Bom dia, “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento” – Stanislaw Ponte Preta RUÍDOS Embora em solenidade oficial o governador Chico Rodrigues (PSB) tenha anunciado ontem que iria repassar todos os relatórios de seu governo, as poderosas antenas da Parabólica captaram ruídos que incomodaram a equipe de transição da governadora eleita Suely Campos (PP). ZERADO No relatório referente à Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), a principal do Estado, e à Companhia Energética de Roraima (CERR), que “engoliu” a montanha de R$1 bi, o quadro simplesmente está vazio. Não há nenhuma informação a ser repassada para a equipe técnica. No quadro referente à Secretaria Estadual de Infraestrura (Seinf), os gráficos informam que naquela pasta não está sendo executada nenhuma obra. EM CAIXA Durante a cerimônia de assinatura da mensagem do executivo ampliando o prazo de isenções fiscais, na quarta-feira, o governador Chico Rodrigues anunciou que deixará em caixa o valor de R$650 milhões de recursos de convênios. E ontem voltou a reafirmar pomposamente.   DESPEDIDA O secretário estadual de Segurança, Amadeus Soares, não vai esperar a transição de governo. Ontem pela manhã, ele reuniu seus assessores e servidores do órgão para anunciar que a partir de hoje não mais estará à frente da pasta e disse quem responderá pelo cargo será o adjunto, Eduardo Wainer. Deverá voltar para Manaus (AM), de onde veio para implantar em Roraima o Ronda no Bairro, programa do qual ele era comandante na Polícia Militar do Amazonas. RONDA Se ele, que era o maior interessado em que o Ronda tivesse continuidade em Roraima, já está indo embora, então isso pode ser um forte indicativo de que o programa poderá não ter continuidade no governo seguinte nos mesmos moldes que está sendo hoje, ou seja, com viaturas e equipamentos alugados para o contribuinte pagar. Em Manaus, a PM de lá já começou a desativar o Ronda no Bairro.   POSSE O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou, para o próximo dia 16, terça-feira, a solenidade de diplomação dos candidatos eleitos no pleito deste ano. Será às 16h no Auditório do Centro Amazônico de Fronteira da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Os parlamentares eleitos e os convidados já começaram a receber seus convites com suas respectivas credenciais. O evento contará com apresentações culturais e homenagens a parceiros da Justiça Eleitoral que atuaram no pleito. OPOSIÇÃO A disputa pela Presidência da Câmara Municipal de Boa Vista tem esquentado os ânimos entre os vereadores. Se até agora havia apenas um vereador que se declarava abertamente oposição, Edilberto Veras (PP), o descontentamento com o Palácio 9 de Julho fez surgir outros supostos oposicionistas que inclusive começaram a se encrespar e a falar grosso pelos corredores. CONVERSA Essa revolta é porque o Executivo tem chamado somente alguns para uma “conversa de pé de ouvido”, com ofertas que têm feito os convocados saírem de sorriso aberto do gabinete do Palácio 9 de Julho. Fala-se que essa conversa tem sido feita somente com aqueles que têm ligações incestuosas com empreiteiros, enquanto os demais se sentem desprivilegiados.   REAÇÕES Os vereadores mais revoltados ensaiam até reações enérgicas contra a Prefeitura. Pelo menos dois deles afirmam que a prefeita Teresa Surita (PMDB) poderia até responder por improbidade administrativa pelo fato de ter comprado e distribuído barracas padronizadas aos vendedores da Feira do Garimpeiro sem ter pedido autorização da Câmara. NOMES A ciumeira da base aliada também é direcionada à escolha do candidato à Mesa Diretora da Câmara pelo Executivo municipal, que quer como presidente o atual líder na Casa, vereador Mauricélio Fernandes (PMDB). A base aliada argumenta que o parlamentar teria estreitas ligações com um empreiteiro com passe livre no Palácio 9 de Julho, por isso ele não serviria para o cargo. Do lado da oposição, dois nomes despontam na disputa de bastidores, Edilberto Veras e Sandro Baré (PDT). PAGAMENTO Se até os servidores da Saúde, devidamente contratados correm o risco de não receber o salário em dia, imagine aqueles que já foram demitidos. Leitores reclamam que os ex-servidores da Secretaria Estadual de Saúde não conseguem receber os valores referentes à rescisão trabalhista. Até o mês passado, a informação repassada a eles é que faltaria apenas a assinatura do titular da pasta. DISCORDÂNCIA A conselheira Cilene Salomão foi a única a divergir da opinião de que o secretário municipal de Saúde de Boa Vista, Marcelo Lopes, e mais oito servidores municipais, poderiam voltar às suas funções. Todos foram afastados depois de auditoria que detectou sobrepreço e superfaturamento em licitações. A decisão do relator do caso, conselheiro Joaquim Souto Maior Neto, foi discutida e referendada pelo pleno do Tribunal de Contas do Estado na quarta-feira, dia 10.