Bom dia,
Hoje é terça-feira (19.01). O governo federal com auxílio dos governos estaduais e municipais começou a vacinar parte da população brasileira como a vacina Coronavac, mas a quantidade de vacinas disponível até agora não chega a pouco mais de 10 milhões de doses, e estamos contando com o novo pedido de uso emergencial de 4 milhões a ser feito pelo Instituto Butantan junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como a imunização exige duas doses da vacina essa quantidade vai ser suficiente para vacinar apenas cerca de cinco milhões de brasileiros e brasileiras, ou seja, 2,29% da população.
Isso é muito pouco, e não dá para aumentar esse número, vacinando mais gente com a primeira dose, na expectativa de que cheguem mais doses da China para repetir a dose nos que receberam a primeira. Por conta das idas e vindas do governo federal, no campo do planejamento estratégico e das relações exteriores, não está sendo fácil colocar o Brasil na fila dos pedidos de vacinas, tanto da China quanto da Índia, apesar dos dois países serem integrantes do BRICS, o restrito clube de cinco países emergentes. O negacionismo do governo Bolsonaro atrasou os pedidos de compra da vacina chinesa e da vacina inglesa fabricada na Índia. Os dois países têm as maiores populações do planeta, sendo natural que deem prioridade para a vacinação de seus habitantes.
Com relação à China existe ainda os tropeções do governo Bolsonaro com o governo daquele gigante asiático. Através do próprio presidente brasileiro; de seus filhos; e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a China foi agredida verbalmente por várias vezes. É claro que a conta dessas agressões diplomáticas -todas absolutamente desnecessárias –, vai chegar agora, apesar da boa relação entre o governador paulista João Dória (PSDB) com os chineses. Por conta dessas razões, começamos a vacinar a população, sem ter como fazer um cronograma de vacinação minimamente confiável, e isto é absolutamente inaceitável. Afinal, mais de 50 países já têm seus calendários definidos.
CUIDADOS
O reduzido número de vacina e a falta de um cronograma confiável de vacinação são fatores que deveriam servir de reflexão da população brasileira quanto aos cuidados recomendados pela comunidade científica para evitar mortes e infecções que são principalmente o uso de máscaras e o distanciamento social. Práticas que vêm sendo relegadas por membros do alto escalão do governo federal, o que seguramente estimula o comportamento irresponsável da maior parte da população brasileira. É só andar pelas ruas e avenidas de nossas cidades, ou mesmo pelas praias, bares e restaurantes, para se convencer que a maioria dos brasileiros e das brasileiras só entende a gravidade da pandemia quando a Covid19 bate na porta, e entra em suas casas matando entes queridos.
ATENDIMENTO
A legislação, inclusive municipal, exige que os estabelecimentos de qualquer setor econômico obriguem seus colaboradores a manterem o distanciamento social, e especialmente, utilizem máscaras. A mesma exigência é feita aos clientes, sem o que o estabelecimento está autorizado a não os atender, inclusive, a lei manda afixar avisos em lugares estratégicos para ficar clara a exigência. Em Boa Vista, estas exigências quase nunca estão sendo cumpridas, basta ir a um posto de abastecimento de combustível. Neles, poucos atendentes utilizam máscaras e mantém distanciamento dos clientes, cuja maioria também não a utiliza.
LOA
A Lei Orçamentária Anual (LOA) do município de Boa Vista para 2021 foi aprovada ontem pela Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), com várias emendas a contragosto do prefeito Arthur Henrique (MDB) e de sua base de apoio. A maioria dos votos (11 a favor das emendas e 8 contra) foi até maior do que se previa. A Parabólica, o vereador Sandro Baré (Republicanos) disse que provavelmente o prefeito Arthur Henrique vai vetar essas emendas, e se houver derrubadas dos vetos o imbróglio vai parar na justiça. O vereador entende que não havia mais prazo para a apresentação de emendas à LOA, além do que não pode haver desequilíbrio orçamentário entre as unidades da PMBV, sob pena de prejudicar a população.
RÁPIDAS
Enquanto os deputados estaduais concederam um limite de 30% para que o governador Antônio Denárium (sem partido) altere o orçamento estadual de 2021 por decreto; os vereadores só autorizaram o prefeito Arthur Henrique a mexer por decreto no orçamento em no máximo 3%. Numa demonstração clara de que, pelo menos até agora, a maioria dos edis boa-vistenses querem manter o Executivo sob o controle com rédeas curtas. ### E a Área de Proteção e Cuidado (APC), da Operação Acolhida, hein? Continua sendo desmontada, apesar da promessa do governador Antônio Denárium de assumir seu funcionamento desde primeiro de dezembro do ano passado. ### Até amanhã.