Bom dia!Henrique Meireles, o comandante da equipe econômica do governo interino, é, sem lugar a dúvida, um banqueiro bem-sucedido e executivo respeitado pelo mercado. Essas qualidades levaram o presidente Michel Temer a ungi-lo como figura central do ministério. A indicação de Meireles agradou ao setor bancário/financeiro e também ao setor dito produtivo, incluindo aí os grandes industriais, os dirigentes do comércio, e mesmo os empresários do agronegócio. Apesar de ainda não ter conseguido fazer valer sua promessa de cortar gastos – muito pelo contrário, o governo continua gastando mais do que arrecada -, Meireles segue confiável para as classes empresariais.
Apesar de confiança manifestada em várias ocasiões, os empresários tupiniquins ainda não responderam aos apelos do ministro da Fazenda para retomar os investimentos, essenciais para tirar a economia brasileira do buraco. Boa parte da poupança desses grandes empresários continua aplicada na compra de títulos da dívida pública, que remuneram muito bem, e ainda não oferecem risco alto. Tanto isso é verdade que o governo interino continua apostando nas parcerias com a iniciativa privada através de concessões, privatizações e outorgas para fazer a economia crescer.
A um observador relativamente informado parece existir uma grande lacuna em toda a política econômica traçada pelo novo governo. É claro, que os grandes negócios são importantes para o País, mas quem gera emprego capaz de fazer a economia crescer sustentavelmente são os médios, pequenos e micros empresários, da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura. E esses decididamente ainda não receberam qualquer aceno do governo interino. Continuam enredados na burocracia e no peso excessivo da carga tributária. Sem eles, é ilusão pensar na retomada do crescimento. LICITAÇÃORecente resolução do Conselho de Desenvolvimento Industrial, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento (SEPLAN), parece indicar que o governo vai destinar lotes no Distrito Industrial, organizando-os por setores de atividades. A mesma Resolução Nº 008/16 indica que a nova orientação do governo é vender os lotes disponíveis no Distrito Industrial através de processo licitatório. A medida é positiva, mas será difícil retirar invasores que ocupam lotes sem fazer qualquer investimento e ainda com desvio de destinação.PESQUISASegundo fontes da Coluna, a famosa pesquisa quantitativa e qualitativa encomendada pelo governo, para traçar o cenário político-eleitoral de Boa Vista, deveria estar disponível para os estrategistas políticos do Palácio Hélio Campos, no dia de ontem, domingo (10.07). Só então seria batido o martelo da escolha do nome que vai representar o governo no embate eleitoral de outubro próximo. As mesmas fontes dizem que a governadora Suely Campos (PP) teria comunicado ao deputado federal Hiran Gonçalves (PP), mas veio um ‘nada feito’ partido dos estrategistas.VAI E VEMNa quinta-feira, 07.07, a Parabólica recebeu a informação de que o deputado estadual Chico Mozart estaria deixando o Grupo dos 14 e seguindo em direção de um dos blocos que apoia a governadora Suely Campos. Procurado no dia seguinte pela reportagem da Folha, o parlamentar negou qualquer aproximação ao Palácio Hélio Campos. No final de semana, as fontes da Coluna reafirmaram que Chico Mozart está mesmo migrando para a base governista na Assembleia Legislativa, e tudo pode ser oficializado ainda nesta semana, que se inicia hoje.PERDE E GANHAAinda na quinta-feira, a Parabólica recebeu informações dando de conta que, se o governo ganhará com a vinda de Chico Mozart, perderá o apoio do deputado estadual Valdenir da Acta. Este estaria de mala e cuia em direção ao Grupo dos 14, mantendo inalterado o balanço de forças no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado (ALE). No meio da tarde de sexta-feira, 08.07, o próprio Valdenir chegou a confirmar a notícia, mas no começo da noite, ainda da sexta-feira, parece ter desistido da ideia de abandonar o barco governista.DESTINAÇÃOEm longa e importante entrevista dada ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha, ontem, domingo, o desembargador Mauro Campello revelou uma informação de que poucos ainda tinham conhecimento. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disse que a partir dessas eleições, um percentual dos gastos dos partidos deve ser necessariamente destinado para apoiar as candidatas mulheres. É, sem dúvida, um grande avanço, afinal, os partidos políticos brasileiros são, em sua maioria, dominados por homens. Nalguns partidos e coligações, as mulheres só entravam para cumprir o percentual exigido em lei.FECHANDOAinda da Rádio Folha. Ontem o Repórter 1020, Antônio Sousa, deu uma notícia muito triste. Segundo ele, que mora naquele conjunto, os pequenos comerciantes do Bairro Cruviana, estão fechando as portas por falta de segurança. Um supermercado de porte médio; um de pequeno porte; duas farmácias; e outros estabelecimentos abandonaram o bairro depois de sofrerem reiteradamente a visita de bandidos armados, que roubam e ameaçam os donos e os empregados desses pequenos comércios. E, segundo os moradores, não adianta denúncia ao aparato policial, porque não dá em nada. É mole?