Bom dia!

Na média, os políticos da Amazônia não são piores nem melhores que os do Centro-Sul em matéria de moralidade. Não se deve esquecer que partiu do político paulista Ademar de Barros a cínica frase “roubo, mas faço”. Nesta quadra de “Lava Jato”, as revelações dos delatores já indicaram, chafurdando na lama da corrupção, políticos de Roraima ao Rio Grande do Sul. O que só reforça nossa afirmação que inicia este parágrafo.

Mas, na Amazônia, já tivemos políticos com mais estatura de estadistas, embora não tenham sido imunes à roubalheira que assola o País. De qualquer forma, eram representantes políticos que faziam respeitar suas posições em defesa dos interesses da região. Quem pode esquecer a visão cabocla de um Gilberto Mestrinho, que certa vez aconselhou seus conterrâneos do interior a atirarem num fiscal ambiental, se flagrados na posse de um jacaré morto. Mestrinho lembrava que essa conduta era punida com menos severidade que o crime ambiental.

E não se pode igualmente esquecer os bons tempos de Jader Barbalho, quando governador do Pará, que se recusou a render homenagens ao herdeiro da Coroa Britânica, o príncipe Charles, que havia ancorado o iate real Britânnia no porto de Belém, de onde chamou Collor de Mello e exigiu a criação do Parque Yanomami.

Aos poucos, essas lideranças foram abatidas, ou por doença ou arrastados pelas denúncias de corrupção. Foram paulatinamente substituídas por políticos bem comportados, mais interessados em indicar seus apaninguados para a direção de órgãos federais na região ou pegar uma boquinha na grana oriunda das transferências voluntárias do Governo Federal para os estados. E assim, o ambientalismo tomou conta da região. E esses comportadinhos não demonstram qualquer reação. Valha-nos quem?

SÓEmbora os três ainda não tenham anunciado a decisão, é quase certa a debandada de todos os parlamentares da bancada do PDT do senador Telmário Mota. O deputado federal Abel Galinha, o estadual Oleno Matos e o vereador Sandro Baré estão de mala arrumada para buscar novas siglas. Eles alegam que não foram ouvidos pelo senador quando da decisão de romper com o governo de Suely Campos (PP). Em matéria de parlamentares, o senador Telmário Mota ficou literalmente sozinho.

AUMENTOVem aí uma medida do Governo Federal que vai arrombar os bolsos da classe média brasileira. O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, já convenceu a presidente Dilma Rousseff (PT) de elevar para 35% a alíquota máxima do Imposto de Renda. É uma cacetada para deixar qualquer um tonto. Especialmente nestes tempos de crise.

SONEGAÇÃOAs poderosas antenas da Parabólica captaram sinais da desconfiança do setor fazendário estadual com relação a uma rede de supermercados. Segundo as informações que chegaram à coluna, a rede, que tem várias lojas em Boa Vista, recolheu, em dezembro do ano passado, um total de apenas R$ 150 milhões de ICMS. Para tomar como exemplo, um supermercado que tem apenas uma loja recolheu desse imposto um pouco mais de R$ 1 milhão. Dá para desconfiar.

EXTRAORDINÁRIAS 1Sem muito barulho, a Câmara Municipal de Boa Vista já realizou duas sessões extraordinárias desde que entrou em recesso em dezembro. Na primeira, no dia 29/12, os vereadores aprovaram o reajuste dos servidores municipais e, de quebra, elegeram as vereadoras Aline Rezende (PRTB) e Miriam Reis (PHS) como membros da Procuradoria para as Mulheres da CMBV.

EXTRAORDINÁRIAS 2Outra reunião extraordinária da Câmara foi no último dia 07 de janeiro deste ano. Nela, os vereadores elegeram os colegas Flávio do Padre Cícero (PRTB) para corregedor e Sandro Fofoquinha (PPS), para ouvidor. Outra daquela Casa: a vereadora Nira Mota (PV) foi indicada diretora da Escola Legislativa (Escolegis) da Câmara Mirim.

VISITAO presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa, deve visitar Roraima no próximo dia 17(domingo). A programação da visita ainda não está totalmente concluída, mas é certo que ele visitará a Terra Indígena São Marcos e terá audiência com a governadora Suely Campos (PP). A governadora deverá aproveitar da oportunidade para tentar sensibilizar Costa quanto à questão da área urbana de Pacaraima. É um senhor imbróglio que precisa ser resolvido.

MUNDANÇASEmbora pareça descartada uma mudança geral na Codesaima, o quadro de assessores daquela estatal sofreu alterações. A principal assessoria técnica do presidente Rafael Pereira vai ser ocupada por Nilson da Silva Alves, que foi, durante os governos de Anchieta Júnior (PSDB) e Chico Rodrigues (PSDB), diretor de desporto da Secretaria de Educação. Alves é marido da deputada estadual Ângela Águida Portela e sua nomeação faria parte do acordo político que resultou na ampliação da base governista na ALE.

PERDEUAliás, por falar na saída da deputada Ângela Águida Portella (PSC) do bloco dos independentes na Assembleia Legislativa, embora ela tenha obtido mais espaço no governo, deve contabilizar baixas políticas: vai perder a direção da Escolegis-ALE; e a candidatura de sua mãe, Zenilda Portella, à Prefeitura de Iracema, não terá mais apoio daquele bloco parlamentar.