Bom dia,
Hoje é quarta-feira (21.04). É feriado nacional, um dos poucos que restaram para comemorar uma efeméride de afirmação nacional, depois da revisão da história que temos adotado em nossas escolas. É Dia de Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, um mineiro, que além de dentista prático, também foi minerador, tropeiro e militar. Em 1789, por coincidência, o mesmo ano da prestigiada Revolução Francesa, Tiradentes comandou um movimento, chamado Inconfidência Mineira, como resposta à opressão exercida pela coroa portuguesa, que suprimia liberdades dos colonizados e cobrava impostos extorsivos sobre tudo que se produzia na colônia -única colônia portuguesa nas américas-, especialmente, no caso de Minas Gerais, sobre a atividade de extração de ouro. Inspirada no Iluminismo de meados Século XVIII, a Inconfidência Mineira foi o primeiro grande movimento libertário, na luta pela soberania do Brasil, e Tiradentes foi o único dos insurretos condenado à morte, por enforcamento, seguido de esquartejamento e exposição pública.
E por quê, estamos relembrando o fato histórico da Inconfidência Mineira? Nunca o sentimento de opressão e de ataque à nacionalidade/soberania no Brasil dos dias de hoje, foram tão parecidos como aqueles vigentes no final do Século XVIII. Como nos tempos coloniais -quando a Coroa portuguesa espalhava olheiros que fuxicavam para as autoridades todo e qualquer movimento que significasse uma reação aos seus interesses e objetivos-, também agora não é diferente. É claro, guardadas as devidas diferenças quanto aos métodos de reação – a violência se manifesta de forma mais refinada-, as forças hegemônicas que querem impor -e de fato impõem-, comportamento aos países da periferia tem seus “fuxiqueiros” espalhados pelo Brasil.
A ocorrência da Conferência de Cúpula sobre meio ambiente -que começa hoje-, convocada pelo presidente estadunidense Joe Biden, os fuxiqueiros de plantão, à serviço da submissão do Brasil aos interesses internacionais, nunca estiram tão ativos. Ações partidas de artistas, de gente ligada a Organizações Não Governamentais (ONGs) e de pessoas de dentro da academia brasileira; com apoio da imprensa engajada na defesa do ambientalismo internacional-, está fuxicando intensamente. Reuniram-se para organizar fuxicos para que Joe Biden endureça o discurso e a prática contra o Brasil. Pedem que o presidente estadunidense não assine qualquer acordo envolvendo o governo nacional do Brasil, se pudessem, com certeza proibiriam a participação no nosso país nesse encontro de cúpula.
IMPLOSÃO
E o Supremo Tribunal Federal, sob inspiração dos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, continua na empreitada de implodir a Operação da Lava Jato. Ontem, de uma só tacada, o STF mandou extinguir as ações que haviam tornado réus -eles chegaram a ser presos-, o ex-presidente da República Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco, ambos do MDB. Também, em decisão monocrática, o ministro Alexandre Morais, mandou para o lixo a ação que havia condenado o ex-ministro petista da Fazenda, Guido Mantega. Parece que já não há tanta sangria desatada a controlar. Está tudo controlado, e aquilo revelado por conta da Lava Jato, foi um amontoado de ilusões criadas pela mende fértil dos agentes da Polícia Federal, procuradores da República e do ex-juiz Sérgio Moro.
ORLA
Na segunda-feira (19.04) um ouvinte da Rádio Folha FM 100.3, ligou para a emissora durante o programa “Bom Dia Roraima” para fazer um desabafo. Disse ter ido na Orla Taumanã, e ficou indignado quando viu operários trabalhando na reconstituição dos pilares daquela obra, que foi inaugurada há menos de 10 anos, e já está sendo reparada. O ouvinte lembrou que esta obra já foi objeto de processo judicial por conta de superfaturamento e redução da área construída, e que até hoje não se sabe se alguém foi punido pelas falcatruas. Disse também que gostaria de saber por qual razão a obra está sendo refeita, qual o preço das correções, e quem está pagando? Tem razão o ouvinte, de nome Elizur, que ligou para a rádio. As condições de construção da Orla Taumanã é um escândalo que nunca foi aclarado pelos órgãos de fiscalização federal e estadual.
SEM SINTONIA
A forma com decidiram o governo estadual e a Prefeitura Municipal de Boa Vista, com relação ao feriado dedicado a Tiradentes, é mais um episódio indicativo de que não há qualquer sintonia e diálogo entre os dois níveis de governo. Enquanto o governador Antônio Denárium (sem partido) decidiu transferir para sexta-feira (23.04) as comemorações -criando mais um feriadão-, o prefeito Arthur Henrique (MDB) expediu decreto limitando os serviços púbicos municipais, inclusive de transporte público, para comemoração do feriado nacional. No meio, uma população, que não sabe a quem obedecer. País complicado este Brasil.