Bom dia,

Hoje é quarta-feira (07.04). É flagrante a satisfação dos ambientalistas, especialmente daqueles ligados ao ambientalismo internacional – e também dos defensores da inserção subalterna do Brasil no globalismo comandado pela ONU-, com a troca do ministro das Relações Exteriores do Brasil, aceita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), depois de receber pressões de senadores e deputados federais. É nos detalhes que se pode encontrar a explicação para tanta satisfação. A primeira audiência do novo chanceler Carlos Alberto Franco França é emblemática neste sentido, afinal, ele recebeu o senador tocantinense Irajá Júnior (PP), que  é filho da senadora Kátia Abreu (PP), também do Tocantins, responsável pela gota d’água que obrigou Bolsonaro a demitir o ex-chanceler Ernesto Araújo.

É bom lembrar que ao decidir sair do Ministério do Exterior atirando, Ernesto Araújo, acusou a senadora tocantinense de fazer lobby, durante um almoço no Itamarati, em favor da empresa chinesa Hauwey, uma das gigantes de alta tecnologia, e detentora do sistema 5G. Segundo o ex-chanceler, Kátia Abreu, que é presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, teria lhe prometido facilitar a vida, caso a empresa chinesa saísse vencedora da concorrência que se está realizando no Brasil para a adoção do 5G. A senadora nega ter feito pressão sobre o ex-ministro, e até anunciou que a área jurídica do Senado Federal estuda patrocinar uma ação judicial contra Ernesto Araújo.

Irajá Junior, o senador-filho de Kátia Abreu, é o principal defensor no Congresso Nacional, da venda de terras no território brasileiro a empresas internacionais, um dos principais ponto de atrito do ex-chanceler Ernesto Araújo como governo da China, que nunca escondeu o desejo de comprar terras no Brasil, para desenvolver projetos de produção agropecuária; e quiçá, receber montanha de dinheiro proveniente de sequestro de carbono, quando o mercado de venda desses títulos realmente se consolidar no mundo. Jair Bolsonaro, sob a orientação de Ernesto Araújo, havia declarado que vetaria e combateria, qualquer inciativa de vender parte do território nacional a estrangeiros. Será que agora o caminho está aberto para que o território pátrio seja alienado?

O PRÓXIMO

Já os ambientalistas, e sua poderosa rede de instituições não governamentais, exultam com a possibilidade do novo ministro das Relações Exteriores adotar um política de alinhamento com o ambientalismo internacional, especialmente a partir das pressões do governo estadunidense de Joe Biden, que prometeu ainda em campanha, arregimentar outros países e muta grana para pressionar o governo Bolsonaro a mudar sua política ambiental, especialmente sobre a Amazônia. É nesse sentido que os ambientalismo já dão como certa a queda de mais um ministro da estreita confiança de Jair Bolsonaro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. É bom levar em conta que nunca o presidente esteve tão fragilizado, refém que é de suas ideias negacionistas sobre a pandemia da Covid19 e das pressões do Centrão.

DE FORA

Governadores de quase todos os estados brasileiros estão se mobilizando para comprar vacinas contra a Covid19, já autorizados pelo Congresso Nacional. Ontem, terça-feira, eles passaram mais de quatro horas reunidos com o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barras Torres, pedindo a liberação, em regime de urgência, do uso da vacina russa Sputnik V no Brasil. Doze, dos governadores, inclusive de estados pequenos como o Amapá e o Acre, já fizeram encomendas da Sputnik V, em torno de 60 milhões de doses, e aguardam apenas a autorização da Anvisa para começar a receber a vacina russa e vacinar suas respectivas populações. O governo do estado de Roraima não faz parte do grupo de governadores interessados em comprar imunizantes.

RÁPIDAS

No Amazonas a população com idade menor de 50 anos, e com indicações de comorbidade devidamente provada, já pode ser vacinada contra a Covid19. Por aqui, tão cedo isso não vai acontecer. Um pena! ### As chuvas que parecem ter chegado, são essenciais para quem vive no campo, mas aumentam a dor-de-cabeça dos governantes. Em Boa Vista alagamentos e sujeira acumulada desafiam a ação da prefeitura; e no interior do estado, vicinais lamacentas e pontes quebradas fazem os moradores clamar por providências do governo estadual. ### Observadores políticos dizem ser muito remotas as possibilidades de o governo de Jair Bolsonaro começar as obras do Linhão de Tucuruí, uma de suas promessas de campanhas e reiteradas várias vezes depois de assumir a presidência. É bom lembrar que não se deve responsabilizar só os índios Wamiri-Atroari pelo fracasso da empreitada. ### Até Amanhã.