Bom dia,
Hoje é quinta-feira (17.06). ontem disse cá deste espaço que se o Brasil não tivesse paralisado o programa de construção de hidroelétricas para aproveitar seu imenso potencial de fonte hídrica -aproveitamos menos de 50% da capacidade que temos-, hoje não estaria na iminência de racionamento e risco de apagões, além de um cavalar reajuste de tarifa de energia elétrica, que grava o bolso do consumidor, freia o crescimento econômico e reduz a oferta de emprego no país. A lógica é simples de entender: o excesso de água na região Norte propiciaria mandar a energia elétrica que falta nas demais regiões do país, onde a estiagem fez secar os reservatórios de água.
As empresas de engenharia do Brasil já construíram hidroelétricas em todos os cantos do mundo e implantaram redes de transmissão de energia em plena floresta densa, aqui e na África. Na Amazônia nossa engenharia implantou um Linhão para levar a energia da hidroelétrica de Tucuruí, no Pará, até Manaus (Amazonas) e Macapá (Amapá), atravessando pântanos e rios. E só não ligamos todo o país a um único sistema elétrico interligado por conta de entraves criados para construção do trecho da linha de transmissão -o mais fácil deles-, que traria a energia de Manaus até Boa Vista. Entraves em que acumulam burrice, incompetência política e a ação de grupos ambientalistas que se opõem ao desenvolvimento de Roraima.
O Brasil tem ainda um dos mais exitosos programas de geração de energia a partir de biocombustíveis do planeta, a partir da cana-de-açúcar e do milho e outras oleaginosas. Temos terra com fertilidade natural e também corrigida; temos empresários rurais competentes e dominamos a tecnologia do plantio. A expansão da produção petrolífera em águas profundas, cujo tecnologia de explosão dominamos amplamente, fez crescer no país a disponibilidade de gás natural, um combustível mais barato e menos poluente que o diesel para movimentar usinas termoelétricas, sempre necessárias para aumentar as alternativas energéticas do Brasil. E nem vamos falar em outras fontes renováveis, como vento e sol, porque nestes casos dependemos ainda de tecnologia importada.
E por que, diante de um cenário tão positivo, o Brasil agora enfrenta tantos problemas na geração da energia elétrica, um insumo insubstituível no mundo moderno? Não é preciso perder muito tempo na explicação. O país é vítima de um concluiu que envolve os atores do ambientalismo mundial -à serviço dos interesses dos países mais desenvolvidos-, com um conjunto de atores nacionais incrustrados nas academias; na imprensa; nas artes; e na estrutura burocráticas do Estado brasileiro aparelhada ao longo das últimas décadas.
Perdão, leitores e leitoras. Pode parecer chato ocupar tanto espaço da Parabólica, ao longo de dois dias, com o mesmo assunto, embora ele seja importantíssimo para o nosso presente e futuro. É que incomoda ver tanto entreguismo do interesse nacional, mesmo que alguns desses atores ajam por boa-fé -são produto do colonialismo cultura que grassa nestes tempos de uso exacerbado da Internet- embora muitos deles sejam fartamente compensados pelo capital internacional, atrelado aos interesses de outras nações.
MILIONÁRIO 1
O Governo de Roraima vai desembolsar R$ 17.991.240,00 (quase 18 milhões) para a empresa Voare Táxi Aéreo, vencedora de licitação, modalidade pregão eletrônico, de Nº 018/2021, oriundo do processo Nº 13103.000102/2021.51. O objeto da contratação é prestação de serviços de transporte aéreo, em aeronave, homologada e licenciada pela Agência de Aviação Civil (Anac), tendo como participantes o órgão originário (Casa Militar); a Polícia Civil; o Corpo de Bombeiros Militar; a Polícia Militar; as Secretarias de Estado da Saúde e da Educação.
MILIONÁRIO 2
A empresa Voare Táxi Aéreo, é uma empresa roraimense -ainda bem, com sede administrativa localizada na rodovia BR-432, estrada da Malacacheta, Km 16, s/n, zona rural de Boa Vista. A empresa venceu os itens 01 no valor de R$ 11.552.940,00; o 02 com valor de R$ 3.838.800,00 e 03 ao preço de R$ 2.599.500,00. Conforme publicação em diários, a licitação foi aberta no dia 30 de abril de 2021, e a abertura do certame se deu no dia 17/05/2021. O resultado da empresa vencedora foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), do dia 15 deste mês, que foi divulgado nesta quarta-feira (16).
YANOMAMI
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), durante sessão nesta quarta-feira (16), votou a favor da decisão liminar provisória do relator, Luís Roberto Barroso, que determinou em maio deste ano que o governo federal adotasse medidas para garantir a proteção da vida, da saúde e da segurança das populações indígenas nas terras Yanomami (em Roraima) e Munduruku (no Pará). O julgamento iniciou na sexta-feira (11) e está previsto para terminar nesta sexta-feira (18). Barroso afirmou que “que estão suficientemente demonstrados os indícios de ameaça à vida, à saúde e à segurança das comunidades indígenas Yanomami e Munduruku e tais indícios se expressam na vulnerabilidade de saúde de tais povos, agravada pela presença de invasores, pelo contágio por Covid-19 que eles geram e pelos atos de violência que praticam”.
PRORROGADA
Foi prorrogada a proibição de corte de luz, por inadimplência, suspensa desde o mês de março deste ano e que terminaria agora no dia 30 de junho, como medida para garantir a continuidade do fornecimento para as famílias que, em razão da pandemia de Covid-19, não têm condições de pagar a sua conta. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) prorrogou o prazo por mais três meses para os consumidores de baixa renda, inscritas no Cadastro Único, com renda mensal menor ou igual a meio salário-mínimo por pessoa.