Bom dia,

Boa parte das atenções da opinião pública nacional, que se preocupa com a segurança pública e o combate ao crime organizado, está voltada para o Estado do Ceará, afinal, faz mais de duas semanas que bandidos cometem todo tipo de atentado a prédios, veículos e estabelecimentos privados numa intensidade nunca vista no Brasil. Nem nos tempos mais duros da guerrilha da esquerda radical brasileira, rural e urbana, fora registrada uma sequência tão grande e longa como essa que se abate sobre o povo cearense. Nunca terroristas políticos chegaram a tanta audácia contra as forças estatais no Brasil.

O mais estranho disso que está ocorrendo no Ceará é que o atual governador é Camilo Santana (PT), considerado de esquerda, muito embora tenha sido reeleito com o apoio da direita mais conservadora daquele Estado. Ele foi acusado durante seu primeiro mandato de leniência com o crime organizado, sendo por isso mesmo responsabilizado pelo aumento vertiginoso da criminalidade por lá. Surpreendentemente, partiu daquele governador petista a primeira e mais concreta reação contra o crime que se instalou nos presídios brasileiros, e o Ceará não foge à regra.

Tão logo foi empossado, o governador cearense chamou o policial civil Luís Mauro Albuquerque para dirigir o sistema penitenciário cearense. Considerado linha-dura, Albuquerque trabalhou em função semelhante no Rio Grande do Norte conseguindo melhorar e controlar o sistema penitenciário potiguar. No Ceará, ele chegou proibindo de fato a entrada de celulares e armas no presídio e acabou com a divisão dos presidiários agrupados de acordo com as facções a que pertencem. Foi o suficiente para que os bandidos resolvessem praticar atentados exigindo a saída do secretário. Camilo Santana até agora não recuou e recebeu apoio do governo federal, através do ministro Sérgio Moro.

Tomara que consiga vencer.

ESQUERDA

Por falar em guerrilha, o aparato de esquerda que infesta a imprensa, as universidades públicas, a política e todo tipo de arte no Brasil, continua desembainhando as armas contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Esta semana vai ser lançado, com muito estardalhaço, o filme “Carlos Marighela”, que conta a trajetória política daquele militar, que chegou a capitão – patente igual a do atual presidente da República-, mas que desertou da arma para aderir a uma das mais violentas turmas da guerrilha de esquerda nos anos 60 e 70 do século passado. É claro, o filme conta uma versão positiva da biografia do capitão-guerrilheiro para compará-la com o atual capitão-presidente.

YANOMAMI

É difícil fazer juízo de valor sobre aquela ocorrência na Feira do Produtor envolvendo feirantes e um pequeno grupo de índios Yanomami. Teriam os feirantes reagido por mero preconceito ao encarar aqueles índios pedindo e pegando produtos para comer? Ou os índios bêbados não conseguem entender que no mundo fora de suas aldeias cada um tem de trabalhar para ter dinheiro na mão para satisfazer suas necessidades? Seja o que for, o que fica claro é que o Estado brasileiro, através da Fundação Nacional do Índio (Funai), tem se mostrado incapaz de exercer o papel de protetor dessa população indígena que ainda precisa de uma política eficiente para diminuir o sofrimento dela no processo natural de integração com a população envolvente. Exceto, é claro, no que se refere à demarcação das Terras Indígenas, que aí, aparelhado pelo aparato de organizações não governamentais, o Estado Brasileiro é pródigo em demarcar.

É MAIOR

Na semana passada, a Fundação Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a inflação acumulada no Brasil durante o ano de 2018. O índice final foi de 3,75%, bem abaixo da meta estabelecida pelo governo que era de 4,5%. Economista ouvido pela Parabólica garante que em Roraima a inflação foi bem acima daquela verificada no Brasil. A greve dos caminhoneiros elevou muito o custo de transporte de mercadorias para o Estado e isso não teve redução depois que o governo federal instituiu a tabela de frete para acabar com a greve. “Quem quiser ter uma ideia disso, basta observar o custo de frete das mercadorias compradas pela Internet para Roraima. Ficou muito elevado”, disse o especialista.

RETALIAÇÃO

Essa vai só para o leitor avaliar as dificuldades políticas do presidente Jair Bolsonaro. O site O Antagonista publicou notícia de que o famoso ex-presidiário Waldemar Costa Neto – que faz muito tempo não é mais parlamentar, mas continua sendo dono absoluto do PR – está   monitorando com lupa as demissões e nomeações que o novo governo anda fazendo no Ministério da Infraestrutura, que ele domina com mão de ferro desde o governo Lula da Silva (PT). Caso seus apaniguados continuem a perder a boquinha naquele ministério, Costa Neto ameaça retaliar Bolsonaro apoiando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar Fabrício Queiroz, aquele ex-motorista do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL).

NA FRENTE

O cumprimento de uma das promessas de campanha mais esperadas pelos eleitores do presidente Jair Bolsonaro, a retirada da corrente que impede a circulação de certos veículos após as 18 horas, não depende de qualquer medida congressual, mas de simples portaria do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit). E o primeiro parlamentar a sair na frente cobrando a promessa do novo governo foi o deputado estadual Jefferson Alves (PTB), que foi ao local da corrente para postar um vídeo exigindo a sua retirada. Nem todo mundo julga essa providência essencial para o desenvolvimento de Roraima, mas muitos acreditam na força do simbolismo que este ato pode representar.