Bom dia,
Hoje é quinta-feira (22.04). Historicamente foi o dia em que oficialmente, o navegador português Pedro Álvares Cabral, chegou à Costa brasileira na Bahia e que ficou marcado como o Dia do Descobrimento. Hoje poucos brasileiros e brasileiras vão lembrar deste episódio histórico, e muito menos comemorá-los. O revisionismo histórico de que foi vítima a educação brasileira passou a considerar a chegada, oficial, do primeiro europeu ao Brasil, como uma invasão aos territórios ocupados pelos indígenas naquele que se transformou no maior país da América do Sul, tanto do ponto de vista territorial, quanto populacional e econômico. Mesmo assim, os revisionistas consideram a data como o marco inicial da vergonhosa ocupação europeia em terras que deveriam continuar a ser ocupada pelos indígenas. Que fazer?
OFICIOSA
A Conferência de Cúpula sobre o clima que começa hoje -erramos ao noticiar que seria começada na quarta-feira-, na cidade de Washington, capital do Estados Unidos da América (EUA), não é um evento oficial, logo não terá o condão de referendar acordos ente os países participantes. No máximo, será um encontro preparatório, com a participação apenas de chefes de governo, para o encontro sobre clima, a COP26, que será realizado no mês de novembro na cidade de Glasgow, capital da Escócia, sob o domínio da Organização das Nações Unidas (ONU). A presença confirmada de 40 chefes de Estado -existem quase 200 países filiados àquela instituição supranacional-, deve ao prestígio dos EUA, como a, ainda, maior potência econômica e militar do mundo. Só isso.
OBEJTIVO
Analistas internacionais independentes sabem que o grande objetivo dessa Conferência Cúpula, organizada pelo governo democrata estadunidense é dar uma janela colossal para que seu presidente Joe Biden, possa anunciar o retorno dos Estados Unidos aos acordos sobre o clima firmados por mais de 190 países, durante a conferência sobre o clima, a COP21, realizada em Paris (França) em 2015. O país norte-americano havia abandonado o acordo de Paris por determinação do ex-presidente republicano Donald Trump. De olho no mercado internacional de alta tecnologia, que inclui a adoção do 5G -é bom lembrar que o governo brasileiro vai escolher dentro dos próximos dias se adota a tecnologia americana, ou se opta pela chinesa-, Joe Biden quer ampliar as metas de redução de emissão de gases tóxicos pelo EUA -o segundo país mais poluidor do planeta-, como forma de parecer politicamente correto.
IMPORTÂNCIA
À princípio, o Brasil não estará no centro dos discursos de chefes de Estado; e de outras personagem convidadas para o encontro, que será realizado de maneira virtual. Contribuindo com cerca de 5 % das emissões globais de gases tóxicos a atmosfera; com a matriz energética menos poluidora dentre todos os países de grande economia; e com uma produção agrícola que alcança as maiores produtividades do mundo, a importância do nosso país nesse encontro promovido por Joe Biden deve-se quase que exclusivamente ao desejo dos países industrializados de manter a Amazônia inexplorada, o que significa reduzir em 43% o desmatamento ilegal na região até 2030. É possível que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anuncie medidas concretas para começar essa redução anda no próximo ano de 2022. Não é algo difícil de realizar, aliás, para manter com altivez o discurso de que a “Amazônia é nossa”, o Estado brasileiro tem a obrigação de não só reduzir, mas de zerar as práticas criminosas e exploração predatória na região.
BOLA DA VEZ
E a oposição ao governo Bolsonaro não está perdendo a oportunidade de derrubar mais um ministro afinado ideologicamente com o presidente da República. Abola da vez é o ministro do Meio ambiente, Ricardo Salles, tido pela oposição, especialmente de esquerda, como um empecilho para que o governo brasileiro adote uma política ambiental mais afinada com o Regime Internacional do Meio Ambiente. Salles, vai dizer através do presidente Jair Bolsonaro, que o Brasil está decidido começar a cumprir as metas firmadas na COP21, desde que receba recursos internacionais para tanto, o que é discutível, afinal, evitar queimadas ilegais na Amazônia é dever do Estado Nacional brasileiro, que não pode parecer no contexto internacional como um esmoléu, como bem colocou o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).
EXPLICAÇÃO
O governo do estado deve uma explicação sobre isso: durante uma conversa informal um repórter da FolhaBv ouviu esta semana de um servidor da Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), que o governador Antônio Denárium deu início a um trabalho de recuperação de pontes e vicinais pelo interior do estado. O mesmo servidor afirmou que as primeiras vicinais a serem recuperadas estão localizadas no município de Iracema, onde o chefe do Executivo estadual tem propriedades e que, inclusive, técnicos da Femarh já estiveram lá para fazer o licenciamento.
*Atualização em 22/04/2021, às 14:24h
Em resposta à nota EXPLICAÇÃO o Governo encaminhou a seguinte nota:
INFRAESTRUTURA Sobre a nota veiculada nesse respeitado veículo de comunicação com o título EXPLICAÇÃO, a Secretaria de Comunicação do governo do Estado gostaria de salientar que ela não condiz com a verdade. Nenhum tipo de investimento da atual gestão tem caráter pessoal, haja vista que o programa de recuperação de estradas, pontes e vicinais contemplará 5 mil km em todo o Estado (50% da malha viária) e foi iniciado pelos municípios de Rorainópolis, Caroebe, São João da Baliza e Canta. A atual gestão está fazendo o maior programa de recuperação já visto na história de Roraima atingindo os 15 municípios do estado. Em Iracema a maioria das intervenções foram feitas pela própria prefeitura do município, tendo pouca interferência do Governo do Estado. O grande objetivo das ações de infraestrutura do governo estadual é devolver a trafegabilidade e o direito de ir e vir das pessoas. Outro fato que merece atenção é que o cronograma de obras deste programa segue um estudo prévio e que tenham necessidade de escoar sua produção e tempo de abandono por parte do poder público.