Bom dia! É preciso que os brasileiros e as brasileiras que ainda têm a esperança de um Brasil melhor tenham muito cuidado e atenção pelo que podem fazer os canalhas que comandam politicamente o país desde Brasília. As denúncias feitas por Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, na semana passada, no bojo de uma delação premiada na Operação Lava Jato, chegou a balançar a estrutura de poder na Capital Federal, tendo inclusive envolvido na sua narrativa toda a cúpula do PMDB, inclusive o nome do próprio presidente Michel Temer.
Mas os que tentam parar com a sangria provocada pela Lava Jato já reagiram para manter as próprias cabeças. Ontem, corria a notícia de que alguns dos citados na delação premiada de Cláudio Melo filho estariam articulando um pedido de anulação das citações, sob a alegação de que o conteúdo fora revelado à imprensa antes de ser homologada pelo ministro Teori Zavascki. É aí que mora o perigo, afinal, já existe um precedente parecido com parte da delação do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que foi descartada pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter sido revelada à imprensa antes de sua homologação, e que citava um ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffili, como beneficiário do recebimento da propina da empreiteira.
E quem garante que a revelação antecipada das denúncias dos ex-executivos da Odebrecht não faz parte de uma estratégia previamente articulada pelos canalhas para se livrarem das acusações? É uma gente poderosa, articulada, que dispõe de muito dinheiro e que fará o possível, e o impossível, para “queimar” as provas que os incriminem. Se isso ocorrer, não restará aos brasileiros e às brasileiras ganharem as ruas para pedir novas eleições, afinal, parece que a maioria dos que detêm nacos do poder está irremediavelmente comprometida com a bandalheira que toma conta de Brasília.INFLUÊNCIAAo justificar por quais razões procurou “Caju” (Romero Jucá) para intermediar os interesses da Odebrecht no Senado Federal, Cláudio Melo Filho disse que ele se empenhava muito para cumprir as tarefas encomendadas e tinha muita influência no Executivo, especialmente nos ministérios do Planejamento e da Fazenda. Como se sabe, o primeiro ministério programa as despesas do Governo Federal, e o segundo, através da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), libera a grana. Muito simples, meu caro Watson, diria Sherlock Holmes, o imortal detetive londrino.PEC 55A revelação de Cláudio Melo Filho de que Romero Jucá tem enorme influência na destinação de verbas públicas e na liberação dessa grana, desmoraliza a intenção do atual governo de querer impor um limite de gastos públicos, a famosa PEC 55. Ora, essa medida pode trazer perda de recursos para setores prioritários e importantes para o conjunto da população. Por outro lado, esse limite de gastos poderá resultar na liberação de dinheiro público de maneira seletiva – para os aliados do esquema corrupto que foi montado desde Brasília- e para obras com a cobrança de propina para alimentar o esquema de poder, que se reproduz a partir do dinheiro público, que compra votos e corrompe o Judiciário.BOMBEIROFontes da Coluna garantem que alguns deputados estaduais da bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) estão interessados em diminuir as zonas de atritos com o governo Suely Campos (PP). Esses parlamentares confessam que não souberam fazer oposição, tendo inclusive aprovado todas as matérias de interesse do governo nesses dois últimos anos. Mesmo assim, na avaliação deles, boa parte da opinião pública acusa a bancada de oposição de ter dificultado o trabalho da governadora. Ou seja, querem buscar o diálogo nessa metade final do mandato de Suely.LIMITEAs mesmas fontes dizem para nossos redatores que, neste cenário de entendimento entre a bancada de oposição da ALE e a governadora Suely Campos, pode haver uma tolerância maior dos deputados estaduais com relação ao limite que pode ser concedido para a governadora alterar o Orçamento de 2017, através da aprovação de Crédito Suplementar por Decreto Governamental. No início, a ideia da oposição era de reduzir esse limite para 5%, mas alguns já admitem até em liberar geral. Tradicionalmente, esse limite, em orçamentos das administrações anteriores, era de 20%. Tudo está sendo negociado nos bastidores.RECORREUO ex-vereador de Boa Vista, Josiel Wanderley, esteve ontem na Redação da Folha. Veio mostrar documentos que comprovariam ter ele recorrido, em tempo hábil, de irregularidades apontadas por auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em suas prestações de contas no uso de dinheiro público do Estado, à época em que ele dirigiu o Clube de Diretores Lojistas (CDL) local. Não seria procedente, portanto, a nota divulgada aqui, na Parabólica, semana passada, dando conta de que o conselheiro Célio Wanderley, do TCE, teria decretado sua revelia.MOSCAUm dos maiores produtores de manga de Roraima, o ex-deputado federal Aírton Cascavel, esteve em Brasília, ontem, para conversar com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, especialmente com relação à situação do combate à Mosca da Carambola. Faz quase uma década que a produção roraimense de manga, banana e outras frutíferas está impedida de entrar em território do Estado do Amazonas, por conta da tal da Mosca da Carambola, que entrou em Roraima, segundo os técnicos do Ministério da Agricultura, pela República Cooperativista da Guiana. Maggi prometeu ajudar.