assembleia Legislativa do Estado, no lugar do atual ocupante, Odilon Filho, cujo processo que contesta sua inelegibilidade já está no Tribunal Superior Eleitoral, e que pode ser julgado como revel a qualquer momento. Os advogados de Raul Lima já requereram naquela superior corte da Justiça Eleitoral o julgamento da ação.   

MUDANÇAS

Aos Poucos a Roraima Energia S.A. começa a tomar a cara de empresa privada. Em fevereiro passado, uma Assembleia Geral da empresa destituiu do cargo de conselheiro do Conselho de Administração Anselmo de Santana Brasil e Flávio Decat de Moura. Também foram destituídos do Conselho Fiscal da Roraima Energia, o próprio Flávio Decat de Moura e Silas Rondeau Cavalcante Silva. Essa gente é remanescente dos tempos em que o PMDB dava todas as cartas no setor elétrico federal brasileiro. Tempos de histórias pouco honrosas no Brasil, e que ainda precisa ser apurado com rigor.

DEFICIT

A oposição fez de tudo, ontem, terça-feira (09.04) para não deixar o relator da Reforma da Previdência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, da Câmara dos Deputados, ler seu relatório que recomenda sua admissibilidade. Só à título de informação: Os gastos com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) devem chegar em 2019 a R$ 754 bilhões. Em 2018 esses gastos foram de R$ 692 bilhões; um aumento de R$ 52 bilhões em apenas doze meses. Em fevereiro deste ano, a receita do RGSP foi de R$ 31,6 bilhões, enquanto as despesas somaram a R$ 46,7 bilhões, um deficit de R$ 15,1 bilhões em 28 dias. Alguém pode dizer de onde virá a grana para bancar tudo isso?

DAR NOMES

Pelo menos três parlamentares exigiram que o ex-secretário estadual de Saúde, Ailton Wanderley, diga os nomes dos políticos que estão envolvidos com contratos de prestação de serviços às unidades hospitalares da rede pública estadual de saúde: os senadores Telmário Mota (PROS), Mecias de Jesus (PRB) e o deputado federal Hiran Gonçalves (Progressistas). Eles entendem que as acusações são muito sérias e não podem ficar sem uma apuração rigorosa. Em tempo: apesar do requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) já conter 12 assinaturas de apoiamento, o pedido ainda não foi protocolado na ALE.