Bom dia,Para onde caminha este Brasil velho de guerra? Todos os brasileiros e as brasileiras haviam sido informados pela imprensa que, na próxima quarta-feira, 12, o Senado Federal votaria o relatório do senador mineiro, Antônio Anastasia (PSDB), que pede a abertura de processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Todas as contagens indicam que a maioria dos senadores está disposta a aprovar o relatório do senador tucano, o que pode resultar na decretação da perda definitiva do mandato da atual presidente.
Pois bem, ainda na manhã de ontem, 09, a nação tupiniquim foi informada que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), havia decidido anular a votação de admissibilidade do impeachment, já aprovado pela Câmara Federal, naquela sessão histriônica de domingo 17.04. Com a decisão, o presidente da Câmara oficiou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), solicitando de volta o processo para que ele seja outra vez votado pelos deputados. A inusitada decisão gera enorme confusão na cabeça dos brasileiros e das brasileiras. Afinal, o que vai acontecer agora?
Essas decisões estranhas estão se tornando recorrentes no Brasil, elas partem tanto do poder Legislativo quanto do poder Judiciário. Nos dias que correm, parece haver um jogo de vale-tudo, onde o Supremo Tribunal Federal inventa uma suspensão de mandato parlamentar – o que não está inscrito em qualquer diploma legal brasileiro -, o que enseja ao presidente da Câmara o direito de mandar anular uma votação realizada faz quase um mês e por ampla maioria de votos. Dá para entender o buraco em que meteram a Nação brasileira?ROMBO Em entrevista concedida à Rádio Folha, no domingo, 08, o presidente do Instituto de Aposentadoria do Estado de Roraima (Iper), Ronaldo Marcílio, disse que o rombo deixado no órgão pela administração passada foi de quase R$ 200 milhões. O trabalho para reaver esses recursos pode chegar a recuperar algo em torno de R$ 80 milhões, na melhor das hipóteses. Isto significa dizer que, pelo menos, uns R$ 100 milhões estão definitivamente perdidos.ROMBO 2Uma das instituições financeiras utilizadas pela última administração do Iper, para jogar fora milhões de reais pertencentes aos servidores públicos do Estado, foi uma tal de BVB Financeira, liquidada pelo Banco Central do Brasil. Essa mesma financeira, segundo uma empreiteira apanhada na Lava Jato, foi a mesma utilizada para repassar alguns milhões de reais a um notório senador do PMDB, através de um contrato de assessoria fajuto, isto é, contratação de serviços de consultoria que nunca foi realizada. E todo mundo continua serelepe como se nada tivesse acontecido, apesar da atual direção do Iper já ter encaminhado o resultado de auditoria para os órgãos de fiscalização.TERRORISMOUm conflito aparentemente sem importância reflete o estilo de atuação de algumas instituições representativas do movimento indigenista, instalado em Roraima. Moradores de uma comunidade indígena (Raimundão I) filiada ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) teriam amarrado e torturado moradores de outra comunidade indígena (Raimundão II), esta filiada à Sociedade dos Povos Indígenas de Roraima (Sodiur). Seria uma forma de pressionar os índios dessa segunda terra indígena a aceitarem a unificação das duas comunidades. Se a moda pega.EXEMPLOQuem trabalha na imprensa e vive o dia pesquisando informações acaba sabendo muitas coisas que se passam nos bastidores. Nessa condição, é possível afirmar que a Lava Jato, tão falada e propalada como uma grande operação de combate à corrupção, e que serviria para inibir que os cofres públicos da república tupiniquim continuassem surrupiados, está longe de cumprir esse papel. Se houvesse mais transparência de alguns órgãos de fiscalização, a população saberia de peripécias de alguns agentes públicos de arrepiar os cabelos. Eles, esses agentes públicos, continuam roubando como se a Lava Jato fosse coisa da China.VICEA prefeita Teresa Surita (PMDB), candidata a reeleição, ainda estuda a escolha do ou da candidata a vice para compor sua chapa. Correligionários da prefeita dizem que, se a decisão fosse hoje, Teresa não sairia no meio do mandado para se candidatar ao governo estadual em 2018. Nesse cenário, esses mesmos correligionários dizem que a vontade da prefeita é ter como companheiro ou companheira de chapa um nome entre aquelas que fazem parte de sua equipe de auxiliares. Evidentemente que seja de sua estreita confiança.ELEITORADOOs números ainda precisam ser confirmados pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas levantamentos preliminares do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) indicam que o número de eleitores cadastrados no Município de Boa Vista chega, exatamente, a 206.682. Isto quer dizer que o segundo turno é uma possibilidade concreta nas eleições municipais de outubro próximo. Nem isso tem estimulado a governadora Suely Campos (PP) a definir um candidato, ou candidata, para representar seu grupo político no enfrentamento à prefeita Teresa Surita.